2ª Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas
Escritores consagrados e novos conversarão com o público, em meio a lançamentos, oficinas, debates e stands de muitas editoras na 2ª Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, entre 20 e 25 de março. A Feira recebeu mais de 25 mil visitantes em sua primeira edição, no ano passado, e tem uma expectativa de público ainda maior neste ano.Nomes como os de Nelson de Oliveira, Ignácio de Loyola Brandão, Yara Camillo e David Oscar Vaz trazem à próxima Feira, idéias sobre um tema que é pouco debatido na vida literária de Poços: o lugar da literatura contemporânea numa cidade cujo passadismo é notório. Ignácio de Loyola Brandão, que se consagrou nos anos 70 com livros como "Zero" e "Não verás país nenhum", viveu na Alemanha, teve seus livros traduzidos em vários idiomas, e conhece a realidade de ser um autor "best-seller" nacional. Sempre se pautou pelo profissionalismo eclético, trabalhando em redações de jornais e dirigindo a revista de moda e costumes "Vogue Brasil" por muitos anos, tornando-se cronista do Estado de São Paulo e também dramaturgo. Sua visão da literatura é cosmopolita, profissional e aguda. Ele fará uma palestra às 19,30, no dia 24, no Complexo Cultural da Urca (centro).Yara Camillo, ligada a experiências abertas e renovadoras de prosa e poesia, dará um esboço de oficina expondo suas idéias. Seus livros, "Hiatos" e "Volições", revelam uma contista bem-humorada, lírica, inquietante, com um toque pessoal penetrante. Também paulistana, move-se pelo mundo da nova literatura, feita de blogs, sites literários da Internet e edições restritas a grupos mais informados. Yara dará a palestra "Prosa, passos, alguns princípios para uma oficina literária" no dia 24, às 10,30h, na Cia. Bella de Artes (edif. Manhattan- centro).Nelson de Oliveira, nos anos 90, tornou-se uma espécie de líder da chamada "Geração 90", que, com antologias marcantes, revelou nomes como Marcelino Freire, Marçal Aquino, Luiz Ruffato e outros que estão na proa da literatura feita no Brasil deste novo milênio. O polêmico conceito de "transgressão" nasceu com Nelson e a Geração 90. A marca difusa dessa geração é, em geral, o livro coloquial, abordando problemas urbanos, linguagem violenta, desabusada, crítica, debochada, uma literatura de "soco no estômago" muito adequada a uma época como a nossa. Nelson se pauta pela criatividade combativa e tem também muito a dizer ao público mais antenado. Ele falará no dia 24, às 15h, na Cia. Bella de Artes (edifício Manhattan/centro).David Oscar Vaz, machadiano, preocupa-se com uma literatura de feitura mais rarefeita, apoiando-se em nomes como Henry James, Jorge Luis Borges, Cortázar, apurando sua experiência pessoal em livros de contos muito elogiados como "Resíduos" e "A urna". Paulistano refinado, ele é um professor universitário cuja marca é a informação precisa, culta, e a afabilidade de trato. David Oscar Vaz dará a palestra "O processo de criação e os princípios que o orientam" no dia 23, às 19h, na Cia. Bella de Artes (edif.Manhattan/Centro).Chico Lopes debate em mesa redonda com Yara, Nelson e David, sobre Literatura Contemporânea, no dia 24, às 16, 30h, no auditório da Cia. Bella de Artes (edif.Manhattan/Centro).Mais informações podem ser encontradas no site www.feiradolivropocosdecaldas.com.br
No comments:
Post a Comment