A arte das palavras
Como o cinema também é uma arte de palavras, e não apenas de imagens, a nova seção do FilmSite.org, um dos principais sites mundiais de referência sobre filmes, me pareceu fascinante. A área reúne os melhores discursos e monólogos da história do cinema (as 100 melhores frases, segundo escolha do American Film Institute, já podiam ser encontradas no site há algum tempo).
A idéia da relação surgiu a partir de um concurso da Blockbuster britânica com seus clientes para escolher as 20 melhores falas do cinema. O vencedor foi o famoso discurso de Robert Duvall em “Apocalypse now” (1979) em que seu personagem diz que adora o cheio de napalm pela manhã. Bela escolha. A cena pode ser vista abaixo:
Mas o pessoal do FilmSite achou que a relação da Blockbuster era muito limitada. Por exemplo, quase não havia filmes antigos, e não existia nenhuma fala de personagem feminino (as cenas dos dez primeiros colocados podem ser vistas aqui).
Por isso, o site decidiu fazer uma lista ampliada. São dezenas e dezenas de discursos e monólogos, que vão desde o clássico expressionista alemão “O gabinete do dr. Caligari” (1920) - sim, o filme é mudo; a frase foi tirada dos letreiros” - até o recente drama político “Boa noite e boa sorte” (2005).
A fala preferida deste blogueiro, por exemplo, não está na lista da Blockbuster, mas está na do FilmSite. É o famoso discurso politicamente incorreto de “O terceiro homem” (1949), em que o trambiqueiro interpretado por Orson Welles faz uma comparação entre a Itália e a Suíça para defender seus lucros com a guerra. A fala está no final da cena abaixo.
Como não há legendas, lá vai a tradução: “Na Itália, em 30 anos sob o poder dos Borgias, eles tiveram guerra, terror, assassinato, banho de sangue - mas produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e a Renascença. Na Suíça, eles tinham amor fraternal, 500 anos de democracia e paz, e o que produziram? O relógio cuco.”
Que a frase seja dita por Welles, ajuda muito. Que ela seja basicamente mentirosa (o cuco foi inventado na Alemanha; os suíços criaram coisas mais importantes), não atrapalha em nada.
A idéia da relação surgiu a partir de um concurso da Blockbuster britânica com seus clientes para escolher as 20 melhores falas do cinema. O vencedor foi o famoso discurso de Robert Duvall em “Apocalypse now” (1979) em que seu personagem diz que adora o cheio de napalm pela manhã. Bela escolha. A cena pode ser vista abaixo:
Mas o pessoal do FilmSite achou que a relação da Blockbuster era muito limitada. Por exemplo, quase não havia filmes antigos, e não existia nenhuma fala de personagem feminino (as cenas dos dez primeiros colocados podem ser vistas aqui).
Por isso, o site decidiu fazer uma lista ampliada. São dezenas e dezenas de discursos e monólogos, que vão desde o clássico expressionista alemão “O gabinete do dr. Caligari” (1920) - sim, o filme é mudo; a frase foi tirada dos letreiros” - até o recente drama político “Boa noite e boa sorte” (2005).
A fala preferida deste blogueiro, por exemplo, não está na lista da Blockbuster, mas está na do FilmSite. É o famoso discurso politicamente incorreto de “O terceiro homem” (1949), em que o trambiqueiro interpretado por Orson Welles faz uma comparação entre a Itália e a Suíça para defender seus lucros com a guerra. A fala está no final da cena abaixo.
Como não há legendas, lá vai a tradução: “Na Itália, em 30 anos sob o poder dos Borgias, eles tiveram guerra, terror, assassinato, banho de sangue - mas produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e a Renascença. Na Suíça, eles tinham amor fraternal, 500 anos de democracia e paz, e o que produziram? O relógio cuco.”
Que a frase seja dita por Welles, ajuda muito. Que ela seja basicamente mentirosa (o cuco foi inventado na Alemanha; os suíços criaram coisas mais importantes), não atrapalha em nada.
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