27.4.07

Batidas Diferentes...

Como vocês já devem ter percebido, este blog tem um curiosidade quase obsessiva pelos músicos estrangeiros que se dedicam à música brasileira. É interessante ver como, na música, as relações entre centro e periferia ficam bem mais complexas do que em outras artes; e mais interessante ainda, como a música brasileira ganha, em algumas cenas, o status de mainstream mesmo.
Foi isso que me levou a comprar, no escuro escuríssimo, “Candeias”, o disco de estréia de um grupo de jazz americano que se batizou Com Você, assim mesmo, em português. Mais um detalhe da salada multi-cultural: a produção é do Nocturne um pequeno selo independente… italiano.
Pelo repertório - “O barquinho”, “Vivo sonhando”, “Desafinado” - esperava mais uma re-cozinha de bossa nova, com ou sem as cada vez mais presentes batidas eletrônicas. Mas o disco é surpreendente por apresentar versões jazzísticas, no melhor sentido do termo, destrinchando cada tema em detalhes, conseguindo novidade do déjà ouvi.
Maggie Grebowicz tem voz pequena e afinada e seu português é mais charmoso do que rico musicalmente. Mas o interessante da moça é que ela assina os arranjos, todos, sem exceção, excelentes, demonstrando uma compreensão real do que está fazendo.
Algumas versões são realmente impressionantes, como um acelerado “Coração vagabundo” e a “Candeias” do título, lenta, digerida, transformada nesmo. Para resumir, é música de verdade e não mais uma modinha brazuca.
Na página do grupo, dá para experimentar alguma coisa. Vai
. [3 comentários]Publicado por Paulo Roberto Pires - 26/04/07 2:26 PM

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O banda do eu sozinho
A separação,temporária ou não, dos
Los Hermanos é em alguma medida inesperada mas muito pouco surpreendente. Levanta aquela velha, velhíssima questão: até quando e até que ponto música é uma criação coletiva que pode se perpetuar desta forma.
Vamos nos poupar dos clichês de exemplos e contra-exemplos de bandas que resistiram bem e mal ao tempo. Mas viver junto, criar junto, é mesmo muito difícil. E no caso dos Hermanos, o que ilustra melhor esta dificuldade e este desafio são os quatro discos que lançaram entre 1999 e 2005.
Em disco, o caminho da banda é balizado no início pelo megahit “Ana Julia” e, mais recentemente, pelas canções
inclassificáveis de “4″, álbum que não deixou ninguém indiferente, chegando mesmo a desagradar muito fã de carteirinha.
Defender que, nestes anos, os Hemanos ficaram “difíceis” é superficializar demais a discussão. Mas eu fico mesmo me perguntando o que quatro músicos jovens e talentosos podem contiuar a fazer juntos depois de um disco admirável como “Bloco do eu sozinho”(2001). É como se ali todos eles tivessem chegado a um ponto ótimo, o mais próximo que se poderia esperar da perfeição.
“Ventura” é bom? É, e muito. Do “4″ eu também gosto bastante, mas o esgarçamento formal desse último disco já mostrava mesmo que cada uma estava indo para um lado, que radicalização, como ensinou o Hélio Oiticica, é assim mesmo: gera revolução ou ruptura.
Quem já foi a um show dos Hermanos sabe o que eles conseguiram nestes anos: um público imenso, cantando em uníssono, reverencial, às vezes meio exagerado e caricato na sua devoção. E essa é uma “obra” e tanto, que vai ser vista nos dias 8 e 9 de junho na Fundição Progresso, talvez pela última vez.
A partir de agora estão na estrada (boa sorte para vocês) Bruno Medina,
Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante e Rodrigo Barba. Alguém falou em bloco do eu sozinho? É, não há mesmo nenhuma surpresa nesta separação, só a lógica inexorável de quem não se aquietou com o sucesso.

Delira aí...
















Bárbaros, quem???

À espera dos bárbaros

Com seu ritmo de cartum, uma temporada clássica dos Simpsons tem mais idéias espalhadas por um amplo espectro cultural do que qualquer romance escrito no mesmo ano. A velocidade, a densidade de informação, o leque de referências; a quantidade, a qualidade e a rica humanidade das piadas – tudo isso faz praticamente qualquer romance contemporâneo parecer lento, sorumbático, monótono e quase totalmente vazio de idéias.…Enquanto isso, a internet está rapidamente se tornando a biblioteca de Babel de Borges, o mar de histórias de Rushdie: tudo está ali, numa potencial relação promíscua com todas as outras coisas. Acontece tudo ao mesmo tempo, no mesmo lugar, sem qualquer hierarquia. É como se o espaço e o tempo tivessem entrado em colapso. É excitante – e assustador. Quem está capturando isso num romance? Porque é no romance que isso deve ser capturado. O romance pode tomar liberdades que a televisão não pode, moldar e estruturar a multiplicidade e o caos de modos que a internet não consegue.
Romancistas podem recorrer a essas novas formas de arte para encontrar novas estruturas e técnicas de contar histórias, como Joyce recorreu ao cinema. Mas quem está fazendo isso? Estranhamente, os modernistas parecem captar o momento presente de maneira mais acurada do que os últimos vencedores do Booker. “Finnegans Wake” soa como um pot-pourri de tudo o que jamais existiu, em tradução do Google. Mas John Banville e Anita Desai parecem apenas nostálgicos (por Nabokov, por Dickens, por virtudes tradicionais, pelo cânone).
Exageros argumentativos à parte, esse divertido
ensaio (acesso livre, em inglês) do escritor Julian Gough na revista inglesa “Prospect” coincide muito bem com idéias que volta e meia defendo aqui. Gough critica o predomínio da escola trágica e circunspecta sobre a cômica e irreverente na ficção ocidental esteticamente ambiciosa, sobretudo a contemporânea. Se uma defesa tão apaixonada dos Simpsons faz dele um bárbaro, brinca, melhor ainda, porque o romance “literário” de hoje, como romanos da fase decadente do império, “precisa dos bárbaros, anseia secretamente por eles

São Besteira...

“Estilo e Estrutura formam a essência de um livro;
idéias grandiosas são besteira.”
VLADIMIR NABOKOV

26.4.07

STJ e Tv...

STJ derruba restrição de horário à programação de TV

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, liberou os horários de exibição de programas emissoras de televisão, inclusive aqueles considerados impróprios para menores. Em resposta, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, divulgou nota à imprensa comentando decisão liminar e informando que o governo vai recorrer da decisão.
"O Ministério das Comunicações espera o bom-senso das emissoras, especialmente quando se trata do Estatuto da Criança e do Adolescente. O governo lembra que a classificação indicativa não é censura, não é imposta, e, para assegurar esse direito da sociedade, vai tomar as providências legais por meio do Ministério da Justiça", afirma a nota.

Cannes e Brasil...

Filmes brasileiros na Semana da Crítica de Cannes

Um longa-metragem e dois curtas-metragens brasileiros foram selecionados para 46ª Semana Internacional da Crítica, mostra paralela do Festival de Cannes, que acontecerá entre 17 e 25 de maio com o ator mexicano Gael García Bernal como convidado de honra.
"A via láctea" de Lina Chamié está na mostra de longas-metragens. "Um Ramo", de Juliana Rojas e Marco Dutra, e "Saliva" de Esmir Filho, foram selecionados para competir entre os curtas.
Outros filmes latino-americanos foram selecionados para mostra principal: "Párpados Azules" do mexicano Ernesto Contreras e "XXY" da argentina Lucía Puenzo
Em sessões especiais serão exibidos "Malos hábitos" do mexicano Simón Bross, "Déficit", filme de estréia de Gael García Bernal na direção, e "El asaltante" do argentino Pablo Fendrik.

Mais uma do REI...

Jornal afirma que Picasso retratou Pelé em gravuraEnviada

Edição desta quarta-feira do diário esportivo Lance! afirma que o mestre da pintura Pablo Picasso usou o rei do futebol Pelé como tema de uma de suas obras.Segundo o jornal, tudo teria ocorrido durante uma viagem do Santos à Europa, em 1959. A reportagem diz que Picasso assistiu a uma partida do time da Vila Belmiro e ficou impressionado com a atuação do jovem camisa 10 brasileiro.Os atletas e a comissão técnica do Santos foram convidadas para uma visita ao ateliê do artista, onde o então treinador Luís Alonso Peres, o Lula, comprou uma das obras por cerca de US$ 20 mil (valores da época).No verso do quadro Picasso teria colocado uma gravura de sua autoria, que trazia Pelé com a bola nos pés.Tanto a pintura quanto o desenho, de valor incalculável, estariam, segundo o Lance! em poder de uma tradicional família paulistana, cujo nome não foi revelado.

Site dos Bons...

Eis aqui um artista brasileiro de responsa.
acesse e comprove...

POEMIA...

A vida está aí...
Ela brilha sozinha
Contanto que você
Venha a sorrir!
Meu plano é o amor,
Alcanço o céu,
Vôo sobre as montanhas.
Se há razão e fundamento
Dividiremos o céu em dois.
Olhar amoroso,
Uma passagem para lugar nenhum,
Beijos de despedida,
Até ser tarde demais...
Se é que me entende!
Vento soprando
Pela vida afora,
Ontens e amanhãs;
Heróis por um só dia!
Eu me lembro
Nunca a deixarei partir.
O que vejo é o que sei:
- sob o luar
Esta noite é tudo!

25.4.07

BRASIL NA WEB!!!

Número de internautas brasileiros atinge 16,3 milhões

Brasil continua na dianteira entre os países com maior tempo médio de navegação
Em março de 2007, o número de internautas residenciais ativos atingiu a marca de 16,3 milhões de pessoas, número 15,6% maior do que o registrado no mês anterior. A estimativa é do Ibope/NetRatings e faz parte de um levantamento mensal.
Segundo a empresa de pesquisa, tradicionalmente, março apresenta um maior número de usuários ativos que fevereiro, já que o segundo mês do ano possui 28 dias e o Carnaval e o terceiro mês possui 31 dias.
Além disso, o número de pessoas que moram em domicílios que possuem pelo menos um computador com acesso também aumentou. Em março foram registrados 25 milhões de brasileiros morando em residências com acesso, em 2006 eram 22,1 milhões.
Além disto, 32,9 milhões de pessoas têm acesso em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais).
O Brasil continua a ser o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta, com 20h54min, o que significa 1h47min ou 9,4% mais do que em fevereiro. O crescimento anual de horas navegadas é de 7,8%. A França, com tempo médio por internauta residencial de 19h56min, os Estados Unidos, com 19h08min, Japão, com 18h34min e Alemanha, com 17h53min por pessoa foram os países que mais se aproximaram do Brasil, entre os 10 medidos com a mesma metodologia.

SERÁ???

Los Hermanos pausa a carreira por tempo indeterminado


O Los Hermanos revelou ontem, através de seu site oficial, que está entrando em recesso por tempo indeterminado. Para se despedir dos fãs, os cariocas fazem dois shows na Fundição Progresso, no Rio, dias 08 e 09 de junho.
Eles afirmam que a decisão foi tomada em conjunto, que a amizade continua forte e que esta separação temporária foi pensada para que os integrantes tenham tempo de se dedicar a outros projetos "que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto".
Confira a íntegra da nota:
A banda Los Hermanos comunica a decisão de entrar em recesso por tempo indeterminado. Por conta disso não há previsão de lançamento de um novo disco.
A pausa atende a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto em conjunto. Não houve desentendimento ou discordância que tenha afetado nossa amizade tanto que continuamos jogando truco toda quinta-feira.
Por conta dessa decisão, mesmo após o término da turnê do "4", resolvemos fazer duas únicas apresentações no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 8 e 9 de junho. Até lá.

24.4.07

Carlos Drummond de Andrade sobre João guimarães Rosa...

"Um Chamado João"
João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
(...)
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
de precípites prodígios acudindo
a chamada geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
(...)

Andrade, Carlos Drummond de [22 nov. 1967]. Versiprosa. In: ___. Poesia e prosa. 8.ed. p.934-935.

"Em 1936, coletando alguns poemas inéditos, apresentou-se à Academia Brasileira de Letras, para concorrer ao Prêmio de Poesia. Magma obteve o primeiro lugar. Guilherme de Almeida, relator, julgando o livro do desconhecido moço mineiro, assim se pronuncia: (...) 'E o livro Magma, de João Guimarães Rosa, inscrito sob o número 8. Pura, esplêndida poesia. Descobre-se aí um poeta, um verdadeiro poeta: o poeta talvez de que o nosso instante precisava. Nativa, espontânea, legítima, saída da terra com uma naturalidade livre de vegetal em ascensão, Magma é poesia centrífuga, universalizadora, capaz de dar ao resto do mundo uma síntese perfeita do que temos e somos. Há aí, vivo de beleza, todo o Brasil: a sua terra, a sua gente, a sua alma, o seu bem e o seu mal'."
Rosa, Vilma Guimarães [1983]. Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai. p.70

Saudoso Guimarães Rosa

Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa
Nascimento
27 de junho de 1908 Cordisburgo, MG
Falecimento
19 de novembro de 1967 Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade
Brasileiro
Ocupação
Romancista e contista
Escola/tradição
Modernismo
João Guimarães Rosa (Cordisburgo, 27 de junho de 1908Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967) foi um médico, escritor e diplomata brasileiro. Autor de contos e livros marcados pela presença do sertão como palco das ações. Sua obra ficou marcada pela linguagem inovadora, utilizando elementos de linguagem popular e regional, com fortes traços de narrativa falada. Tudo isso, unindo à sua erudição, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas. É considerado por muitos críticos um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, ao lado de Machado de Assis.


Biografia
Foi o primeiro dos sete filhos de Florduardo Pinto Rosa ("seu Fulô") e de D. Francisca Guimarães Rosa ("Chiquitinha").
Autodidata, começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês quando ainda não tinha 7 anos, como pode se verificar neste trecho da entrevista que deu a uma prima, anos mais tarde:
"Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."
Ainda pequeno mudou-se para a casa dos avós em Belo Horizonte, onde terminou o curso primário. Iniciou o curso secundário no Colégio Santo Antônio, em São João del-Rei, mas logo retornou a Belo Horizonte onde se formou. Em 1925, matriculou-se na então denominada Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, com apenas 16 anos.
Em 27 de junho de 1930, casou-se com Lígia Cabral Penna, de apenas 16 anos, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. Ainda nesse ano se formou e passou a exercer a profissão em Itaguara, então município de Itaúna (MG), onde permaneceu cerca de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contato com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração a sua obra.
De volta de Itaguara, Guimarães Rosa serviu como médico voluntário da Força Pública, durante a Revolução Constitucionalista de 1932, indo para o setor do Túnel em Passa-Quatro (MG) onde tomou contato com o futuro presidente Juscelino Kubitschek, naquela ocasião o médico chefe do Hospital de Sangue. Posteriormente entrou para o quadro da Força Pública, por concurso. Em 1933, foi para Barbacena na qualidade de Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria. Aprovado em concurso para o Itamaraty, passa alguns anos de sua vida como diplomata brasileiro na Europa e na América Latina.
Em sua segunda candidatura para a Academia Brasileira de Letras, foi eleito por unanimidade (1963). Adiou a cerimônia de posse enquanto pode, e afirmou ter medo de morrer no dia do evento. Também afirmou escrever em transe mediúnico. Só veio a tomar posse em 1967, e faleceu três dias mais tarde na cidade do Rio de Janeiro em 19 de novembro. Se o laudo médico atestou um enfarte, sua morte permanece um mistério inexplicável, sobretudo por estar previamente anunciada em sua obra mais marcante — Grande Sertão: Veredas —, romance qualificado por Rosa como uma "autobiografia irracional". Talvez a explicação esteja na própria travessia simbólica do rio e do sertão de Riobaldo, ou no amor inexplicável por Diadorim, maravilhoso demais e terrível demais, beleza e medo ao mesmo tempo, ser e não-ser, verdade e mentira. Diadorim-Mediador, a alma que se perde na consumação do pacto com a linguagem e a poesia. Riobaldo (Rosa-IO-bardo), o poeta-guerreiro que, em estado de transe, dá à luz obras-primas da literatura universal. Biografia e ficção se fundem e se confundem nas páginas enigmáticas de João Guimarães Rosa, desaparecido prematuramente aos 59 anos de idade, no ápice de sua carreira literária e diplomática.

Contexto literário
Realismo mágico, regionalismo, liberdades e invenções lingüísticas e neologismos são algumas das características fundamentais da literatura de Guimarães Rosa, mas não as suficientes para explicar seu sucesso. Guimarães Rosa prova o quão importante é ter a linguagem ao serviço da temática, e vice-versa, uma potencializando a outra. Nesse sentido, o escritor mineiro inaugura uma metamorfose no regionalismo brasileiro que o traria de novo ao centro da ficção brasileira.
Guimarães Rosa também seria incluído no cânone internacional a partir do boom da literatura latino-americano pós-1950. É que o romance havia entrado em decadência nos Estados Unidos (onde à época era vitrine da própria arte literária, concorrendo apenas com o cinema), especialmente após a morte de Céline (1951), Thomas Mann (1955), Camus (1960), Hemingway (1961), Faulkner (1962). E, a partir de Cem anos de solidão (1967), do colombiano Gabriel García Márquez, a ficção latino-americana torna-se a representação de uma vitalidade artística e de uma capacidade de invenção ficcional que pareciam, naquele momento, perdidas para sempre. São desse período os imortais Vargas Llosa (Peru), Carlos Fuentes (México), Julio Cortázar (Argentina), Juan Rulfo (México), Alejo Carpentier (Cuba).

Obra
1936: Magma
1946: Sagarana
1947: Com o Vaqueiro Mariano
1956: Corpo de Baile
1956: Grande Sertão: Veredas
1962: Primeiras Estórias
1967: Tutaméia – Terceiras Estórias
1969: Estas Estórias (póstumo)
1970: Ave, Palavra (póstumo)

Valorize a sua língua...

Delira aí...











Clarice Lispector

Museu da Língua Portuguesa completa um ano homenageando Clarice Lispector

SÃO PAULO – "Viver não é vivível. Viver não é relatável". Tirada do livro 'A Paixão segundo G. H., essa frase traduz a constante busca de Clarice Lispector pelo significado preciso, por palavras que traduzissem com exatidão a complexidade da experiência humana. Neste ano em que se completam três décadas sem a escritora, o Museu da Lingua Portuguesa abriga uma exposição baseada em seus textos e sua relação com o cotidiano para homenagear essa sua paixão por nossa lingua. A mostra, que estará aberta para visitações a partir desta terça-feira e até o dia 02 de setembro, marca ainda o primeiro aniversário do bem-sucedido museu, que neste período recebeu cerca de 580 mil visitantes.
Na exposição, o espectador percorre espaços que apresentam um apanhado da vida e da obra da escritora. Logo na entrada, imagens ampliadas do rosto de Clarice impressas em fino tecido transparente preto. À distância há apenas essa imagem da mulher, sua face que investiga sem se doar. Mais de perto, no entanto, é possível perceber a autora através de suas frase que tentam dizer o que indizível a todo custo. Logo ali o visitante se rende, é impossível não tentar ser, sentir e ver o mundo de Clarice ainda que por algumas horas.
O segundo ambiente reforça o convite à essa viagem ao acolher o visitante com uma cenografia cotidiana, quase comum. Esse cômodo mobiliado com uma cama simples remete a obras que analisam as questões do infindável dia-a-dia. Um colchão e frases em baixo-relevo na parede branca forçam a abandonar o conhecido e a se aventurar.
No espaço seguinte, identidades, interesses e momentos da vida de Clarice Lispector. Nele, estão referências aos seus pseudônimos, a maternidade, a vida como esposa de diplomata e sua paixão pelos bichos. Sombra e luz criam um um jogo imaginário através de espelhos. Num momento vemos a autora através de seus textos. No outro, estamos no meio da criaçã,o somos parte dela, das questões todas do cotidiado.
Carteiras de identidade, cartas, manuscritos e cadernos de notas em gavetas, distribuidas ao longo de uma sala. Tudo muito interativo, passivo de toque e experimentação. Recursos audiovisuais completam a viagem pelos mistérios de Clarice. Uma réplica de máquina de escrever sobre um sofá, como ela fazia para escrever e estar perto dos filhos. Sentar ali e ter diante de si as únicas imagens gravadas da autora é uma oportunidade de se colocar em seu lugar e tentar entender o que a levou a amar desta forma uma língua.
"Clarice Lispector – A hora da Estrela", nome que faz referência ao livro mais popular da autora, tem curadoria de Júlia Peregrino e Ferreira Gullar e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

Serviço
Clarice Lispector – A hora da estrela
Museu da Língua Portuguesa: Estação da Luz s/nº – Centro
De 24 de abril a 02 de setembro
De terça a domingo, das 10h às 17h
Preço: R$ 4,00
Informações: 11 3326-0775

23.4.07

Everest, aí vamos nós!

Paulo e Helena Coelho estão no Tibet e começam aclimatação


O casal Paulo e Helena Coelho começou o processo de aclimatação às altitudes para a investida ao pico mais alto do mundo. Hoje eles chegaram a Nyalan, no planalto tibetano, a 3.700 metros. “Pretendemos ficar aqui por dois dias e faremos caminhadas com desnível acima de mil metros, para nossa aclimatação. Apesar de estarmos ansiosos e preparados para ir para a montanha, temos de ser cuidadosos com esse processo”, diz a montanhista, de 54 anos, em um boletim enviado ao Brasil.O casal possui um celular com apoio da Nokia e da TIM para se comunicar com o Brasil, onde meteorologistas passam todas as informações sobre o clima no Everest. “Para nós esta comunicação é muito importante, porque vamos receber previsão de tempo, além é claro de poder falar com nossos amigos e familiares. Isso só está sendo possível porque a China, como organizadora dos Jogos Olímpicos de 2008, quer nesta temporada levar a tocha até o cume”, completa Helena. Antenas de celular estão sendo espalhadas pela montanha para a cobertura do feito.De acordo com a equipe de meteorologia da expedição, a previsão nos 4.200 m – onde eles devem chegar nas caminhadas de aclimatação – é de mínima de -2°C (à noite), possível chuva fraca e ventos leves, de 10km/h. Doping - Helena Coelho aproveitou o contato com Brasil para comentar a decisão da Associação Mundial Antidopagem em considerar doping o uso de oxigênio suplementar em alta montanha. Helena tentou saber a opinião de alguns montanhistas que encontrou, mas afirma que impera a “lei do silêncio”, no caminho para o Everest. “Eles [montanhistas] não parecem muito confortáveis em comentar”, afirma a brasileira.

Iggy Pop Oh Yeah...

Ícone do punk, Iggy Pop completa 60 anos mergulhando na platéia

Iggy Pop comemorou seu 60º aniversário, no sábado, exatamente como faria qualquer outro cidadão respeitável da terceira idade.
O padrinho do punk, estranhamente atlético, tirou a camisa, ficou apenas com seu jeans apertado e mergulhou do palco para os braços de seus fãs durante um show em San Francisco com sua banda reunida, os Stooges.
Perto do final do show, que durou 80 minutos, a multidão presente no teatro Warfield acompanhou seus colegas de banda quando eles tocaram 'Parabéns a Você', e Iggy Pop ficou surpreso quando bexigas impressas com seu rosto caíram do teto.
Um fã lhe entregou uma camiseta branca com a inscrição 'Birthday Boy Iggy', que o cantor mostrou orgulhosamente a seus colegas de banda, que não se impressionaram.
Iggy Pop, cujo nome real é Jim Osterberg, pareceu feliz com toda a atenção recebida, mas não fez muito caso da ocasião especial. Ele resmungou algumas palavras de agradecimento e então retomou sua rotina comum: cantar e dançar como louco, cuspir sobre a multidão e jogar seu microfone de um lado para o outro do palco.
Durante a canção 'No Fun', ele convidou os fãs a subir no palco e, generoso, dividiu seu microfone com eles, a quem apelidou de 'Bay Area Dancers'.
Iggy Pop já deixou de lado alguns hábitos de seu passado, como retalhar seu peito com uma faca de carne, rolar em cacos de vidro, passar manteiga de amendoim no corpo ou seguir um padrão de consumo de drogas que faz Keith Richards parecer um coroinha.
Mas, em relação a outros pontos, o garoto criado num trailer no Michigan ainda supera roqueiros que têm um terço de sua idade.
Pop está de volta aos palcos com os Stooges, a banda com a qual ficou famoso no final dos anos 1960. O rock de garagem deles, uma destilação dissonante do blues de Chicago e do rock da 'invasão britânica', ajudou a abrir caminho para bandas de punk rock como Ramones e Sex Pistols.
Os Stooges se autodestruíram em 1974, depois de lançar três álbuns cuja influência não se refletiu em suas vendas fracas.Iggy Pop acabou sem um centavo no bolso nas calçadas da Sunset Strip e se internou num hospital psiquiátrico.
Em 1977, ele voltou à cena com a ajuda de David Bowie, com quem co-escreveu canções como 'Lust for Life' e 'China Girl'.
Em 2003, Iggy se reuniu com o guitarrista do Stooges Ron Asheton e o irmão deste, o baterista Scott Asheton. Com o veterano do punk californiano Mike Watt no lugar do falecido baixista Dave Alexander, no ano passado a banda lançou seu primeiro álbum novo em 33 anos, 'The Weirdness'.
A turnê norte-americana da banda vai terminar em 4 de maio no Beale Street Music Festival em Memphis, e depois disso eles farão uma passagem rápida pelos festivais de verão europeus.

Tom a Vinícius...

Muito prazer, Lúcio Rangel

Quando o nome do jornalista, crítico musical, musicólogo e boêmio Lúcio Rangel (1914/1979) aparece, o que quase sempre se segue é a história de como ele apresentou Tom Jobim a Vinicius de Moraes, ajudando a formar uma das mais brilhantes e bem-sucedidas parcerias da música brasileira. E, de quebra, a bossa nova, gênero musical, aliás, que não tinha a simpatia de Lúcio. Simpatias à parte, só a apresentação já é um feito. Mas o fato é que a obra de Lúcio (um único livro, Sambistas e Chorões: Aspectos e figuras da música popular brasileira, publicado em 1962 e jamais republicado, além de miríades de artigos espalhados por variadas publicações, boa parte delas já extintas) só era acessível a vasculhadores de sebos e felizes colecionadores que entesouravam o livro, revistas e jornais com seus artigos. Para o comum dos mortais restavam as histórias da boemia, contadas freqüentemente de segunda mão, já que boa parte de seus companheiros de copo, gente como Carlos Lacerda, Rubem Braga, Paulo da Portela, Pixinguinha, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e o próprio Vinicius, já partiram desta. Pois, num espaço de poucos meses, um naco substancioso da obra de Lúcio Rangel voltou a estar disponível. No início deste ano, a Funarte e a Editora Bem-Te-Vi lançaram a Coleção Revista da Música Popular, edição fac-similar com os 14 números da revista que Lúcio criou (com Pérsio de Moraes) e editou entre 1954 e 1956. O calhamaço, com 775 páginas, traz artigos de gente como o próprio Lúcio, Almirante, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Sergio Porto (o cronista sobrinho de Lúcio que também encarnava Stanislaw Ponte Preta) e Jorge Guinle, um fanático pelo jazz como se sabe. Agora em abril, surgiu outra preciosidade. Samba, Jazz & outra Notas, coletânea de artigos de Lúcio, organizada e apresentada por Sergio Augusto, e editada pela Ediouro.
Arquivo Lúcio Rangel
Cartola, Lúcio e Nelson Cavaquinho

No livro, a deliciosa apresentação de Sergio – que é casado com a jornalista Maria Lúcia Rangel, filha de Lúcio - revela um homem culto, generoso, adorador de Pixinguinha e Louis Armstrong, da literatura francesa e dos filmes de John Ford. Também um boêmio inveterado, cheio de humor e alguma ranzinzice que dá a impressão de que sua maior obra foi mesmo a maneira como viveu. Impressão reforçada por Quarenta Anos, texto que Rangel publicou em 1954, portanto aos 40 anos de idade, na revista Manchete. “Afinal”, escreve ele, “nestes quarenta anos, o cronista viu e ouviu alguma coisa que vale a pena rememorar”. Na lista de coisas vistas e ouvidas estão “o divino Cartola” cantando Semente de Amor para um entusiasmado Rubem Braga; Aracy de Almeida cantando o X do Problema, de Noel Rosa, “que ela cantava X do, plobrema”; Nelson Cavaquinho bebendo vinho tinto e tocando um violão todo arrebentado no Mangue; Jararaca e Ratinho na embolada Sapo no saco, com a presença de (Leopold) Stokowski, o maestro de origem inglesa que dirigiu a Sinfônica de Nova York e gravou Cartola, Donga e o maestro Heitor Villa-Lobos a bordo do navio Uruguai, além de outras tantas histórias.Purista, fã do samba que chamava de verdadeiro e de jazz tradicional (Louis Armstrong era o supremo), Lucio Rangel desprezava novidades, detestava Dizzy Gillespie e torcia o nariz para Charlie Bird Parker e para o “xaroposo” Duke Ellington. Na música brasileira, idolatrava Pixinguinha, Sinhô, Cartola, Ismael Silva e Nelson Cavaquinho e virava o rosto para novidadeiros como Dick Farney (“um Bing Crosby de Cascadura”) e Lúcio Alves, ao mesmo tempo que desancava os cantores “operísticos” do início do século que “berravam” em vez de cantar. Em sua defesa do jazz negro de Nova Orleans, que considerava a “única expressão original da arte norte-americana”, distribuía bordoadas em gênios como George Gershwin (“autor de opereta popular”) e Cole Porter (“compositor mais ou menos medíocre”). Em artigo para a revista Mundo Ilustrado, em abril de 1959, intitulado ‘Carta a Vinicius de Moraes’, Lúcio rebate a “longa resposta” do poeta a “uma croniquinha” que escreveu (não publicada no livro). E conclui dizendo que acreditava sinceramente que o poeta tenha sentido “a mão de João Sebastião Bach pousar afetivamente no seu ombro, depois de fazer sua Marcha das Flores (...) Queria ver era você sentir a mão de José Barbosa da Silva, o Sinhô! Desse eu duvidava”.Em outro texto, o curto perfil em que apresenta o compositor Sinhô é antológico: “... mulato carioca, alfabetizado, pernóstico, com respostas prontas, gingando no andar, anel de ouro e gaforinha (topete) domada à brilhantina, tinha todo o sestro do carioca. Doido por política e por mulher, cabo eleitoral, brigão, capaz de dar o último níquel a um amigo, bebedor inveterado, astro número um das gafieiras, (...) sabendo usar com vantagem uma navalha, observador e satírico.” Em outra demonstração de sua verve, demole com bom humor o “cantor” Lamartine Babo, que “às vezes comparecia e divertia o público com sua voz de menina do Sion com má voz.” E, de quebra, Carmem Miranda “uma jovem que fazia trejeitos e caretas terríveis. E já cantava mal.”Que apareçam mais textos de Lúcio Rangel, a quem Tarik de Souza define na introdução da Coleção Revista de Música Popular, como “o principal formador do pensamento crítico da música popular brasileira na metade do século passado”. Eles jogam luz na música popular brasileira. Mas aqui entre nós, eu adoraria conhecer mais histórias desse boêmio apaixonado que viveu o Rio de Janeiro, seus personagens e sua música com tanta intensidade.PS: O lançamento de 'Samba, jazz e outras coisas' acontece nesta terça-feira, 24 de abril, a partir das 19h, no Bar Bip Bib (Rua Almirante Gonçalves, 50-D, tel.: 2267-9696), em Copacabana, Rio de Janeiro.

Banda Fábrica da Arte

Olá amigo/amiga da Fábrica da Arte.
Graças a sua participação conseguimos escolher 9 músicas que farão parte de uma coletânea/bônus (com músicas dos dois primeiros discos) no novo CD de inéditas da banda.
Clique em http://www.fabricadaarte.com/p2.htm para ver o resultado.
Muito obrigado pela sua participação!Fábrica da Arte

Leia.....................

TODO GRANDE AUTOR
É ANTES DE TUDO UM GRANDE LEITOR!!!

20.4.07

Mais um do Helvécio Ratton

'Batismo de Sangue' traz visão de Frei Betto da ditadura

SÃO PAULO - Histórias sobre a ditadura brasileira (1964-1985) formam uma das fontes de inspiração do cinema brasileiro atual. Depois do sucesso e premiações de 'O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias', de Cao Hamburger -- que chegou a competir no Festival de Berlim --, chega às telas nacionais nesta sexta-feira 'Batismo de Sangue'.
Dirigido pelo mineiro Helvécio Ratton ('Uma Onda no Ar'), o filme, que recebeu os troféus de melhor direção e fotografia no Festival de Brasília 2006, adapta as memórias do religioso e escritor mineiro Frei Betto, como é conhecido o frade, jornalista e escritor Carlos Alberto Libânio Christo, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Exibindo cenas de tortura com uma franqueza que o cinema nacional não registrava há muito tempo, 'Batismo de Sangue' aborda um período que começa em 1968, quando um grupo de jovens frades dominicanos aderiu à luta armada.

acesse o site

www.batismodesangue.ig.com.br

19.4.07

Laurence Fishburne será a voz do Surfista Prateado
Quanto a Galactus, estúdio sequer decidiu se terá voz ou não

Rumores diziam que Laurence Fishburne poderia dublar Galactus em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, a continuação de Quarteto Fantástico. Agora vem a confirmação: o ator dublará não o Devorador de Mundos, e sim o seu arauto, o Surfista Prateado.
A Variety deu a informação e adicionou: a Fox ainda sequer decidiu se Galactus terá voz ou não.
A voz de Doug Jones, o ator que dá vida ao Surfista, portanto, não será ouvida nas telonas. Ele foi dublado também em Hellboy (por David Hyde Pierce), mas pôde fazer o "serviço completo" em Labirinto do Fauno.
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (Fantastic Four: Rise of The Silver Surfer) estréia mundialmente em 15 de junho de 2007.

The Brazil...

Luc Besson vem filmar ecocídio no Brasil


Luc Besson não apenas repensou a aposentadoria como vai filmar no Brasil.
Em parceria com o fotógrafo e roteirista Yann Arthus-Bertrand, Besson rodará um filme com temática ecológica, Boomerang, em mais de 60 países. No Brasil, já na semana que vem, Besson terá como locação uma área de plantação de soja.
Segundo declaração de Arthus-Bertrand para a Variety, as áreas de floresta tropical no país estão sendo destruídas para dar lugar às plantações, que abastecem as demandas dos países de Primeiro Mundo. "Os problemas da Terra estão todos interligados, e o filme será um reflexo disso. Nós vamos rodar nos lugares mais belos do planeta", disse.
Num movimento inusual na indústria, Besson e Arthus-Bertrand planejam estrear Boomerang em 2008, e quando a arrecadação do filme equacionar o custo do filme, mais 10% de lucros, ele passará a ser distribuído gratuitamente. Segundo o fotógrafo, é uma maneira de chegar a mais pessoas.
A produção é da companhia independente francesa Elzevir Prods e da Europacorp de Besson.

BY WEL....

DE HENRY MILLER A LAWRENCE DURREL


Big Sur, 31 de outubro de 1959.


Esta manhã, depois de passar três horas em arrumação por aqui, sentei-me num banco debaixo do carvalho (um banco de igreja que minha irmã me desencantou num templo Batista) e principiei a ler as provas do São Francisco de Delteil. Li apenas o prefácio (vinte páginas) e fiquei delirante. Já lhe escrevi várias vezes sobre o Delteil, recomendando-lhe que o conhecesse mais de perto. É um santo moderno, que sabe escrever. (Escreve na cama, com uma pena de pato, antes do pequeno almoço.)
Mas saber você de que fala o Joseph no seu prefácio? Ele quer que recomecemos tudo de novo, desde o princípio. Regresso ao Paraíso, nada menos. Eu pensava ser o único idiota que falava dessa maneira. Não se pode nunca retroceder? Tolice – Exclama ele. Por que havemos de mudar o mundo? Mudai de mundos! (S. Francisco) Ele fala da pobreza, de Francisco a ter escolhido. Liberdade na pobreza. Não essa espécie miserável e dolorosa de pobreza, mas o privilégio de ser pobre, o privilégio, em suma, de rejeitar tudo aquilo que não necessitamos, que não pedimos, que não queremos, que não podemos utilizar, etc. Em resumo, uma mochila e simplicidade de espírito. Para Francisco, diz ele, tratava-se de deitar fora, de repudiar completamente 30 mil anos de civilização. Aquilo contra que ele pregava, ao elogiar a santa ignorância, era a nossa cultura livresca, as nossas loucas e mortíferas ciências.
Familiar? Demasiado, talvez. Recordo a sua gargalhada desdenhosa quando me restituiu o livro de Maillet. O verdadeiro Cristo! Que Ingenuidade! – disse você. Existiu realmente Jesus?, etc. Como se importasse que tivesse vivido ou não um homem chamado Jesus. Ele vive. E nós ou vivemos nele ou não vivemos. Sócrates, Gautama, Milarepa, o conde de Saint-Germain viveram? Surpreenda-me, se puder! Eu creio. Eu sei. Não fale de Deus – seja Deus! Encontre o lugar, a fórmula (Rimbaud). Ecrasez l'infâme! Ou como traduz Lord Buckley: "Apaguem esse terror!"
A Larry, não é que a vida seja demasiado breve, é que é eterna.

Henry.


Extraido do livro de fotografias:
QUANDO O CARTEIRO CHEGAR
de: Mário Rui Feliciani
Disney, ou melhor, Dickens World

Auto-ajudificar um autor como Cormac McCarthy (veja a nota abaixo) não é nada perto da disneyzação do clássico vitoriano Charles Dickens (1812-1870). E isso não tem nada de metáfora. Dê uma olhada no site do Dickens World, um megaparque temático – investimento da ordem de R$ 250 milhões – dedicado ao autor de “Um conto de duas cidades”, que abrirá suas portas na Inglaterra no dia 25 do mês que vem.
Os organizadores prometem, pelo preço do ingresso, mergulhar o visitante nas “ruas, sons e cheiros” da sociedade inglesa – com suas desigualdades de padrão brasileiro – em que viveu o pai de David Copperfield e Oliver Twist. Algo me diz que vão pegar leve no quesito “cheiro”. Ou seja: pobres encantadores de pés descalços e maquiagem fuliginosa tomarão o lugar de Mickey e Donald, mas o espírito é o mesmo.
Um grande barato? O supra-sumo do brega? Talvez seja melhor parafrasear o próprio Dickens: “É o melhor dos tempos, é o pior dos tempos”.

ASTERIX...

Salão de HQ em Barcelona homenageia criador de Asterix

MADRI - "Asterix e seus amigos", uma obra na qual diversos autores propõe sua própria visão do conhecido personagem dos quadrinhos, será apresentada em premier mundial no 25º Salão Internacional dos Quadrinhos de Barcelona, que acontece na cidade catalã de amanhã até 22 de abril. É a primeira vez que um lançamento do Asterix não acontece na França.
O lançamento de "Asterix e seus amigos" é o modo que os grandes autores do mundo escolheram para homenagear seu criador, o francês Albert Uderzo, que completará 80 anos no próximo 25 de abril, data na qual o livro sairá no mundo todo. Nomes como Forges, Juanjo, Guarnido, Milo Manara, David Lloyd e François Boucq imaginaram o personagem gaulês em diversas situações, atuais ou nem tanto.
Nos quatro dias de abertura, estão previstas mesas-redonda e debates com presença de autores e editores, que discutirão as relações entre Asterix e a literatura, além de outros temas.
O salão de Barcelona conta com um espaço expositivo de 16 mil metros quadrados, nos quais apresentará uma cenografia que evoca o mundo dos protagonistas de Asterix.

18.4.07

Keane ou Could Play???

Dizem ser uma cópia do Could Play. Assim, acessando o link abaixo, você poderá se certificar disso.

POEMIA...

Os frutos do abieiro
salientes bicos de seios
oferecendo-se
à tua boca ávida
a vida fica assim
com as mais doces
provas do fruto entreaberto
com meus seios
no céu da tua boca.
Cyda Mar

Para Homens e também para mulheres...

Acesse

17.4.07

É o Brasil subindo a ladeira...

Cantora brasileira lidera parada alternativa da Billboard

Já faz alguns anos que a cantora paulistana Céu deixou Nova York, onde morava, e voltou para o Brasil para construir aqui sua carreira, mas o tio Sam pode acabar atraindo de volta a brasileirinha. Ela está no topo da parada Top Heatseekers da Billboard, que lista artistas novos no cenário musical.
O álbum Céu, lançado no Brasil em 2005, está sendo distribuído nos Estados Unidos com a ajuda da rede de cafeterias Starbucks.
Na Top Heatseekers, a cantora de 24 anos está na companhia de Jarvis Cocker (ex-vocalista do Pulp), do grupo Bullet for My Valentine e do trio sueco Peter Bjorn and John.

16.4.07

Quentin o Tarantino!?!?!?

Cinema: produtor independente acusa Tarantino de plágio

ROMA - Depois do fracasso de público da estréia de "Grindhouse", Quentin Tarantino é agora acusado de ter roubado a idéia básica do filme assinado a quatro mãos, com Robert Rodriguez. A acusação é do diretor de filmes independentes Stephen Tramontana, autor em 2003 de um filme intitulado justamente Grindhouse, cujo orçamento foi de apenas US$ 4 mil e no mesmo ano foi premiado como "melhor filme de horror" no New York International Film and Video Festival.
A acusação é do diretor de filmes independentes Stephen Tramontana, autor em 2003 de um filme intitulado justamente Grindhouse, cujo orçamento foi de apenas US$ 4 mil e no mesmo ano foi premiado como "melhor filme de horror" no New York International Film and Video Festival.
Tramontana abriu um site para lançar as acusações (The real Grindhouse - That Quentin Tarantino stole), onde afirma que falou, junto com o produtor de seu filme, Lenny Shteynberg, duas vezes em 2001 (quando estava sendo escrito) e em 2003 com Tarantino, contando-lhe as diretrizes da idéia na qual se baseava o filme (a celebração dos filmes de terror dos anos 70); e a inspiração da história, construída sobre as aventuras de um matador com um carro veloz.
"Não afirmo que Tarantino roubou a minha trama. Até onde sei, 'Death Proof' (o título do episódio de Tarantino), e de modo geral 'Grindhouse', não têm cenas semelhantes às do meu filme, mas ele plagiou o conceito sobre o qual o realizei", explica Tramontana.
O diretor afirma que não acusa Tarantino por motivos econômicos e está ciente das dificuldades de fazer valer os seus motivos. "Ninguém, na história de Hollywood, jamais conseguiu provar o roubo de idéias, por isso não alimento muitas esperanças. Mas Tarantino é conhecido por ser um ladrão em absoluto que escreve longos diálogos".
Tramontana disponibilizou no seu site o download mediante pagamento (99 centavos de dólar) do seu Grindhouse, evidenciando que a arrecadação irá para um fundo para a realização de filmes independentes

Literatura na veia...

Resenha: 98 tiros de audiência!

MONTENEGRO - O livro não deixa respirar. De cara, um tiro certeiro interrompe repentinamente o sucesso da atriz Aurora Constanti, musa da novela das oito, estrela da maior rede de televisão do país Seus seios siliconados em sangue são o estopim de um mistério. Quem matou Aurora? Do autor, atores e atrizes ao diretor da emissora, todos são suspeitos. Ao longo do livro, tensão e muito humor são trabalhados de forma magistral por Aguinaldo Silva, já consagrado como autor da novela “Senhora do Destino”, entre outras tantas. O escritor revela, em seu primeiro romance policial, os bastidores da produção de uma telenovela.
No livro "98 Tiros de Audiência" (Geração Editorial, 2006), Agnaldo traz personagens assumidamente baseados em personalidades reais, propondo um jogo fascinante: cada leitor que tente descobrir quem é quem, da ficção em seu livro às personalidades tão famosas no país. O autor veio de Portugal, onde está em férias, exclusivamente para o lançamento, voltando para Lisboa e deixando a polêmica correndo solta no Brasil. Sua próxima telenovela só estréia em 2008, mas Aguinaldo anunciou que em 2010 pretende se aposentar e dedicar-se exclusivamente à literatura.
O escritor ironiza em sua obra o costumeiro expediente de introduzir uma morte misteriosa em novelas para atrair audiência. Brincando com o tema, chega a ironizar seu próprio nome, escrevendo com talento sobre o que domina, assunto policial e produção de novela de TV. E revela o que não aparece na telinha: a fogueira de vaidades, a arrogância, a falta de ética de diretores e atores.

Quer mais uma revista de responsa??????

Inteligência/bom gosto/cultura/arte

BY WEL...

Engenharia_Química_da_UFBA

Pergunta feita por Professor(a) da matéria Termodinâmica, no curso de engenharia química da UFBA em sua prova final.
Este(a) Professor(a) é conhecido(a) por fazer perguntas do tipo "Por que os aviões voam?" em suas provas finais. Sua única questão nesta prova para sua turma foi: "O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique sua resposta."
Vários alunos justificaram suas opiniões baseadas na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma. Um aluno, entretanto, escreveu o seguinte: "Primeiramente, postulemos que o inferno exista e que esse é o lugar para onde vão algumas almas. Agora postulamos que as almas existem, assim elas devem ter alguma massa e ocupam algum volume . Então um conjunto de almas também tem massa e também ocupa um certo volume. Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno? Podemos assumir seguramente que,uma vez que uma alma entra no inferno, ela nunca mais sai de lá. Por isso não há almas saindo. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo e no que pregam algumas delas hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno ... se você descumprir algum dos 10 mandamentos ou se desagradar a Deus você vai para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projetar que todas as almas vão para o inferno. A experiência mostra que pouca gente respeita os 10 mandamentos. Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno. Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem as mesmas, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante. Existem, então, duas opções: 1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO. 2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO. Se nós aceitarmos o que a menina mais gostosa da UFBA me disse, no primeiro ano: "Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar", e levando-se em conta que AINDA NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações amorosas com ela, então a opção 2 não é verdadeira. Por isso, o inferno é exotérmico." O aluno tirou 10 na prova. CONCLUSÕES: "A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." (Albert Einstein) "A imaginação é muito mais importante que o conhecimento" (Albert Einstein) "Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser" (Albert Einstein)
Para saber mais de ilustres brasileiros e grandes projetos e movimentos
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Os Modernistas...

Perfil

O Modernismo histórico brasileiro nasce do encontro entre jovens intelectuais e artistas plásticos paulistanos insatisfeitos frente ao anacronismo de nosso ambiente cultural no início do século XX. Refletindo tremores distantes de vanguardas européias como expressionismo, cubismo e futurismo, é em São Paulo que o movimento encontra solo fértil para brotar, em meados dos anos 10, sendo a primeira floração durante a Semana de Arte Moderna de 22, e seus frutos gerados ao longo das décadas seguintes. Por volta de 1912, depois de uma inspiradora viagem à Europa, o jovem e inquieto poeta Oswald de Andrade divulga em jornais e revistas paulistanas idéias ligadas às vanguardas européias. E não encontra receptividade de um público ainda condicionado aos velhos cânones da linguagem e da arte.Efetivamente, o trio de precursores da arte moderna brasileira começa a se definir em 1913, quando acontece a 1ª exposição de arte moderna no Brasil, com as obras expressionistas de Lasar Segall. A condição de estrangeiro do artista talvez tenha lhe protegido de uma reação hostil do público. O mesmo não aconteceu com Anita Malfatti, em sua célebre exposição de 1917, alvo de uma crítica publicada no Jornal “O Estado de São Paulo”, na qual o escritor Monteiro Lobato destila sua verve contra a obra de Anita, e por extensão, a Arte Moderna. Acostumada ao realismo acadêmico e trivial da arte usual de então, a elite paulistana se identifica com o crítico: Anita chega a ser agredida pessoalmente, tem quadros devolvidos, e a mostra é encerrada antes do tempo determinado. Depurada em anos de estudos em Berlim e Nova Iorque, a vanguarda de Anita Malfatti gera uma reação e uma contra-reação, na forma de um debate intelectual sobre idéias estéticas, linguagens e estratégias culturais, que resulta numa união de forças fundamental para o despertar do modernismo brasileiro. Em 1920, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e até Monteiro Lobato se encantam com o trabalho do escultor Victor Brecheret, logo identificado como mais um alicerce para a arte moderna brasileira. Uma recusa do Estado ao projeto original de Brecheret para o Monumento às Bandeiras contribuiu para atiçar a rebeldia estética dos jovens modernistas paulistanos. A Semana de Arte Moderna de 22 surge a partir de uma idéia lançada por Di Cavalcanti em 1921, que encontrou ressonância nas mentes inquietas do empresário Paulo Prado e dos jovens poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade, reconhecidos como mentores intelectuais do movimento.Articulado como um evento de impacto e provocação destinado a promover a temática nativista e a renovação da arte, a Semana tem lugar no Teatro Municipal de São Paulo. Por meio de conferências, recitais, exposições e leituras, o grupo de modernistas manifesta a necessidade de se abandonar velhos valores estéticos, para dar lugar à idéias inovadoras, de forma geral comprometidas com a liberdade de expressão e a busca de uma identidade nacional. No entanto, na falta de um projeto definido, tanta experimentação resultou na incompreensão do público, que reagiu mal, chegando a agredir alguns artistas com vaias e gritos.Mais do que uma revolução artística, o espírito moderno expressa o encanto e ao mesmo tempo o mal-estar do homem ocidental diante de uma nova maneira de ser ocasionada pelas infinitas possibilidades e contingências da vida moderna. No Modernismo, a arte se liberta de velhos cânones. Na literatura, a temática migra do território restrito ao sublime para o prosaico da vida cotidiana. Prosa e poesia se opõe a ênfase oratória, a eloqüência verbal e ao tom declamatório da literatura parnasiana, e convidam a linguagem coloquial e espontânea a invadir as belas letras. Em processo análogo, nas artes plásticas, rompe-se a submissão a velhos modelos e exploram-se novas e variadas formas e conteúdos.Já em 1930, o radicalismo formal do Modernismo especificamente associado à Semana de 22 fora assimilado e até negado por novos autores. Mas o pensamento moderno continuou a se expandir, através de publicações como a Revista Antropofágica e a Revista Klaxon, e de movimentos filiados, como o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Antropofágico, o Grupo da Anta e o Verde-Amarelismo.Nas décadas seguintes, a contribuição dos primeiros modernistas paulistanos consolidou-se progressivamente como fundamental para o desenvolvimento posterior de toda cultura brasileira.

1. Em 1992 o modernismo foi tema da Escola de Samba carioca Estácio de Sá. O enredo intitulado “Paulicéia Desvairada”, inicialmente considerado intelectual demais, deu à escola seu único título até hoje.2. A Semana de Arte Moderna de 22 ocorreu entre 11 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo com uma exposição modernista e uma série de conferências, leituras de poesia e prosa, espetáculos de música e de dança nas noites dos dias 13, 15 e 17. A programação foi intercalada com o propósito de provocar a imprensa, e obteve resultado, pois os jornais dos dias 14, 16 e 18 publicaram artigos escandalizados sobre as noites anteriores.3. O catálogo oficial da Semana assim apresenta os seus participantes: Pintura - Anita Malfatti, Ferrignac, J. F. de Almeida Prado, John Graz, Martins Ribeiro, Vicente do Rego Monteiro e Zina Aita Escultura - Vítor Brecheret e W. Haarberg Arquitetura - Antônio Moya e Georg Przyrembel A esses, René Thiollier, um dos administradores financeiros da Semana, acrescenta Di Cavalcanti, Oswaldo Goeldi e Regina Graz na pintura, e Hildegardo Leão Veloso na escultura. A este nomes ainda se acrescentam alguns, segundo historiadores de arte. 4. FRASES:"Seremos lindíssimos! Insultadíssimos! Celebérrimos. Teremos nossos nomes eternizados nos jornais e na História da Arte Brasileira." - Trecho da carta-convite de Mário de Andrade a Minotti del Picchia para participar da Semana da Arte Moderna.“Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.” – Manuel Bandeira“Não sabemos o que queremos, mas sabemos o que não queremos.” – Oswald de Andrade“Os verdadeiros poetas não lêem os outros poetas e sim os pequenos anúncios dos jornais." – Mário Quintana

Raul Santos Seixas...

Perfil

Raul Santos Seixas nasceu no dia 28 de junho de 1945 em Salvador, na Bahia. Sua infância foi tranqüila até que, aos 9 anos, ganhou do pai um violão. A princípio não levou muito a sério o instrumento, mas logo depois se viu diante do recém-nascido rock’n’roll de figuras como Elvis Presley, Little Richard e Chuck Berry, e sua vida nunca mais foi a mesma. Fundou com um amigo um fã-clube de Elvis e começou a arranhar o tal violão e uma guitarra. Em 1962 montou seu primeiro grupo, Os Relâmpagos do Rock, que chegou a se apresentar na TV Itapoan, em Salvador. Dois anos depois o grupo mudou de nome para The Panthers e gravou um compacto com duas músicas que nunca chegou a ser comercializado. No mesmo, Raul conheceu o rock feito pelos ingleses dos Beatles.Em 1965, o grupo The Panthers mudou de nome para Raulzito e Os Panteras e algo começou a acontecer, pois passaram a abrir shows para astros da Jovem Guarda de passagem por Salvador, tais como Roberto Carlos, Wanderléa e Jerry Adriani. Aliás, foi Jerry Adriani quem insistiu para que o grupo fosse para o Rio de Janeiro tentar o sucesso. Raulzito e Os Panteras chegaram ao Rio de Janeiro em 1968 e conseguiram lançar um disco pela gravadora Odeon, mas nada de chamar atenção nem do público e nem da crítica. Conseqüência imediata: a banda se dissolveu. No entanto Raul se manteve no Rio de Janeiro, consegui um emprego de produtor na CBS e lançou discos de artistas como Trio Ternura, Tony Bizarro, Renato e seus Blue Caps e Sérgio Sampaio. Em 1971, aproveitando uma viagem do presidente da gravadora CBS, Raul chamou os amigos Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star para gravar o disco coletivo Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das 10. Resultado: demissão de Raul e um disco cultuado até os dias de hoje.Em 1972, já assinando Raul Seixas, emplacou duas músicas no VII Festival Internacional da Canção, “Eu sou eu, Nicuri é o diabo” e “Let me sing, let me sing”, e começou a chamar atenção para sua mistura de rock com ritmos nordestinos. Neste ano começou a surgir Raul Seixas, a lenda. Já no ano seguinte foi contratado pela Philips e lançou o LP Krig-ha, Bandolo!. Sucesso de vendas alavancado por músicas como “Ouro de tolo”, “Metamorfose ambulante” e “Mosca na sopa”, parcerias de Raul com o futuro escritor Paulo Coelho. Os dois amigos fundaram na seqüência a Sociedade Alternativa cuja única lei era “faze o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Os militares não gostaram nada disso e os dois foram presos, torturados e partiram para um exílio forçado nos EUA. A dupla acabou voltando ao Brasil rapidamente, ainda em 1974, por causa do sucesso do segundo disco solo de Raul, Gita, que vendeu mais de 600 mil cópias. Em 1976, Raul Seixas lançou mais um disco de sucesso, Há 10 mil anos atrás, o marco do fim da parceria com Paulo Coelho.A partir de 1977, a carreira de Raul Seixas oscilou entre a idolatria crescente dos fãs e uma vendagem cada vez mais baixa de seus discos, tudo aliado a um consumo excessivo de bebidas e drogas. Em 1981, Raul ganhou como presente o surgimento em São Paulo de seu primeiro fã-clube. Criado por Sylvio Passos, o Raul Rock Club é ainda hoje um dos maiores e mais ativos fã-clubes brasileiros. Durante a década de 1980, Raul Seixas conseguiu lançar alguns novos discos, mas sem a mesma receptividade anterior, um livro (Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor), uma nova parceria (com Marcelo Nova, do Camisa de Vênus) e fazer shows que iam do paraíso (150 mil pessoas em Santos) ao inferno (no interior de São Paulo estava tão bêbado que o público achou que fosse um sósia e quase o linchou). Tudo isso acabou em 21 de agosto de 1989 quando Raul Seixas morreu de parada cardíaca. Nasceu então a lenda Raul Seixas, mais ativa que nunca. Só então muita gente foi perceber que aquele “maluco beleza” era e é um dos artistas brasileiros mais originais da história musical brasileira.

“A desobediência é uma virtude necessária à criatividade”. – Raul Seixas“Rock’n’Roll não se aprende, nem se ensina”. – Raul Seixas“Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade”. – Raul Seixas“Eu sou egoísta. Eu acho que o individualismo é muito mais sincero do que as preocupações com a coletividade. Não existe outro Deus senão o próprio homem”. – Raul Seixas“Ninguém aqui quer chegar a uma verdade absoluta e impô-la. Apenas se quer abrir as portas. Para as verdades individuais”. – Raul Seixas“Tá todo mundo estereotipado. Por isso é que eu faço questão de dizer que eu não sou da turma pop, que eu não tô comendo alpiste pop. Eu sei lá, eu acho que tá todo mundo de cabeça baixa, tá todo mundo Schopenhauer, todo mundo num pessimismo incrível. Essa geração audiovisual, e digo isso muito maldosamente, eu chamo eles de audiovisuaizinhos”. – Raul Seixas“Depois da Tropicália é possível alguém chegar pra você e dizer que música é uma coisa muito séria? Essa história de procurar raízes é uma bobagem. As únicas raízes que eu conheço são de amendoim e mandioca”. – Raul Seixas“Já me borrei de tanto rir ouvindo o infinito sendo explicado. Se sendo é um verbo prefiro ficar sendo calado”. – Raul Seixas

Sebastião Salgado...

Perfil

Sebastião Ribeiro Salgado nasceu em 8 de fevereiro de 1944 em uma fazenda na zona rural de Aimorés, Minas Gerais. Filho de um pecuarista, e sexto e único filho homem de uma família com oito crianças, Sebastião mudou-se com cinco anos para cidade e aos 15 fixou residência com a família em Vitória, Espírito Santo, onde conheceu sua futura mulher, Lélia Deluiz Wanick. Aos 20, mudou-se para São Paulo para fazer Faculdade de Economia na FEA/USP. Depois de formado, Sebastião Salgado fez mestrado na USP e na Vanderbilt University (EUA) e doutorado, também em economia, na Universidade de Paris. Em 1971, fixou residência em Londres onde trabalhou para a Organização Internacional do Café, posto que ocupou até 1973. É neste ano que a vida de Sebastião Salgado dá uma guinada. Após pegar uma câmera fotográfica emprestada de sua mulher e fazer uma viagem para a África, Sebastião Salgado decide abandonar a economia para se dedicar à fotografia.O trabalho como fotógrafo freelancer não durou muito e apenas um ano depois de começar como profissional, Sebastião Salgado entrou no time das renomadas agências Sygma (1974-75), Gamma (1975-79) e Magnum Photos (1979-94). É na Magnum, cooperativa de foto jornalistas criada por Henri Cartier-Bresson e Robert Capa durante a Segunda Grande Guerra, que Sebastião Salgado se torna mundialmente conhecido ao cobrir eventos históricos como as guerras na Angola, o seqüestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente começa a se dedicar a projetos pessoais, sempre com fotos em preto e branco, como Outras Américas, uma viagem a lugares remotos da América Latina que se transformou em livro e exposição em 1986. No mesmo ano publica o livro Sahel – O Homem em pânico, trabalho feito em parceria com o grupo Médico sem Fronteiras em uma área da África devastada pela seca, e começa a viajar para seu próximo projeto, Trabalhadores, sobre o cotidiano de trabalhadores manuais e o conflito com a alta tecnologia. Trabalhadores ganhou livro e exposição em 1993.Ainda na década de 1990, mais precisamente em 1994, Sebastião Salgado sai da Magnum Photos e funda sua própria agência, a Imagens da Amazônia, deixando cada vez mais claro suas preocupações políticas com o meio ambiente e as populações mais desfavorecidas de todo o globo. Nesta década, o fotógrafo se dedicou ao projeto Êxodos, sobre grandes marchas migratórias mundiais por motivos que vão desde guerras até questões econômico-sociais. Este projeto teve duas crias, Terra: A luta dos Sem-Terra e Retratos de crianças do êxodo, lançados entre 1997 e 2000. Em 1999, Sebastião e sua mulher fundaram o Instituto Terra, ONG dedicada e recuperação e reflorestamento da Mata Atlântica na região que o fotógrafo nasceu, no Vale do Rio Doce em Minas Gerais.Em 2001, Sebastião Salgado é nomeado Representante Especial do UNICEF e, sob encomenda, cobre uma campanha mundial de vacinação contra poliomielite em países pobres da África. O resultado da cobertura sai no livro O fim da pólio, de 2003. Após este trabalho, o fotógrafo deu início a uma nova série de viagens cujo objetivo é tratar da biodiversidade terrestre. Os primeiros resultados, com fotos da Antártida e de outros lugares remotos, ganharam lançamento mundial em 2006 em Vitória, Espírito Santo. O nome do projeto é Gênesis e tem duração prevista de oito anos.Premiadíssimo em todos os cantos do globo, Sebastião Salgado faz de sua arte um instrumento para discussões, críticas e soluções para a melhora da vida humana no planeta, além da preservação do meio ambiente. Parte do dinheiro que recebe sempre é repassado para movimentos sociais e organizações humanitárias. Radicado em Paris, Sebastião Salgado é casado há mais de quarenta anos com Lélia Wanick Salgado, diretora do Imagens da Amazônia e responsável pelos projetos gráficos de todos seus livros e exposições. O casal tem dois filhos: Juliano e Rodrigo, este último portador da síndrome de Down.

“Somos todos um povo. Provavelmente um só homem”. – Sebastião Salgado“A fotografia não é feita pelo fotógrafo. A foto sai melhor ou pior de acordo com a relação entre o fotógrafo e a pessoa que fotografa”. – Sebastião Salgado“Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de idéias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo”. – Sebastião Salgado“Fotografo globalmente e quero expor globalmente. Todo o meu trabalho é sobre globalização e liberação econômica, uma amostra da atual condição humana neste planeta”. – Sebastião Salgado“A minha grande esperança é que a gente vá em direção a um modelo de agricultura familiar. Milhões de pessoas participando do sistema produtivo, recebendo renda desse sistema, sendo integradas como cidadãos no sistema de mercado e que passem a consumir educação, saúde, cultura e bens de consumo”. – Sebastião Salgado“Eu acredito que o estilo de vida dos países mais ricos é o estilo de vida certo para todos. Todo mundo tem direito à saúde, educação, previdência social, além do direito e necessidade à cidadania. Acredito que todos os seres humanos neste planeta têm direito às mesmas coisas. E o mais interessante é que existem recursos suficientes para criar um mundo melhor para todos”. – Sebastião Salgado

Paulo Emílio...

Perfil

Paulistano de Higienópolis, nascido em 1916 e vivo até 1977, Paulo Emílio inicia atividade intelectual em 1935, aos 18 anos. Discípulo de Oswald de Andrade, devora avidamente qualquer suspeita de modernidade: comunismo, aprismo, Flávio de Carvalho, Mário de Andrade, Segall, Malfati, Gilberto Freyre, André Dreyfus, Lenin, Stálin, Trotski, Meyerhold, etc. Neste impulso caótico de entusiasmo modernista, diante de uma certa debilidade do pensamento brasileiro em orientar-se na problemática da realidade nacional, Paulo Emílio aposta, desde o começo, numa contribuição objetiva da atividade intelectual à sociedade.Aluno de Filosofia na USP e membro da Juventude Comunista, Paulo participa de comícios da Aliança Nacional Libertadora e escreve para jornais de esquerda. Seus artigos, ideológica e esteticamente influenciados pela primeira fase do modernismo paulista, apontam sua opção pelo paralelismo entre pensamento artístico e político, e um certo comunismo romântico, visto como movimento libertário e resposta redentora da humanidade à crise moderna e à Primeira Guerra Mundial. Para Paulo, entre muitos que então acreditam na política como caminho evolutivo e fonte de respostas universais, a militância é uma necessidade histórica e pessoal. Em dezembro de 35, os comunistas ensaiam um golpe militar mal sucedido. Numa violenta reação, Paulo Emílio é preso pela polícia política do Estado Novo, pouco antes de completar 19 anos. Subitamente encarcerado numa cruel realidade, depois de um ano e meio, Paulo Emílio consegue fugir do presídio do Paraíso. Num lance cinematográfico, escapa por um túnel construído com outros presos, e, ajudado pela família, embarca para Paris. Entre 37 e 39, numa Paris povoada por exilados políticos do fascismo, do estalinismo e do nazismo, o jovem Paulo Emílio experimenta mais do que liberdade jurídica, uma libertação intelectual, com acesso irrestrito à informação e à reflexão, que ilumina sua trajetória e altera a fundo sua visão política.Estalinista fiel à norma do PC Brasileiro, Paulo entra em contato com a literatura de denúncia e com bolchevistas dissidentes de esquerda que o convencem da natureza brutal e equivocada do estalinismo. Tal decepção é chamada por Paulo de “apocalipse comunista”, por seu impacto emocional sobre gerações de intelectuais, de certa forma incompreensível para a maioria conservadora.Paralelamente, neste período de auto exílio acontece sua grande descoberta do cinema como arte moderna, e das possibilidades do pensamento crítico como forma de reflexão social. Em 1939, Paulo Emílio deixa a Europa à beira da Segunda Guerra. E além de uma fértil simbiose entre as paixões pela política e pelo cinema, traz na bagagem uma nova noção de socialismo: independente, local, contrário à intolerância ideológica e ao totalitarismo, e favorável à revolução social guiada pela liberdade individual e pelos valores da civilização ocidental. Portanto, contrário ao stalinismo, ao trotskismo, ao fascismo e à ditadura Vargas.Em 1940, depois de causar desconforto com sua nova posição política, Paulo Emílio volta ao meio universitário e cria o “Clube de Cinema” da faculdade de Filosofia da USP, protótipo pioneiro de suas realizações futuras. No ano seguinte, aos 25 anos, Paulo Emílio edita, com Décio de Almeida Prado e Antônio Cândido, a revista de cultura “Clima”, publicação cosmopolita que renova o debate sobre arte, modernismo, política e radicalismo. Com a entrada do Brasil na Segunda Grande Guerra, os editoriais de Paulo Emílio marcam posição antifascista e denunciam a filiação sombria de forças políticas locais como o Integralismo e setores Getulistas.A partir de 46, Paulo passa 10 anos na França, entre realizações importantes como o livro sobre o cineasta Jean Vigo e sua colaboração com a Cinemateca Francesa, e desempenha papel de ponte entre o cinema europeu e a cultura cinematográfica brasileira em formação. De volta ao Brasil, em 1956, une-se a velhos companheiros do “Clube de Cinema” e da militância crítica para fundar a Cinemateca Brasileira, sua maior realização. Autor de palavras precisas, que iluminam aspectos fundamentais da cultura e da formação social brasileira, nascidas de sua intimidade com a arte, a literatura, e de uma postura apaixonada pela vida,Paulo Emílio eleva as possibilidades dos estudos cinematográficos no Brasil a um patamar libertador, viabilizando pesquisas para a constituição de uma memória nacional.

1. A Cinemateca Brasileira surgiu a partir da criação do Clube de Cinema de São Paulo, em 1940. Seus fundadores eram jovens estudantes do curso de Filosofia da USP, entre eles, Paulo Emilio Salles Gomes, Decio de Almeida Prado e Antonio Candido de Mello e Souza. O Clube foi fechado pela polícia do Estado Novo. Após várias tentativas de se organizarem cineclubes, foi inaugurado, em 1946, o segundo Clube de Cinema de São Paulo. Seu acervo de filmes constituiu a Filmoteca do Museu de Arte Moderna (MAM), que viria a se tornar uma das primeiras instituições de arquivos de filmes a se filiar à FIAF - Fédération Internationale des Archives du Film, em 1948. Em 1984, a Cinemateca foi incorporada ao governo federal como um órgão do então Ministério de Educação e Cultura (MEC) e hoje está ligada à Secretaria do Audiovisual. A mudança da sede para o espaço do antigo Matadouro Municipal, cedido pela Prefeitura da cidade, ocorreu a partir de 1992. Seus edifícios históricos, inaugurados no século XIX, foram tombados pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, e restaurados pela entidade. 2. Nos anos 60, o esforço museológico de Paulo Emílio vale um convite de Antônio Cândido para integrar o corpo docente da USP, onde orienta uma geração de pesquisadores, dando vida à pesquisa cinematográfica antes mesmo de sua formalização na esfera acadêmica. Mais tarde, como professor universitário da ECA, funda uma linha de pesquisa acadêmica cinematográfica e forma gerações de realizadores e teóricos do cinema brasileiro.3. O estilo de ação e liderança de Paulo Emilio causa impacto sobre seus contemporâneos, alunos e colegas da USP, no curso de cinema da Escola de Comunicações e Artes criado em 1967, ou na Universidade de Brasília, quando a implantação da uma revolucionária experiência acadêmica é interrompida pelo regime militar, em 1965.4. Paulo Emílio dá rumo ao arquivo cinematográfico Brasileiro, a filmoteca do MAM, e batalha apoio do Estado a uma política de conservação do patrimônio cinematográfico nacional. 5. O pensamento original e a trajetória de Paulo Emílio são peças chave na renovação da arte da crítica no Brasil. Imprimindo conhecimento e sensibilidade política à pratica da pesquisa cinematográfica, inserem o cinema na cultura nacional, e a reflexão sobre a imagem nas grandes questões do século vinte.6. O professor universitário Paulo Emílio disfarçava com certo charme seu engajamento político leal e permanente. Como pioneiro da crítica ao stalinismo, com seu carisma intelectual, sua voz poderosa, pensamentos claros e presença física marcante, seria natural seguir carreira política. No entanto, auspiciosamente, segue outro caminho, mais particular e criativo.

Largue a "CARAS" e Venha para a "PIAUÍ"

Revista pra se degustar, saborear e curtir

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Para os Capricornianos...

Capricórnio (22/12 a 20/1)

Melancólico, frio e seco, você vai ter de lidar com a idéia fixa do suicídio. Sua salvação está na literatura. Evite absolutamente qualquer livro de auto-ajuda e procure, ao contrário, obras de auto-aniquilamento, que agirão sobre você segundo o princípio da homeopagia. À leitura de autores como Schopenhauer, Kierkegaard, Beckett e St. Exupéry, você notará que pessoas tão melancólicas nunca interromperam sua produção, não se suicidaram e, sobretudo, jamais abriram mão de seus direitos autorais. A vida é bela.

Muitos SESCs Já!!!

Se houvesse mais instituições como o SESC nosso país seria único.

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www.sescsp.org.br/sesc

Battles - The Band

Ouça o som alternativo da Banda BATTLES - direto do My Space pra você
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Gentileza Gera Gentileza...

Saiba mais sobre José Datrino - PROFETA GENTILEZA

Precisamos de uma identidade global para salvar o Planeta!

Fique por dentro de bons textos literários e seus especiais autores
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Eis um programa de qualidade

Programa DECOLA da Tv Cultura...muita natureza pra você!
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CORCOVADO JÁ!!!

é isso pessoal vamos ajudar a eleger o CORCOVADO como mais uma maravilha do nosso já tão sofrido mundo.
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POEMIA... começando bem a semana!

Não quero falar de passado
Quero construir um futuro
Rio correndo pro mar
Limpo, com peixes, cachoeiras.
Herói que procura fatos
Mito solto morro abaixo
Em busca do sol.
Ganância que não cessa
Corpo e alma, amor e gesto
Como se em protesto
Gritarei ao mundo...
Viajante do espaço sideral
Cidadão instigado
Oxalá eu possa, na chuva,
Correr pelas ruas molhado
Infância saborosa
Digerida goela abaixo
Bola de gude, futebol,
Caí no poço, pipa sem cerol.
Não quero falar de futuro
Pois já construí o passado
Tenho medo, tenho medo
Quero sonhar acordado.

13.4.07

SEXTA 13...

SÃO PAULO – Será que toda sexta-feira 13 traz azar? Os mais radicais chegam a ficar na cama para evitar surpresas, mas a verdade é que não há consenso em torno da polêmica data.
Muitas explicações foram criadas para essa crença de mau agouro, mas é difícil saber exatamente de onde veio a superstição. Segundo o Guia dos Curiosos, ela pode ter surgido com os romanos após fatos ruins terem ocorrido repetidamente às sextas-feiras 13, inclusive a crucificação de Jesus Cristo. Já uma lenda da mitologia nórdica atesta que a deusa do amor e da beleza Friga (nome que teria dado origem à palavra friadagr, que significa sexta-feira) se transformou em bruxa quando as tribos nórdicas e germânicas se converteram ao cristianismo e como vingança pelo abandono ela se reunia toda sexta-feira 13, com outras 11 bruxas e o demônio, para rogar pragas aos humanos.
Paraskavedekatriaphobia, expressão grega que deriva da reunião das palavras fobia, sexta-feira e treze, designa o medo da data, sentimento que parece diminuído nos dias de hoje. No site de relacionamentos Orkut grande parte das comunidades dedicadas à sexta-feira 13 reúne adoradores da data, ou simplesmente pessoas que se dizem felizes por terem nascido nela.
O cubano Fidel Castro nasceu numa sexta-feira 13 em agosto de 1926 e a britânica Margareth Tatcher também, em outubro de 1925. Agora imagine ter um irmão gêmeo, fato também considerado diabólico em algumas culturas populares, e ainda ter nascido nesse dia fatídico. Pois esse é exatamente o caso de Mary Kate e Ashley Olsen, nascidas em junho de 1986, numa sexta-feira 13. Já o rapper Tupac Shakur foi assassinado na sexta-feira 13 de setembro 1996.
A banda de heavy metal Black Sabbath (nome de um ritual de magia negra) lançou seu primeiro álbum homônimo no dia 13 de fevereiro de 1970. Apegado à data, o ex-vocalista da banda escolheu esta sexta-feira 13 para lançar o primeiro single de seu novo trabalho, a faixa ‘I Don't Want to Stop’. O filme ‘Harry Potter e a Ordem da Fênix’ também escolheu a data para seu lançamento em julho, quando o dia 13 e a sexta-feira se encontram pela segunda e última vez em 2007.
Quem não se preocupa com surpresas e muito menos quer ficar em casa, o bar Puri vai montar um telão para mostrar os dois últimos capítulos de Vale Tudo, novela de 1989. A idéia é relembrar o furor sobre a morte da personagem Odete Roitman. O Puri fica na Rua Augusta, 2.052. A exibição é às 20h30. Reservas no telefone: 11 3081.8689.
Agora se você quer viver o clima de medo a sugestão é o ‘Noitão Arrepio’, no cinema HSBC Belas Artes. A partir da meia-noite a sessão exibe a pré-estréia de ‘O Hospedeiro’, depois o filme ‘Quase um Segredo’ e por fim um filme surpresa. Como sempre haverá sorteio de prêmios nos intervalos dos filmes e café da manhã no final da sessão. O HSBC Belas Artes fica na Rua da Consolação, 2423. Informações no telefone: 11 3258.4092.