14.11.07

VZYADOQ MOE

Vzyadoq Moe foi uma banda muito peculiar, a começar pelo seu nome que nada significa a não ser um sorteio de letras, seguindo a receita de Tristán Tzara para se fazer um poema dadaísta. Na realidade o sorteio de letras deu Vzyadoq Mof, devidamente corrigido pela banda. O significado era: 'O primitivismo, o começar do zero, o novo em nossa arte'.As influências iniciais, que moldaram a música do Vzyadoq Moe, vieram do cinema expressionista alemão, da poesia de Augusto dos Anjos e dos livros de Clarisse Lispector, que definem toda a teatralidade do som e das apresentações da banda. Havia também o Heavy Metal, a poesia e o lirismo de Nelson do Cavaquinho, junto com o turbilhão musical dos anos 80 onde o rock domina a tecnologia e expande suas fronteiras através de fusões com a música africana, jamaicana, indiana, entre outras. O punk atinge o mainstream musical e a banda leva ao termo o lema do movimento “Faça você mesmo”. A música na época é item secundário na equação do Vzyadoq Moe, pois a proposta inicial da banda é a de romper os paradigmas do pop mundial arrebatando o cetro de Londres. Basta ver o depoimento de Fausto Marthe em entrevista para Sônia Maia na Revista Bizz em 1988.Iniciam os ensaios na garagem do baterista Peroba. A falta de dinheiro proporcionou o inusitado set de percussão onde latas de óleo, caixas de papelão de eletrodomésticos, chapas de zinco de ferro-velho formam uma sonoridade particular, muitas vezes confundida com a música industrial dos anos oitenta. A falta de prática instrumental foi substituída inicialmente por muita criatividade em abordagens não tradicionais da famosa tríade do rock: baixo, guitarra e bateria.Nesse momento, em 1987 o Vzyadoq Moe era formado por: Fausto Marthe (vocal e letras), Marcelo Acabado - Orlak (guitarra), Jacksan - Calegari (guitarra), Edgard Degas (baixo) e Marcos Peroba (bateria).Para compor, alguns métodos nada formais segundo palavras de seus músicos. Degas: 'Qualquer um dos instrumentos pode achar um fraseado, uma sonoridade interessante a partir do caos inicial. Daí, os outros seguem atrás daquela idéia, de improviso, e acabam acertando'. Marcelo: 'Não existe lei. Às vezes o baixo faz a linha da guitarra, a guitarra marca o ritmo e a bateria define a melodia'. Fausto: 'Faz-se a costura e a melodia aparece somente quando todos os instrumentos estão tocando'. Marcos: 'Tem música em que o baixo é uma terceira guitarra'. Fausto: 'Minhas letras não são escritas para serem letras. São poemas inspirados no expressionismo arcaico e em Clarice Lispector'. Marcelo: 'Nossas guitarras são rigorosamente iguais. Não existe aquela história de base e solo. Elas se atropelam, se fundem e fazem o ambiente'. Marcos: 'Se eu tivesse dinheiro para comprar um kit de bateria normal, eu não compraria. Procuraria investir em pedais e efeitos para completar minhas latas, em busca de melhores timbres'. Desde o inicio foram muitos shows em Sorocaba, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, com a imprensa escrevendo incansavelmente sobre a banda, notadamente a Revista Bizz da Editora Abril. Mas de maneira geral os artigos não conseguiram qualificar de maneira adequada o som do grupo, na compreensão dos músicos da banda.Em 1987 começam a gravar seu primeiro LP (sim na época o CD estava engatinhando) nos estúdios Eldorado no centro de São Paulo, pela Wop Bop Discos com a produção de José Augusto Lemos, o Scot. O resultado é o primeiro disco do Vzyadoq Moe chamado “O Ápice”, lançado em março de 1988.O disco recebe destaque na imprensa saindo até em matéria na revista californiana Spin de junho de 1989, assinada pelo jornalista Biron Coley. Foi destaque também nos cadernos de cultura dos principais jornais e revistas do país. Vale ressaltar o artigo de Mário César de Carvalho na Folha de São Paulo, aquele que melhor soube expressar a proposta sonora da banda na mídia impressa.A série de shows se intensifica e o Vzyadoq Moe ocupa as maiores casas de show da época em São Paulo, onde a sena roqueira estava bastante ativa: Largo do São Francisco, Teatro Mambembe, Centro Cultural SP, Espaço Retrô, Dama Shock, Projeto SP, Aeroanta, Der Temple, The Clash, Sesc Pompéia, entre outros.Apresentam-se também na televisão nos programas Fanzine e Metrópolis da TV Cultura São Paulo.Em meados de 1989, devido a compromissos estudantis do guitarrista Jacksan que sai da banda, entra o Fernandão acrescentando a sua formação bastante ligada ao blues para a sonoridade do Vzyadoq Moe. Inicia-se uma nova fase com músicas que misturavam o samba, o rock e o próprio blues.Neste ano gravam sua participação no disco tributo ao mutante Arnaldo Baptista, “Sanguinho Novo”, lançado pela Gravadora Eldorado com a produção de Carlos Eduardo Miranda e Alex Antunes. Gravado no mesmo estúdio Eldorado usado pela banda para registro de seu primeiro disco.Os shows se ampliam para o interior do estado e para outros estados. A atividade sonora da banda é intensa nos próximos dois anos entre composições, gravações e apresentações. Levam sua performance para Londrina, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, Presidente Prudente, Jaú, Sorocaba, além de muitos shows na capital de São Paulo.Em 1990, o Vzyadoq Moe participa de outra coletânea de bandas o “Enquanto Isso”, produzido por Alex Antunes e RH Jakckson e lançado pelo selo independente Manifesto em Outubro desse ano. Gravado no SoftSynch, na Pompéia em São Paulo com produção de Akira S e da banda. Pela primeira e última vez o grupo se apresenta em inglês, Alternam os ensaios entre Sorocaba e São Paulo em estúdios de amigos. Mas muitas vezes garagens, escolas fechadas em finais de semana, casas dos pais ainda não alugadas, entre outros espaços de oportunidade são os locais recorrentes das jams da banda. Sempre com a turma amiga acompanhando o barulho de perto.Nesse mesmo ano o New Music Seminar de Nova Iorque, convida a banda para show no Cat Club em Manhattan. Por falta de dinheiro a banda foi abrigada a recusar o convite. Para compensar a frustração o Vzyadoq Moe volta para o estúdio SoftSynch e com produção própria e a engenharia de som de RH Jackson grava os seus cinco maiores hits dessa época.Parando um ano para recompor as baterias em 1992. A banda volta em 1993 como um quarteto com Fausto, Acabado, Degas e Peroba e um som de muita força e energia, onde abandonam o samba agregando elementos de speedy metal a já característica sonoridade do grupo.Mais maduros e melhores músicos, depois de anos de estrada, o Vzyadoq Moe grava com produção própria duas músicas no estúdio Big Bang no bairro de Pinheiros em São Paulo, capital. No segundo semestre de 1993 realizam seu primeiro videoclipe “Rompantes de Fúria”, com produção da Digital Group e direção de Sérgio Martinelli e Gilberto Caserta, chegam assim a MTV.Tocam a maior parte do tempo na capital São Paulo, onde a maioria da banda se mudou por motivos profissionais. A dissonância sai das músicas e atinge o grupo, que encerra suas atividades.Em 1999, na ocasião do lançamento de uma rádio on-line, é lançado informalmente o CD “Hard Macumba”, com material gravado e ainda não publicado e mais algumas faixas do show realizado em 1991 no Aeroanta em São Paulo. Em 2001, a Gorila Records relançou em CD “O Ápice”, em edição que se esgotou rapidamente.Muitos hits se perderam no tempo por falta de registro: “Ele está só”; “O duo e seus dons”; “Seu puro ouro, vi”; entre tantos outros, que estão na memória daqueles que puderam ver e ouvir o som inovador e único da banda. A busca pelo novo o Vzyadoq Moe perseguiu até o seu fim.

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12.11.07

TV LIVRO...

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Não jogue seus velhos LPs no lixo!

Pense bem antes de jogá-lo fora!
A discussão sobre qual formato tem a melhor sonoridade, LP (long-play) ou CD, não existe mais há um bom tempo. No decorrer da década de 1990, os lares que abrigavam coleções expressivas de vinis foram esvaziados – e as coleções, vendidas ou jogadas no lixo. Os sebos não trazem mais pilhas de velhos discos, como acontece hoje com fitas de VHS, aposentadas em tempo recorde pelo DVD. Enquanto se especula sobre o desaparecimento físico do CD, entretanto, um fenômeno faz o caminho inverso nos últimos anos: a volta do LP. Não o retorno da fabricação, mas do culto das velhas bolachas pretas. Em 2006, a fabricante americana Teac mandou para as lojas, pasmem, dois modelos diferentes de toca-discos, com design dos anos de 1950 e peças esculpidas em madeira. Um deles, o GF350, que custa no Brasil perto de R$ 2.700, permite gravar em CD o que está sendo tocado em LP. Por R$ 1.100 é possível comprar uma vitrola que traz também compact-disc, mas sem a possibilidade de gravação. É difícil resistir à tentação de ter um.Por que isso está acontecendo? A febre dos DJs, que usam vinis em suas performances, seria a causa? Não creio. Talvez tenha a ver com um problema de mercado. Pelo menos no Brasil. Por causa da pirataria, as gravadoras não têm demonstrado interesse em lançar em disquinhos álbuns que foram originalmente vendidos em vinil e que jamais foram remasterizados digitalmente. Até mesmo a possibilidade de "passar" para o CD em casa, com o simples apertar de botões, voltou a ser um atrativo interessante. Portanto, quem ainda tem LPs em casa deve pensar melhor antes de vendê-los ou jogá-los fora.
Texto enviado por WEL

6.11.07

De Novo!

É isso, de novo, aqui estou recomendando uma das melhores revistas deste Brasil Varonil

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POEMIA...

De que precisamos...
Paz, trabalho, casas!
Manter-me afastado
dos problemas do mundo
é sábio e eficaz.
sigo o meu caminho
sem violência,
pagando o mal com o bem.
O convívio dos homens
está no tempo da revolta
eu sei
mas fico alheio
ao marasmo técnico
que nos envolve.
Dou a volta por cima
tenho fé e juro
morrerei defendendo
minha ideologia e originalidade.
Sou louco e careta
protejo fauna e flora.
porque meio, se podemos
ter um ambiente inteiro.
Se é “Proibido Proibir”,
se o Haiti é aqui,
se Deus é brasileiro...
porque desistir???

Marcas de sucesso...

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Lançamento do terceiro CD da "Fábrica da Arte"

Olá amigo/amiga da Fábrica da Arte!

Você está convidado/convidada para o show delançamento do 3º CD da Fábrica da Arte.
DIA 10 DE NOVEMBRO - SÁBADO - 21HTEATRO DA UNIP, na Av Baguaçu/Araçatuba
INGRESSO: 1Kg de alimento não perecível
Além do show com as músicas do novo disco e também com as antigas, vai rolar... Exposição de artes plásticas: Fernanda Russo, MárciaPorto e Renata Cruz
Esquetes com o Grupo Teatral Pregadores do Riso
Realização: SESC
Apoio: UNIP, CULTURA FM, FOLHA DA REGIÃO
Apoio à banda: MOINHO CULTURAL E CENTÁUREA
COMPAREÇA - DIVULGUE - PRESTIGIE - REPASSE ESTE E-MAILPARA SUA LISTA

31.10.07

Os Estatutos do Homem - Thiago de Melo

A Carlos Heitor Cony

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem, como um menino confia em outro menino.
Artigo V
Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar.

POEMIA...

-------Lua -------Quieta, no canto.Esterto.A música, clássica, de fundoE a paz inexistente.Seus olhos quase sangramDe um inverno rigoroso, impenetrável,Desacoracionados.Dói. E continuaEm vozes vácuas a gritarDe silêncios crescentes...O miúdo amor.No ar, ex-paz.Deus o que nunca foiNo seu coração.Navalha nas mãos, corta,Lentamente, os pulsos,Condoída pelas paixões inexistentes.As vespas incomodam-naVão penetrando a pele morena,De vênulas azuis...O de repente acontecido.Pintou um quadro atormentável Com pincéis úmidos de sangue...Depois, voltou.Quieta, no canto. Estertor.Seu olho pisca e fere.---------------- (Die) ---------------

30.10.07

A Maior surpresa do TIM FESTIVAL

Conheça The Killers - um sucesso no Tim Festival

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28 de Outubro de 2007 - Dia Nacional do SACI...

Estou começando a achar que o Saci está à solta. Se eu bem me lembro das histórias de Monteiro Lobato, ele gosta de aprontar em casa. Nas palavras do personagem Tio Barnabé, “ele azeda o leite, quebra pontas das agulhas, esconde as tesourinhas de unha, embaraça os novelos de linha, faz o dedal das costureiras cair nos buracos, bota moscas na sopa, queima o feijão que está no fogo, gora os ovos das ninhadas.” No sábado, convidei uns amigos para jantar. Coisa de última hora. Preparei receitinhas rápidas, passei uma garrafa de vinho espumante da geladeira para o congelador... Claro que a garrafa explodiu. Ou melhor, não é tão claro assim. Nunca tinha acontecido comigo. Já tinha ouvido falar. Acho que foi o Saci. Vai ver ele queria dar umas bicadas no espumante. Todo mundo sabe que dia 31 de outubro é o dia dele, Dia do Saci. Todo mundo menos eu. Domingo, meu sobrinho apareceu em casa com um Saci na mão. Um bonequinho, que fique claro. Não lembrava muito bem a história do Saci e resolvi pesquisar na internet, antes que meus filhos começassem com o interminável questionário sobre as origens do brinquedo do primo. Mas a informação mais freqüente era: “Em 2005, foi instituído o Dia do Saci, comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro em contraposição ao Halloween” (que é comemorado na mesma data).Ótimo, não precisamos comemorar o Halloween! Mas quais são as comidinhas para a festa do Saci? Bom, de champanhe já sabemos que ele gosta. Sopa nem pensar: ele bota mosca. Mas tem que ter feijão! Na festa do Saci, imagino, a comida precisa ser bem brasileira. Representativa. Tapioca dos índios... Espere, encontrei outra informação na internet: “a função do Saci era controlar e manusear tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chás, mezinhas, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.” Ai, ai, ai, no Dia do Saci vamos ter que soltar a bruxa. Aliás, acho que nós, cozinheiras, estamos muito mais para bruxas do que para Saci. Para a minha surpresa, os hábitos alimentares do Saci já foram amplamente descritos por um grupo de “saciólogos”. Eles contam que, “no café-da-manhã, ele traça umas frutas, principalmente banana, e em seguida ataca um prato de mingau de fubá (é feito com leite bem quentinho e canela em cima). Depois faz um café ralinho, para tomar em caneca, ou um chá de hortelã, funcho ou outro matinho.” Mas parece que, para a festinha, seria mais adequado servir lambari frito. “Os bons são aqueles pequeninos, que não carecem nem de limpar. Frita-se do jeito que saem do rio. Uns pingos de limão caem muito bem. E cachaça, da boa, também.” Estou começando a gostar da presença do Saci na minha casa.

A Copa de 2014 em gramados brasileiros

COPA PRA ARGENTINO NENHUM BOTAR DEFEITO

O Brasil voltará a sediar uma Copa do Mundo depois de 64 anos. A decisão da Fifa de escolher nosso país como palco da mais importante competição do futebol em 2014 premia um esforço antigo dos governantes tupiniquins, que lutavam por isso desde a década de 1980. Viajaram para a Suíça, onde a Fifa tem sua sede, uma comitiva brasileira composta por políticos (entre eles o presidente Lula e, pasmem, 12 governadores estaduais – até o do Acre apareceu por lá), oportunistas, cartolas, letrados e até jogadores de futebol como Romário. Trem da alegria que foi ver perto os jurássicos velhinhos que comandam o futebol anunciarem o nome do Brasil. Pena que Ricardo Teixeira e seus asseclas tenham se esquecido de convidar Pelé para o evento, certamente conscientes de que ficariam em quinto plano diante da presença do Rei. Torço para que não ocorra novamente o que se viu no Pan no Rio de Janeiro. Praças esportivas superfaturadas, promessas de melhoria de infra-estrutura não cumpridas, dinheiro público escoando pelo ralo e contas que não fecharam e jamais vão se fechar. Tomara que finalmente brote a consciência em nossos políticos e cartolas (algo que não acredito) que o Brasil estará diante dos olhos do mundo todo. Mais uma chance de mostrar que além de termos uma das maiores economias do mundo, somos capazes de organizar um evento tão grandioso. Você, torcedor, acredita que a Copa no Brasil será uma boa ou nossos políticos deveriam priorizar outros temas mais relevantes? Temos condições de organizá-la com a mesma eficiência verificada nos países do primeiro mundo? Será possível fazê-la sem desviar recursos? Opine!

Amigos do Bem - Colabore!

Você conhece a ONG AMIGOS DO BEM???
Não - acesse e colabore

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Filosofia Pura...

INDIGNAÇÃO... é uma mosca sem asa
que não voa além da janela da sua casa.

OS CRIMES DA SYNGENTA SEEDS - FORA DO BRASIL!

Estimado amigo e amiga do MST,
Nesta edição especial, queremos compartilhar a luta da Via Campesina contra a transnacional Syngenta Seeds da Suíça e denunciar os vários crimes que essa empresa vem cometendo contra o povo e em território brasileiro:
1. CRIME DE EXECUÇAO SUMÁRIA CONTRA A VIDA DE BRASILEIROS:
No último domingo, dia 21 de outubro, por voltas das 13h30, após a reocupação da área, que aconteceu no início da manhã do mesmo dia, mais de 40 pistoleiros, de uma milícia fortemente armada, sob a fachada de empresa NF Segurança, invadiram o Acampamento Terra Livre, na área de experimentos de transgênicos e executaram a queima roupa o companheiro Valmir Mota de Oliveira, o Keno. Os feridos, Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos, Izabel Nascimento de Souza e Hudson Cardin, foram encaminhados para os hospitais da região. Izabel, que ficou em coma, já está fora perigo, mas infelizmente perdeu a visão de um olho, devido ao tiro. Mais um episódio que causa indignação. Keno era um entre as centenas de militantes da Via Campesina, que há mais de um ano tornaram público ao Brasil e ao mundo, os crimes ambientais da Syngenta.
A tragédia, que tirou a vida de um jovem militante e pai de família, de 34 anos, chocou defensores da Reforma Agrária em todo o mundo, entrou para a ultrajante estatística das execuções sumárias ocorridas em conflito por terra no Brasil. Esse não foi o primeiro caso de assassinato de Sem Terra ocorrido no estado, ao contrário, o Paraná é um dos estados brasileiros com maior índice de violência contra trabalhadores rurais Sem Terra.
Em 2006 foram registrados 76 casos de conflito por terra no Paraná. Entre 1994 e 2002 ocorreram 16 assassinatos de trabalhadores rurais Sem Terra; 31 trabalhadores foram vítimas de atentados; 47 foram ameaçados de morte; sete foram vítimas de tortura e 324 ficaram feridos. Não houve punição dos mandantes ou executores dos crimes.
O próprio Keno e outros dois integrantes do MST, Celso Ribeiro Barbosa e Célia Lourenço, já haviam sido ameaçados de morte, como consta em Boletim de Ocorrência registrado em 28 de março deste ano. Por várias vezes, seguranças da Syngenta entraram no Assentamento Olga Benário, que fica ao lado da fazenda experimental, atirando para intimidar as famílias que ali moram.
Em cada região do estado, grupos de ruralistas se organizam para coibir com violência qualquer tentativa de se fazer Reforma Agrária. Na região Noroeste, existe a União Democrática Ruralista (UDR), presente também em outras regiões do país; na região Centro-Oeste foi criado o Primeiro Comando Rural (PCR); na região Oeste, é a Sociedade Rural do Oeste (SRO), liderada pelo latifundiário Alessandro Meneghel, o mesmo que, em abril, criou o Movimento dos Produtores Rurais (MPR). Os objetivos são: formar grupos paramilitares fortemente armados para assassinar camponeses e desmobilizar a luta dos movimentos sociais.
2 – CRIMES AMBIENTAIS DA SYNGENTA:
Em 2006, a transnacional Syngenta Seeds estava cultivando experimentos de sementes transgênicas, dentro da zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu, o que era proibido pela Lei de Biossegurança. Os experimentos transgênicos deveriam respeitar uma distância de 10 km de parques e unidades de conversação, e os cultivos transgênicos da empresa estavam a 6 km do Parque. A transnacional chegou a ser multada em R$ 1 milhão de reais, pelo IBAMA, por desrespeitar a Lei de Biossegurança, mas nunca pagou a dívida. A Syngenta Seeds utiliza a reserva da Mata Atlântica, contaminando a biodiversidade e produzindo poluentes que agridem o meio ambiente os seres humanos.
3 – UMA BREVE HISTÓRIA:
Em novembro de 2006 a área foi desapropriada por decreto n° 7487 do governador Roberto Requião (PMDB) e seria destinada à construção de um Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, voltado para pesquisas e produção agroecológicas, para o abastecimento do mercado nacional.
A transnacional, no entanto, conseguiu por meio de liminares na Justiça a suspensão do decreto de desapropriação e o direito de reintegração da área (de 127 hectares), que havia sido ocupada – pela primeira vez – por 70 famílias da Via Campesina, em 14 de março de 2006.
4 – EXIGIMOS JUSTIÇA SOCIAL, JURÍDICA E AMBIENTAL:
I – Exigimos respeito à soberania nacional. Queremos que a Syngenta retorne ao seu país de origem, a Suíça; II – Exigimos o direito garantido na Constituição Brasileira: trabalhar na terra e produzir alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e sem transgênicos; III – Punição para os mandantes e executores do assassinato do companheiro Keno e de todos os trabalhadores assassinados;IV – Desarmamento imediato das falsas empresas de segurança, contratadas e pagas pela Syngenta e ligadas ao agronegócio;V – Desapropriação imediata da área por crime ambiental e assassinato – cometidos pela Syngenta; VI – Garantia de segurança e proteção das vidas dos dirigentes Celso e Célia, e de todos os trabalhadores da Via Campesina na região. Não queremos mais sangue em terras brasileiras; VII – Que a Syngenta pague a divida de R$ 1 milhão de reais aos cofres públicos, por danos ambientais no estado do Paraná. VIII – Os camponeses seguem na luta para que o campo de experimento ilegal da Syngenta seja transformado em Centro de Agroecologia e reprodução de sementes crioulas para a agricultura familiar e a Reforma Agrária.O descaso das autoridades públicas, do Estado e do poder judiciário, em punir os responsáveis pelos assassinatos de Sem Terra, permite que os executores de Keno, Sebastião, Elias Meura, Anghinoni, Garibaldi, e de tantos outros mortos nos Massacres de do Camarazal (PE), Eldorado dos Carajás (PA), Felisburgo (MG), permaneçam livres, impunes e repetindo a história de mortes no campo.
Agradecemos à solidariedade recebida no Brasil e de todos os continentes. O compromisso e a luta continuam com a dor do sangue derramado.Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular!
Secretaria Nacional do MST

29.10.07

Que Loucura!

Tu conheces a "Cachorro Grande"???

Que Loucura.....

http://br.youtube.com/watch?v=3nmvuXWcnOU

6ª Bienal do MERCOSUL...

O melhor da arte da América do Sul

acesse...

http://www.bienalmercosul.art.br/

Niemeyer é 9º em lista que reúne 100 'gênios vivos'

O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer ficou em nono lugar numa lista que reúne os "100 maiores gênios vivos", compilada pela empresa de consultoria global Synectics. A lista considerou fatores como aclamação popular, poder intelectual, realizações e importância cultural para eleger os vencedores.

Segundo o documento divulgado pela consultoria, Niemeyer é um "dos nomes mais importantes da arquitetura moderna internacional e pioneiro por ter explorado as possibilidades de construção do concreto armado".
"Seus prédios têm formas tão dinâmicas e curvas tão sensuais que muitos admiradores dizem que mais do que um arquiteto, ele é um escultor de monumentos", diz o documento. Oscar Niemeyer, que completa 100 anos no próximo dia 15 de dezembro, é o autor de projetos de dezenas de edifícios construídos em Brasília, entre eles o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília.
O arquiteto dividiu o nono lugar com o compositor americano Philip Glass e o matemático russo Grigory Perelman. A lista foi encabeçada pelo químico suíço Albert Hoffman, criador da droga LSD, que provocou uma revolução nos tratamentos psiquiátricos nos anos 40. Hoffman dividiu o primeiro lugar com o cientista de computação britânico Tim Berners-Lee, criador do domínio World Wide Web, conhecido como "www".
A listagem ainda contemplou personalidades como o megainvestidor americano George Soros (3º), o animador e criador da série Os Simpsons, Matt Groening (4º), Nelson Madela (5º), o físico inglês Steven Hawking (7º), o músico Daniel Barenboim (19º), o magnata das comunicações Rupert Murdoch (20º), o jogador russo de xadrez Garry Kasparov (25º), além do líder espiritual Dalai Lama (26º) e do cineasta americano Steven Spielberg (26º).

BBC Brasil

Festival Varadouro, no Acre: mais um caminho para o rock brasileiro

A edição 2007 do Festival Varadouro terá atrações de todas as regiões brasileiras e uma banda peruana dividindo os palcos do estacionamento do Arena da Floresta nos dias 19 e 20 de outubro com nove bandas acreanas. O festival, que este ano terá entrada gratuita, abrirá os portões a partir das 17h.O Varadouro chega à sua terceira edição no ritmo da crescente cena independente nacional, estabelecendo parcerias e ampliando sua área de atuação. Filiado à ABRAFIn e partícipe do Circuito Fora do Eixo, o Varadouro é uma realização do selo acreano Catraia Records em parceria com a Fundação Elias Mansour e conta com o apoio do Governo do Estado do Acre, da Tramavirtual e Cerveja Sol.
Esse caminho musical aberto em meio da vida urbana rodeada pela floresta assume um importante papel devido a estratégica localização do Acre. Estado mais a oeste do Brasil, limítrofe da Bolívia e do Peru, encravado no coração da Amazônia latino-americana, este pequeno grande lugar propicia a agregação de outros valores à sua produção musical e ao novos caminhos do ambiente musical brasileiro, no qual o Acre se inseriu nos últimos anos.
O Festival em 2007, da mesma forma que um dia deixou de ser Guerrilha para se tornar Varadouro, deixa de ser apenas um festival de música para impulsionar a integração da América Latina através da cultura e assumir definitivamente o papel de mola propulsora na discussão dos problemas ambientais que atingem o planeta através de sua programação de debates e da integração de outras manifestações artísticas em sua programação.
Para saber mais...

Filosofia Pura...

COMO OS DEUSES, OS GÊNIOS ENLOUQUECEM
AQUELES QUE QUEREM PERDER

AUTORAMAS...

No Youtube com AUTORAMAS

Mundo Moderno

http://br.youtube.com/watch?v=BVWHbJrEqNc

ARCTIC MONKEYS...

No Youtube com Arctic Monkeys

http://br.youtube.com/watch?v=NH-tMHShWC8

Som DUCA...

Senhoras, senhores... Com vocês VELVET UNDERGROUND e
Femme Fatale

http://br.youtube.com/watch?v=GgbxLxrr9jI

40 Anos do Disco do Velvet Underground (O disco da Banana)



Heroin (tradução) - Velvet Underground

Eu não sei exatamente onde estou indoMas eu estou tentando pelo reino, se eu puderPorque isto faz me sentir como se fosse um homemQuando eu pôr a estaca na minha veiaE eu direi a você, as coisas não são mais as mesmasQuando eu estou apressado em minha corridaE eu sinto como se fosse filho de JesusE eu acho que eu simplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não seiEu tenho que fazer a grande escolhaEu estou tentando destruir minha vidaPorque quando o sangue começar a jorrarQuando isto atirar e o pescoço penderQuando eu estiver chegando perto da morteE você não pode me ajudar agora, você caraE todas as suas doces meninas com suas doces conversasVocê todos podem ir dar uma voltaE eu acho que eu simplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não seiTomara que eu renasça mil anos atrasTomara que eu esteja navegando no mar escurecidoEm um grande barco a velaIndo desta terra aqui para aquelaEm uma roupa de marinheiro e chapeuLonge da cidade grandeOnde um homem não pode ser livreDe todo o mal desta cidadeE dele proprio, e daqueles a sua voltaOh, e eu acho que eu simplesmente não seiOh, e eu acho que eu simplesmente não seiHeroina, é a morte para mimHeroina, isto é minha esposa e isto é minha vidaPorque um caminho para minha veiaconduzindo ao centro da minha cabeçaE então eu estarei melhor e mortoBecause when the smack begins to flowPorque quando o beijo começa a correrEu realmente não me preocupo com mais nadaCom todo o Jim-Jim's nessa cidadeE todos os politicos fazendo sons malucosE todo o mundo botando todo o mundo a baixoE todos os corpos mortos empilhados em montesPorque quando o beijo começa a correrEntão eu realmente não me preocupo com mais nadaAh, quando a heroina esta no meu sangueE este sangue está na minha cabeçaEntão agradeço a Deus que eu estou tão melhor mortoEntão agradeço a Deus que eu não estou sabendoE agradeço a Deus que eu apenas não me importoE eu acho que eu siplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não sei

Dia Nacional do Livro...

O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.
Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.
Conheça outras informações sobre o livro, clicando nos links abaixo.
Períodos editoriais

Vozes Dissonantes - TROPICALISMO - 40 anos

O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.

Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.




Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.


Sincrético e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época.


Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Cozzela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto “Tropicália” (Caetano) e “Geléia Geral” (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo – principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrificados, da marcha “Alegria, alegria”, de Caetano, e da cantiga de capoeira “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.
Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.


O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.

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26.10.07

Bráulio Tavares...

Bráulio Tavares é escritor, compositor, estudou cinema na Escola Superior de Cinema da Universidade Católica de Minas Gerais, é Pesquisador de literatura fantástica, compilou a primeira bibliografia do gênero na literatura brasileira, o Fantastic, Fantasy and Science Fiction Literature Catalog (Fundação Biblioteca Nacional, Rio, 1992). Publicou A máquina voadora, em 1994 e A espinha dorsal da memória, em 1996.
Trocando em miúdos, é um paraibano com muita bagagem e de opiniões fortes e respeitadas. É um conhecedor da cultura nordestina com destaque para a paraibana e por isso se destaca. É um curioso que conhece o mundo e fala dele. Vamos conhece-lo um pouco mais.
Paraiba.com.br- Bráulio, crítico de cinema, escritor, cantador, poeta... como é que podemos classificar você?Bráulio Tavares- Sou escritor. Todo o resto é apenas uma forma a mais de divulgar as coisas que penso.
Paraiba.com.br- Na verdade você é mais conhecido como defensor da cultura paraibana e nordestina. Como é viver longe da Paraíba?Bráulio Tavares- Não me considero propriamente um defensor, até porque a cultura paraibana e nordestina é algo cultivado por dezenas de milhões de pessoas e até hoje tem se defendido muito bem sozinha. O que acontece é que nasci dentro desta cultura, vivi a vida inteira mergulhado nela, acho-a de uma riqueza e de uma beleza imensas. E eu sempre falo a respeito das coisas que gosto. Também sou "defendor", neste sentido, na ficção científica européia, do folk-rock americano, do cinema francês e assim por diante. Eu elogio as coisas de que gosto.
Não vivo assim tão longe da Paraíba. Moro no Rio há 20 anos, mas vivo cercado, também de amigos paraibanos, de livros e discos paraibanos. Tenho uma coluna diária no "Jornal da Paraíba" desde março de 2003, para a qual já produzi mais de 200 artigos sobre todo tipo de assunto. Vivo conectado com a Paraíba.
Paraiba.com.br- O que te fez sair do seu estado?Bráulio Tavares- Sou meio cigano, gosto de conhecer outros lugares, outras culturas. Tenho uma tristeza muito grande por nunca ter morado fora do Brasil; tive algumas chances, mas não fiz essa opção. Hoje ficou meio difícil. Eu não deixei a Paraíba porque a Paraíba me negava oportunidades. Pelo contrário. Se tivesse ficado, estaria hoje muito mais bem de vida do que estou. Saí da Paraíba por curiosidade. Quando eu era pequeno, minha mãe cantava uma cantiga cujo autor desconheço, e que dizia: "Deixei minha terra sem necessidade / só por ter vontade do mundo conhecer. / Fui dar um passeio no Vasto Composto; / já saí disposto gozar e sofrer." Acho que o Vasto Composto é o Mundo. Ele é o meu interesse principal.
Paraiba.com.br- Há quanto tempo você não vem à Paraíba?Bráulio Tavares- Vou à Paraíba todos os anos, mais de uma vez até. Em janeiro deste ano passei uma semana, em fevereiro passei 15 dias, em junho passei uma semana (no São João de Campina Grande) e agora em novembro passei mais uma semana, participando do IX FENART em João Pessoa.
Paraiba.com.br- Como anda a produção cultural paraibana na sua opinião?Bráulio Tavares- Muito boa, principalmente nas áreas da música e do cinema, onde há um momento positivo para o lado da produção industrial em pequena escala. Muitos artistas jovens, muita gente fazendo um trabalho de qualidade. Literatura, poesia e teatro, estão num segundo plano em relação a estas duas atividades, mas são artes onde a Paraíba sempre se destacou, nunca há uma queda de nível.
Paraiba.com.br- Tem algum artista que se destaca no nordeste?Bráulio Tavares- Tem muitos, centenas, em todos os campos.
Paraiba.com.br- A maioria dos nossos entrevistados nasceram ou vivem em João Pessoa e por isso sempre indicam praias como pontos turísticos preferidos. Sendo de Campina Grande talvez você possa indicar alguns lugares interessantes na Rainha da Borborema. Que lugares você indicaria para quem vem conhecer a Paraíba?Bráulio Tavares- Se o turista vem no verão, eu sugiro conhecer João Pessoa e a partir dela todo o litoral para o norte e para o sul. Se ele vem no inverno, sugiro que venha durante a época de São João, participe do São João de Campina Grande, e procure conhecer sítios históricos (como Areia) e arqueológicos, como a Pedra do Ingá.
Paraiba.com.br- Aproveite e indique alguns artistas para os nossos leitores também. Músicos, escritores, poetas, qualquer tipo de arte vale.Bráulio Tavares- Essas indicações são sempre subjetivas. Eu chamaria a atenção para o CD "Vem no Vento" do Jaguaribe Carne, que sintetiza um trabalho de mais de 20 anos de vanguarda poética e musical na Paraíba, e ao mesmo tempo é um disco que poderia tocar em qualquer rádio. Indico as pesquisas de Altimar Pimentel com os contadores de histórias populares, na série "Estórias de Luzia Tereza", uma mulher, já falecida, que sabia centenas de histórias de Trancoso, que foram gravadas pelos pesquisadores da UFPb. O livro "Cantadores, Repentistas e Poetas Populares", de José Alves Sobrinho, um trabalho cheio de informações preciosas sobre nossa poesia popular. E o trabalhos de grupos como As Parêa (que acabou de lançar seu primeiro CD), Cabruêra e Chico Corrêa, que fazem uma mistura muito interessante de ritmos populares e sonoridades contemporâneas.

25.10.07

A triste malha ferroviária brasileira

A precariedade das malhas ferroviária e rodoviária tem sido apontada como um dos mais graves gargalos do crescimento do Brasil. O país tem investido muito pouco na área do transporte.Para ter uma idéia, os Estados Unidos acabam de aprovar investimentos em transporte que chegarão a US$ 268 bilhões até 2009, contemplando, inclusive, o transporte ferroviário. Os Estados Unidos possuem mais de 200 mil quilômetros de ferrovias, e essa modalidade de transporte tem crescido na base de 3% ao ano; na movimentação de grãos, o crescimento chega a 10%.Bem diferente é o caso do Brasil. Um trabalho recentemente publicado registra o triste quadro do Brasil. Em 1940, tínhamos mais de 34 mil quilômetros de estradas de ferro -o que já era pouco. Hoje, temos menos de 30 mil. Retrocedemos. Com essa malha, transportamos apenas 23% da carga do país, enquanto a média dos grandes países é de 40% -e a da Rússia é de mais de 80%. Há um enorme hiato entre as necessidades do Brasil e os recursos aprovados nos planos plurianuais do país ("Ferrovia: Um Projeto para o Brasil", Antônio de Pádua Gurgel e outros, 2005).A luta em favor de mais e melhores ferrovias vem de longe. A grande visão do visconde de Mauá o fez bancar pessoalmente, em 1854, a construção da primeira ferrovia, de 18 quilômetros (Rio-Petrópolis). Em seguida, junto com os ingleses, construiu mais três projetos ousados: a ferrovia Recife-São Francisco, a Dom Pedro 2º (depois Central do Brasil) e a São Paulo Railway (rebatizada de Santos-Jundiaí).Nos últimos 65 anos, praticamente estagnamos. Argumenta-se que o custo de construção de uma ferrovia é muito alto. Quem assim pensa desconsidera o custo total do transporte rodoviário. Os usuários das estradas de rodagem pagam apenas uma parte dos custos desse sistema de transporte. Vários deles ficam por conta da sociedade, como o policiamento, os serviços de emergência, a engenharia de tráfego, a recuperação dos feridos, o congestionamento e a poluição nas grandes cidades.O Instituto de Engenharia estima que, só em São Paulo, se perca cerca de US$ 6 bilhões por ano na forma de combustível queimado inutilmente! Além disso, há o custo do tempo perdido, não só pelos caminhoneiros mas por toda a população que passa horas nos engarrafamentos diariamente. E, por fim, há o custo elevadíssimo das vidas perdidas e das pessoas feridas em acidentes de trânsito. Quando se leva em conta as "despesas invisíveis", vê-se que o baixo custo do transporte rodoviário é apenas aparente.Com a pujança da nossa capacidade exportadora, o Brasil precisa investir nas ferrovias. A indústria do setor está preparada, embora grande parte dos vagões aqui produzidos estejam correndo nos trilhos do Gabão, da Guiné-Bissau e da Venezuela, países que, só em 2005, compraram 400 unidades do Brasil ("Fabricação de vagões é a maior da história", "O Estado de S. Paulo", 21/8/2005). Está na hora de colocarmos as locomotivas e os vagões brasileiros para rodar nos trilhos do Brasil.

25 de Outubro...

Dia da Democracia

É difícil precisar o número de democracias no mundo hoje, pois não existe uma linha clara separando: ditaduras e democracias. Muitos países dizem que têm eleições livres, mas só o partido do governo vence, portanto, se são democracias de um só partido, são governos maquiados de democracias. Os fundamentos da democracia são: o regime da soberania popular ativa e o respeito integral aos direitos humanos. Direitos humanos entendidos não só como aqueles de origem liberal, como os direitos individuais e as liberdades individuais, mas principalmente, como direitos econômicos e direitos sociais. Esta nova definição de democracia rompe com aquela visão tradicional que limita a democracia à existência de direitos e liberdades individuais, além de eleições periódicas. O artigo terceiro da nossa Constituição Federal afirma, como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 1o) constituir uma sociedade livre, justa e solidária; 2o) garantir o desenvolvimento nacional; 3o) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 4o) promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Um programa perfeito, que certamente identificaria um Estado de Direito democrático, totalmente comprometido com a justiça social. No entanto, tais objetivos ainda estão, grande parte, no papel. A Democracia direta se refere ao sistema onde os cidadãos decidem diretamente cada assunto por votação. Enquanto, na democracia representativa, conhecida como República, os cidadãos elegem representantes em intervalos regulares, os quais depois votam os assuntos em seu favor. A democracia direta se tornou cada vez mais difícil e, por pura necessidade, se aproxima mais da democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. Hoje, em muitas democracias, o direito de voto é garantido sem discriminação de raça, grupo étnico, classe ou sexo, e por isso é facultativo. No entanto, o direito de voto ainda não é universal e, às vezes, ainda é obrigatório, para que ela seja mantida. O direito de voto, normalmente, é negado a prisioneiros. Alguns países também negam o direito a voto para aqueles condenados por crimes graves, mesmo depois de libertados. Em alguns casos, como em muitos lugares dos Estados Unidos, a negação do direito de voto é automático na condenação de qualquer crime sério; em outros casos, como nos países da Europa, a negação do direito de voto é uma penalidade adicional que a corte pode escolher por impor, além da pena do aprisionamento. Jamais se deve esquecer que uma Democracia legítima reflete as convicções, necessidades e aspirações verdadeiras de uma maioria. Qualquer outra interpretação ou definição de Democracia é pura mentira institucional.

24.10.07

Iron Maiden vem em março ao Brasil


Baterista confirma informação, mas não diz as datas exatas

Rodolfo França, um dos colaboradores do site Maiden Portal na Inglaterra, teve a oportunidade de bater um papo com o baterista do Iron Maiden, Nicko McBrain durante o "Drummer Live Event - The ultimate day out for all drumming, percussionist and music enthusiasts", que aconteceu no último fim de semana na capital britânica. McBrain confirmou que o Maiden vem, sim, ao Brasil em 2008. Ao contrário das informações anteriores, no entanto, a Donzela desembarca no Brasil em março e não em janeiro. As datas e locais, McBrain não revelou. A nova turnê do Iron Maiden tem como objetivo divulgar o segundo DVD que conta a história da banda. A Somewhere Back In Time World Tour 2008 começa em fevereiro, na Austrália.

Show do Police no Brasil terá abertura do Paralamas do Sucesso




A banda brasileira Paralamas do Sucesso vai abrir o show que o The Police faz no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, dia 08 de dezembro. O anúncio foi feito em entrevista coletiva, realizada na manhã desta terça-feira.
A venda de ingressos começa nesta sexta-feira (26). Os preços são salgados: de R$ 160 (arquibancadas laterais) a até R$ 500 (área vip próxima ao palco). A pista sai por R$ 190 e as arquibancadas e cadeiras custam R$ 270.
A confirmação do Paralamas como atração de abertura decepcionou quem esperava a presença do americano Beck. O cantor vai abrir os shows do Police em dois países vizinhos, Argentina e Chile.
Leia mais sobre o Police.

DIA DA ONU...

O dia 24 de outubro é o dia das Nações Unidas porque foi exatamente nessa data, no ano de 1945, que a Organização passou a existir oficialmente.
Em 1945, quando o mundo comemorava o fim da II Guerra Mundial, foi realizada, em São Francisco (EUA), a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, com a presença de 50 países, inclusive o Brasil. Desse encontro, resultou um documento chamado Carta das Nações Unidas, assinado pelos 50 países participantes, que se comprometiam a manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais, além de promover o desenvolvimento dos países no mundo todo. Assim nasceu a Organização das Nações Unidas - ONU.
Na verdade, ela veio substituir a Liga das Nações, que havia surgido no final da Primeira Guerra Mundial, com finalidade parecida.
Atualmente, a ONU conta com 189 das 192 nações existentes no planeta. A paz e a segurança são os objetivos principais em todas as suas iniciativas. Uma prova disso foi que, em 1988, as forças de manutenção de paz das Nações Unidas ganharam o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu empenho em preservar a harmonia entre os povos.

UMA CARTA, EU IMPLORO!

Carteiro! Carteiro!
Levantei correndo de minha poltrona, pois há tempos não ouvia tal chamado.
Era isso mesmo, um carteiro me chamava e eu surpreso, pensei: - Meu Deus quem será que me enviou alguma correspondência!?!
Cumprimentei o jovem carteiro e esperei a entrega de alguma coisa, meu espanto e desapontamento logo vieram, haja vista, que o mesmo me indagou, dizendo:
- Aqui é que mora o Antonio Carlos???
- Não, eu disse! Vi que ele trazia uma carta na mão.
- Ok. Vou procurar entre os seus vizinhos.
Fiquei olhando, enquanto o carteiro batia palmas em outra casa, gritando logo após – Carteiro! Carteiro!
Que inveja eu senti.
Toda essa vida virtual que assumimos, está acabando com a gente.
E-mail, Orkut, Google, G-mail, Gazzag, Flores Virtuais, Cartões virtuais e etc.
Hoje acordamos imaginando os scraps e mails que nos enviaram. Babamos com as promoções via internet e pasmem, até nos relacionamos amorosamente pela rede.
Meu Deus, aonde chegaremos? Talvez a loucura, por estar a qualquer momento sem tudo isso, ocasionado por um primeiro apagão.
O Brasil caminha a passos largos em direção a essa, ainda nova, tecnologia. Somos o país com maior potencial de crescimento.
Muitos Pcs, muito tempo na NET, compras via NET, que a cada ano surpreende as empresas. O Governo Federal fez a sua parte, financiando com baixos juros e prestações a perder de vista, o computador popular.
Mas tenho certeza, muitos de nós gostaríamos de ouvir aquele grito estridente – Carteiro! Carteiro! E não ser uma conta a pagar ou uma correspondência equivocada e sim uma carta e aquela sensação gostosa de ter novidades através de um meio de comunicação tão esquecido e daqui a pouco tempo, extinto!

Fred Escritor/Jornalista MTB 46.265

23.10.07

Novidades do YOUTUBE - curta aí...

http://br.youtube.com/watch?v=1M4vzkifWVw

http://br.youtube.com/watch?v=rxjrBd4WE2U

http://br.youtube.com/watch?v=u0R9QtAEiQ4

http://br.youtube.com/watch?v=lLNahLPS8cE

http://br.youtube.com/watch?v=GmwqpHsMExg

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COMPRA 90 MIL COMPUTADORES

O Ministério da Educação fechou nesta segunda-feira, dia 22, um leilão por meio de pregão eletrônico para compra de 90 mil computadores. Esses equipamentos vão compor nove mil laboratórios que serão instalados em escolas públicas do Brasil. Cada laboratório tem 10 computadores, uma impressora e um roteador wireless.
O secretário de educação à distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 23, que o objetivo é que até 2010 todas as escolas brasileiras com mais de 50 alunos tenham computador com internet (clique aqui para ouvir o áudio).
“Esse processo já começou. Esse ano que passou nós instalamos 9 mil laboratório em escolas públicas”, disse Bielschowsky.
Bielschowsky disse que o objetivo é que até 2010 86% das escolas públicas tenham computadores com acesso à banda larga. Segundo ele, o programa prevê também a oferta de conteúdo para trabalhar em sala de aula e capacitação dos professores.
Nos próximos seis meses, o número de laboratório de informática nas escolas públicas brasileiras deve chegar a 13 mil. Em julho de 2008 deve ser realizada uma nova licitação para instalação de 29 mil laboratórios.
Clique aqui para acessar o edital de licitação para compra dos computadores.
Leia a íntegra da entrevista com Carlos Eduardo Bielschowsky:
Paulo Henrique Amorim – Carlos Eduardo, me diz uma coisa, quando que esse processo começa?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Na realidade esse processo já começou. Esse ano que passou nós instalamos 9 mil laboratórios em escolas públicas.
Paulo Henrique Amorim – Em que ano, o senhor fala?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse ano de 2007 nós já instalamos um conjunto significativo de laboratórios, são nove mil laboratórios conectados em rede. Eles ainda estão sendo instalados, os computadores foram comprados, enviados para as escolas e estão sendo instalados.
Paulo Henrique Amorim – O que é que você chama de laboratório?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Um laboratório de informática é uma sala com dez a 15 computadores, um servidor. È importante salientar, Paulo, que além da questão da infra-estrutura, ou seja, da existência dos laboratórios, no ano que vem serão mais, está crescendo essa oferta. Esse programa ele inclui também a oferta de conteúdo e capacitação, ou seja, e um trabalho integrado, a idéia é mudar a escola brasileira e alfabetizar nossos alunos e, logicamente a população mais carente.
Paulo Henrique Amorim – Que tipo de conteúdo?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse momento, nós acabamos de encerrar a chamada de um edital de R$ 70 milhões para a construção de conteúdos digitais de primeira, segunda e terceira série do Ensino Médio. Física, Matemática, Química, Biologia e Português. Então, esses conteúdos são colocados nesses computadores e esses computadores, então, são utilizados para dinamizar a sala de aula, dinamizar esse processo de aprendizagem, trazer um diferencial para a escola brasileira através de vídeos, através de simuladores e a própria utilização do site. O aluno entra na internet, o professor manda ele fazer uma pesquisa e ele vai para o mundo. Às vezes, numa escola do interior do Rio Grande do Norte, acessa a internet, vai para o mundo, faz uma pesquisa e isso certamente contribui.
Paulo Henrique Amorim – E como é que estão os professores preparados para oferecer esse conteúdo.
Carlos Eduardo Bielschwsky – Você tocou num ponto-chave, Paulo Amorim. De fato essa é uma parte do sistema que tem que ser muito bem trabalhada. A maior parte dessas pessoas não está absolutamente preparada. Por isso mesmo nós estamos iniciando um processo de capacitação muito forte. Nós já estamos capacitando, eventualmente ainda não na velocidade necessária, estamos acelerando esse processo, no ano que vem vamos estar capacitando cerca de 100 mil professores daquelas escolas que vão receber esses laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – Mas você não quis falar em números, mas vamos lá. Em 2007 você já tem 9 mil laboratórios instalados. Quais são as metas daqui para frente?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Com maior prazer, falaremos de números porque os números... O Presidente Lula e os nossos ministros querem que até 2010 todas as escolas com mais de 50 alunos tenham um laboratório conectado em rede com professores capacitados e conteúdo. Então, nesse momento, neste ano, nós colocamos esses laboratórios mencionados. Ontem nós terminamos uma licitação para cerca de 10 mil laboratórios e em mais duas semanas nós teremos mais três mil laboratórios rurais licitados. Portanto no próximo meio ano, temos um prazo de 180 dias para instalar, nos estaremos com 13 mil laboratórios. Lá para junho do ano que vem nós vamos fazer uma nova licitação para 29 mil laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – Quando?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu imagino que em junho, julho. Já estaremos trabalhando numa licitação para adquirir cerca de 29 mil laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – E esses laboratórios estão sendo fornecidos por empresas privadas brasileiras?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nós fizemos, talvez, o maior leilão público, o pregão eletrônico, de aquisição de computadores do Brasil. Ontem nós compramos cerca de R$ 110 milhões de reais em computadores.
Paulo Henrique Amorim – Quantos computadores são isso?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Olha... são cerca de 100 mil computadores. Porque tem impressoras também, tem outros elementos que compõem o laboratório. Então esse dinheiro, ele também tem equipamentos de redes. Mas eu tenho quase certeza que foi o pregão eletrônico da maior compra de computadores realizada no Brasil. E foi um sucesso porque o pregão eletrônico tem uma característica muito interessante porque ele é feito de uma forma que as empresas não se enxergam. E o operador do pregão eletrônico também tem uma certa distância desse processo. E o preço foi baixando. Nós conseguimos um preço excelente. Realmente uma... a julgar pelas licitações do passado.
Paulo Henrique Amorim – Qual foi o preço?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Foram três lotes que somam certa de R$ 110 milhões. São computadores bastante robustos, com uma tela de...
Paulo Henrique Amorim – Tem o preço médio?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu tenho impressão que o preço médio do computador saiu em torno de R$ 1 mil. Eu não tenho certeza, preciso ainda fazer essas contas, porque ontem terminou... mas eu posso lhe passar essa informação...
Paulo Henrique Amorim – Quem ganhou o leilão?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Olha, foram duas firmas diferentes. Como esse processo ainda está sendo julgado... uma vez que termina o pregão eletrônico, as firmas são obrigadas a apresentar os seus equipamentos, eles entram numa fase de teste e ainda pode ter recurso. Então, eu prefiro, como está no meio do processo, eu prefiro não questionar. Mas ele é aberto, pode-se entrar na internet e acompanhar todos os passos do pregão eletrônico.
Paulo Henrique Amorim – Nós vamos dar o clique para isso no nosso site. Agora, deixa eu lhe perguntar uma coisa, Carlos Eduardo, quando se inaugura a chamada Infovias, que vai permitir o acesso em banda larga para essas escolas todas?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse momento nós estamos utilizando um recurso que é o Gesac. Ou seja, a Infovias, ela ainda não está estruturada, ela está se estruturando. No entanto, para não ficar parado, para conseguir contemplar as escolas, cujo os laboratórios nós estamos comprando, nós estamos utilizando um blend de recursos que chamamos de Gesac que é em alguns lugares uma antena que capta a banda do satélite e outros lugares a própria transmissão de internet. A Infovias é um projeto fantástico que está sendo tocado pela própria Presidência. O próprio Presidente Lula está à frente desse processo com muita intensidade. Ela está se desenhando. Nós temos uma esperança que no ano que vem já esteja operacional, porque é muito necessária. É necessário que o aluno que mora numa cidade do interior e que não tem acesso ao computador, ele tem que ser alfabetizado numa escola. Ele tem que entrar na internet da escola... Então essa é uma concepção que esse Governo tem muito clara e daí esse esforço muito grande nessa direção e daí esse esforço é fundamental. Eu posso citar um dado muito interessante, Paulo?
Paulo Henrique Amorim – Claro, por favor...
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nós temos um dado que mostra que as escolas com computadores não ligadas na internet, o desempenho médio de seus alunos nos exames, no Saeb, realizados pelo MEC, são exames nacionais, não muda muito. Quer dizer, ter um laboratório de informática na escola é importante porque alfabetiza digitalmente o aluno, mas não chega a trazer uma diferença significativa no desempenho do aluno desses exames. Agora se essa escola está conectada na internet, chega a mudar 10%.
Paulo Henrique Amorim – É mesmo?
Carlos Eduardo Bielschwsky – É, na média. Isso significa que o fato de o aluno ir fazer uma pesquisa de biologia, por exemplo, entrar na internet, andar pelo mundo e voltar para a sala de aula com esse conteúdo faz diferença. Ou seja, é necessário, de fato, conectar essas escolas em banda larga.
Paulo Henrique Amorim – Você poderia descrever para o nosso leitor, internauta, o que é o projeto de Infovias que o Presidente Lula considera tão importante?
Carlos Eduardo Bielschwsky – O projeto de Infovias, tecnicamente, ele está sendo ainda desenhado. Nós temos algumas possibilidades. Uma possibilidade importante a considerar é a rede elétrica, a rede... quando você instala os cabos de alta tensão, junto segue um conjunto de 32 pares de fibra óptica nessas torres. Então é usar esse potencial para fazer uma rede de banda larga, fazer um backbone de banda larga em todo o Brasil parece uma idéia muito interessante. É claro que essa rede de cabo de alta tensão, que percorre o Brasil, não chega a todas as localidades, mas a partir daí você pode perfeitamente usar rádio e outras possibilidades para fazer essa difusão da banda. Então essa é uma das idéias. Outra idéia também é usar um blend de soluções, portanto tecnicamente ainda se está fechando o desenho, mas com muita prioridade por parte do Governo, o que é muito bom.
Paulo Henrique Amorim – Então quer dizer que vocês ontem compraram 100 mil computadores?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu acho que talvez tenha sido até um pouco mais. Eu posso checar isso e lhe enviar. Se você me mandar um e-mail depois eu lhe mando.
Paulo Henrique Amorim – Os meus produtores vão entrar em contato com você, até porque eu vou dar o clique para essa concorrência para os nossos leitores internautas.
Carlos Eduardo Bielschwsky – Só como palavras finais, não sei se ficou muito claro, mas a idéia é: precisamos oferecer para essa população que não está alfabetizada digitalmente e que têm certamente um ambiente escolar muitas vezes necessitando de revigoração, essa tecnologia. Então é isso: fazer com que os nossos alunos de escolas estaduais e municipais no interior do Brasil possam ter acesso ao que a classe média alta normalmente tem nas grandes cidades.

Pixies deve cancelar planos de gravar álbum inédito

O vocalista do Pixies, Frank Black, ao que tudo indica, não conseguiu tirar a baixista Kim Deal de casa para gravar um novo álbum da banda, como havia dito que faria no final do ano passado.Black jogou um balde de água fria nos fãs que esperavam ouvir em breve o sucessor de Trompe Le Monde, álbum de 1991, alegando que Kim Deal é contra um novo lançamento da banda.Ele contou ao The Gothamist que, apesar de ter tentado convencer a baixista a gravar, ela até que tem razão. Segundo ele, Kim disse que não precisa de um novo álbum do Pixies, "portanto, talvez ele realmente não seja necessário".Black acabou de lançar mais um álbum solo, Bluefinger, e a baixista segue trabalhando no novo álbum do Breeders, sua outra banda, com o produtor Steve Albini.

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Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



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Veja a lista de músicas do novo álbum da Nação Zumbi, Fome de Tudo


Foi divulgada a lista de músicas do novo álbum da Nação Zumbi, Fome de Tudo. O disco tem doze faixas e sai este mês. É o primeiro trabalho da banda em sua nova gravadora, a Deckdisc.
O CD tem participações especiais da cantora Céu (na faixa "Inferno"), o tecladista Money Mark (parceiro dos Beastie Boys, em "Assustado") e o cantor e compositor Junio Barreto ("Toda Surdez Será Castigada").
O álbum anterior do grupo, Futura, havia saído em 2005. Veja abaixo a lista de músicas de Fome de Tudo:
01. "Bossa Nostra"

02. "Infeste"

03. "Carnaval"

04. "Inferno"

05. "Nascedouro"

06. "Onde Tenho que Ir"

07. "Assustado"

08. "Fome de Tudo"

09. "Toda Surdez Será Castigada"

10. "A Culpa"

11. "Originais do Sonho"

12. "No Olimpo"

MINC EXPLICA COMO VAI FUNCIONAR O PAC DA CULTURA

Uma reportagem da revista Carta Capital mostra que o programa “Mais Cultura”, conhecido como PAC da Cultura vai investir R$ 4,7 bilhões, principalmente em municípios que apresentam maiores índices de violência e menores índices de educação básica (clique aqui para acessar o site da Carta Capital).
O Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Alfredo Manezy, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 22, que o PAC da Cultura vai ser um trabalho conjunto entre vários ministérios, entre eles Cultura e Justiça (
clique aqui para ouvir o áudio).
“O ministro Tarso Genro e o ministro Gilberto Gil assinaram um acordo onde nas áreas identificadas como de maior risco, os territórios de vulnerabilidade onde o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) vai chegar”, disse Manezy.
Segundo Manezy, estão planejados 384 pontos de cultura em comunidades carentes, locais considerados com maior vulnerabilidade social. “São apoios para aqueles grupos na comunidade, grupos culturais, ONGs que desenvolveram técnicas e tecnologias de pacificação, de mediação de conflito por meio da cultura e também museus comunitários e bibliotecas públicas”, disse Manezy.
Alfredo Manezy disse que o PAC da Cultura vai proporcionar “uma ação intensificada a partir dos indicadores do Ministério da Justiça naquelas comunidades mais degradadas, onde historicamente o Estado só chegou com a Polícia”.
Clique aqui para fazer o download da pesquisa do IBGE sobre o perfil cultural do brasileiro
Leia a íntegra da entrevista com Alfredo Manezy:
Conversa Afiada – Eu li a reportagem de Pedro Alexandre Sanches “A periferia não importa”, que está na Carta Capital que está nas bancas. Ele fala do programa Mais Cultura, também conhecido como PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – da Cultura, com R$ 4,7 bilhões destinados prioritariamente nos municípios com um índice de violência e os menores índices de educação básica, comunidades carentes e de risco. Senhor Manezy, a matéria do Pedro fala que a imprensa não deu a menor bola para esse programa. Em que consiste o programa?
Alfredo Manezy – O programa consiste num amplo investimento em infra-estrutura cultural, especialmente nos territórios onde há um baixo acesso à cultura no Brasil. Para você ter uma idéia, Paulo Henrique, os dados do IBGE recentemente lançados, uma pesquisa em parceria com o Ministério da Cultura, mostram que 13% dos brasileiros freqüentam cinema uma vez por ano, 92% dos brasileiros nunca freqüentarem museus, a média de leitura do brasileiro é 1,8 livro por ano, per capita. Para você ter um exemplo, num país vizinho, Colômbia, que lê 2,4 livros por ano, é quase o dobro do que é lido no Brasil. Ou seja, são números que revelam o baixo acesso à cultura no Brasil, uma concentração do acesso à cultura em algumas regiões, em algumas camadas da sociedade. E nesse sentido, o programa foi construído, a partir desses indicadores, para enfrentá-los a partir de um amplo investimento de Estado, coordenado com os estados, municípios, outros ministérios do Governo Federal, são mais de 26 acordos de cooperação entre o Ministério da Cultura e Ministérios como Educação, Meio Ambiente, Justiça, Integração Nacional, Cidades e Desenvolvimento, acordos com os bancos públicos, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, para um investimento em larga escala em cultura brasileira. Sem dúvida alguma, Paulo Henrique, é o primeiro grande programa de Estado voltado para o acesso cultural dos brasileiros.
Paulo Henrique Amorim – Eu pergunto, como se pode ser acesso à essa pesquisa do IBGE. Ela é um documento público?
Alfredo Manezy – É um documento público, ela se encontra no site do IBGE e também no site do Ministério, totalmente integral, digitalizada e é uma pesquisa que revela esses dados de maneira contundente, Paulo Henrique.
Paulo Henrique Amorim – Vamos dar um clique para isso. Agora, outra coisa, senhor Manezy, como é que se relaciona esse programa com áreas, digamos, de risco. Vamos falar, por exemplo, já que estamos em cima dos acontecimentos, por exemplo, a favela do Alemão no Rio, a favela da Coréia, a periferia de São Paulo, como é que esse programa chega até lá?
Alfredo Manezy – O ministro Tarso Genro e o ministro Gilberto Gil assinaram um acordo onde nas áreas identificadas como de maior risco, os territórios de vulnerabilidade onde o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci, lançado há dois, três meses atrás que é um programa inovador porque conjuga ações de segurança e polícia com ações sociais de cidadania. Estão planejados 384 pontos de cultura que são apoios para aqueles grupos na comunidade, grupos culturais, ONGs que desenvolveram técnicas e tecnologias de pacificação, de mediação de conflito por meio da cultura e também museus comunitários e bibliotecas públicas, ou seja, uma ação intensificada a partir dos indicadores do Ministério da Justiça naquelas comunidades mais degradadas, onde historicamente o Estado só chegou com a Polícia e uma das razões para a degradação é essa ação unilateral do Estado que foi histórica, durante décadas, chegando com a Polícia, com aparato da Justiça, combinado agora com todos os outros serviços que são necessários, demandas da sociedade brasileira, especialmente intensificados, porque essas camadas precisam de um atendimento ainda maior há um histórico de degradação, logo é preciso ter bibliotecas de extrema qualidade, é preciso ter museus comunitários de extrema qualidade. Então, o Estado não pretende fazer nada sozinho e sim incorporando tecnologia e uma expertise, no caso, que a própria sociedade brasileira desenvolveu nas ausências do Estado. A gente tem exemplos como o AfroReagge, tem centenas de exemplos de trabalho sérios no Brasil que são exemplo até para o mundo e que já são parceiros e serão parceiros nessa intensificação nos territórios do Pronasci.
Paulo Henrique Amorim – O que é que é que consta no ponto de cultura?
Alfredo Manezy – O ponto de Cultura parte de uma iniciativa de grupos de comunidades que já trabalham com cultura. Aproximadamente, segundo estimativas, são mais de 100 mil grupos no Brasil que fazem trabalhos em suas comunidades seja com Hip Hop, seja com memória da comunidade, seja com bibliotecas comunitárias como a do escritor Ferréz, que é um exemplo mais conhecido, são centenas de milhares de grupos no Brasil. O Ministério da Cultura nunca dialogou com esses grupos historicamente, é a primeira vez que uma gestão reconhece essa expertise da sociedade brasileira envolvida com gestão comunitária para que elas recebam recursos e façam a sua gestão nos territórios. É claro que são grupos com um grau de precariedade enorme, com pouco acesso à infra-estrutura, então cabe ao Ministério e ao Estado entrar com recursos para que esses grupos possam aplicar a atuação na comunidade de maneira legítima, ganhando um reforço importante para a sua atuação. Para você ter uma idéia, Paulo Henrique, e para os ouvintes também poder comparar: a Colômbia teve uma atitude inovadora e diferente há 10 anos quando, especialmente em Medelin e Bogotá, se associou ação cultural com uma ação... Uma política de segurança, defendendo que a qualificação do ambiente social é uma condição para a redução de homicídios, redução de violência nessas áreas. Foram instaladas bibliotecas de altíssimo nível, acervos, museus e hoje os índices caíram bastante em função dessa ação completa, mais ampla e abrangente que considera a qualificação do espaço social como o principal objetivo. E uma medida, é claro que o Brasil é um país de proporções muito maiores, a necessidade é de uma ação de larga escala e é por isso que nós estamos falando de números amplos, como por exemplo, 384 pontos de cultura, sete grandes bibliotecas multiuso, museus comunitários nos territórios com os maiores índices de homicídios do país.
Paulo Henrique Amorim – Quando você falou no Ministério da Justiça é com aquele programa o Pronasci, não é isso?
Alfredo Manezy – Isso, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Mas também estamos planejando ações conjuntas como no Plano de Desenvolvimento Educacional, o PDE, que foi lançado pelo Ministério da Educação. Estão sendo previstos centenas de cineclubes nas escolas de Ensino Médio público e outros equipamentos culturais como brinquedotecas, estrutura de inclusão digital com banda larga, a exemplo do que estamos fazendo com outros Ministérios. É uma ação combinada com outros Ministérios justamente porque o Ministério da Cultura é uma estrutura pequena que precisa trabalhar articulada com outros Ministérios para atingir a escala que precisa ser alcançada que diz respeito àqueles indicadores que no início eu mencionei.
Paulo Henrique Amorim – Deixa eu lhe perguntar uma última coisa, já tem algum ponto de cultura em funcionamento em área de risco?
Alfredo Manezy – Tem. São hoje 680 pontos de cultura já apoiados pelo Ministério da Cultura na Cidade Tiradentes, por exemplo, zona oeste de São Paulo, que é uma área importante nessa atuação cultural, são três pontos de cultura já conveniados na Cidade Tiradentes, só para dar um exemplo. Mas também temos na área metropolitana de Recife, na área metropolitana de Belo Horizonte, em favelas do Rio de Janeiro.
Paulo Henrique Amorim – Aqui em São Paulo em Cidade Tiradentes.
Alfredo Manezy – Em Cidade Tiradentes, para dar um exemplo. Eu posso te passar no detalhe depois, são vários projetos no Brasil já conveniados. E a gente, ao fazer o edital dos pontos de cultura, recebemos mais de três mil propostas de pontos de cultura vindos de ONGs, de movimentos culturais, Hip Hop, ou seja, a demanda é imensa. Quando a gente ultrapassa o limite de atendimento aos produtores culturais, aos artistas que são, é claro, legítimos parceiros do Ministério, a gente percebe que o brasileiro tem uma demanda por cultura e há já um conjunto de comunidades enorme no Brasil trabalhando de maneira consistente com cultura e educação.

22.10.07

MOSTRA - Filme desconstrói mito de Ian Curtis, voz do Joy Division

MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO

Por Fernanda Ezabella


SÃO PAULO (Reuters) - Com diálogos mínimos e trilha sonora no máximo, o filme em preto e branco "Control" narra a curta vida de Ian Curtis, enquanto ele se equilibrava entre a banda britânica Joy Division, sua mulher Debbie e sua amante Annick.
"Control", que será exibido na sexta-feira na 31a Mostra Internacional de São Paulo, tem direção do fotógrafo holandês Anton Corbijn, especializado em música e responsável pelas fotos mais famosas do Joy Division, também em preto e branco.
Esta é sua estréia em longa de ficção, embora já tenha rodado videoclipes do Depeche Mode, Johnny Cash, U2 e Nirvana.
O Joy Division foi formado em Manchester, no final dos anos 1970, em meio a shows de David Bowie, Sex Pistols e Buzzcoks, referências presentes no filme. Com a morte do vocalista, aos 23 anos, a banda deu origem ao New Order.
O papel principal é do ator desconhecido Sam Riley, que é também cantor e guarda uma estranha semelhança com Curtis, inclusive quando dança no palco, em um transe mais parecido com seus ataques epiléticos.
A importância que as mulheres ganham neste filme --Debbie e Annick-- pode frustrar os fãs mais interessados em histórias do grupo, conhecido por sucessos como "Love Will Tear Us Apart" e "Transmission".
Mas a resposta para esta ótica feminina pode estar no fato de o roteiro ser baseado no livro da própria Debbie, que também assina a co-produção. Os dois se casaram muito jovens e tiveram uma filha, a qual ele ignora solenemente no filme.
E, mesmo afirmando seu amor pela jornalista amadora Annick Honoré, Curtis não consegue ficar longe de Debbie. Ao saber da amante, ela ameaça com o divórcio, mas ele pede para ela desistir.
Entre as dúvidas do coração, o sucesso estressante da banda e os constantes ataques epiléticos, Curtis se enforca na cozinha de sua casa, um dia antes do embarque do Joy Division para a primeira turnê nos Estados Unidos, em 1980.
Somando tudo isso, o péssimo marido com o abandono da banda em pleno auge, o filme desconstrói o mito Ian Curtis, um jovem um tanto depressivo e egoísta, até hoje cultuado e referência para bandas novas como Interpol, She Wants Revenge, The Killer e muitas outras.
"Control" também passa longe do estereótipo "sexo, drogas e rock and roll". Curtis, de fato, carrega na mochila seus vidros de remédios, mas para tentar conter sua epilepsia. E a única cena de sexo se passa debaixo do cobertor e termina com Curtis chorando, talvez atravessado pela culpa da traição.
O filme foi exibido no Festival de Cinema de Cannes deste ano, em maio, um dia antes do aniversário de 27 anos da morte de Curtis. O baterista Stephen Morris contou aos jornalistas no festival como se sentiu quando soube que Curtis se enforcara:
"Acho que foi um choque, mas o que eu senti foi muita raiva --raiva por ele ter sido tão estúpido", disse. "Quando uma pessoa comete suicídio, deixa um monte de perguntas sem resposta para as pessoas que sobram-- e as fere muito mais."

COLD PLAY...

http://br.youtube.com/watch?v=qI8I6qcxWyU

http://br.youtube.com/watch?v=jBEYyHGbwto

http://br.youtube.com/watch?v=_XonuuQZSCE

SIM!!!


SIM - Nando Reis


Desde que eu te vieu te quisEu quis te raptarEu fiz um altarPra te receberComo um anjoQue caiulá do céuNão estava voandoAndandoDistraiu-seSIME agora?Eu quero voltar lá do céuEu quero estar de voltaEu quero ter você quando estiver de voltaEu quero você para mimNão douPra ficar só,simSIMDesde que eu te vieu te quisEu quis te raptarEu fiz um altarPra te receberComo um anjoQue caiulá do céuNão estava voandoAndandoDistraiu-seSIME agora?Eu quero voltar lá do céuEu quero estar de voltaEu quero ter você quando estiver de voltaEu quero você para mim agoraEu quero voltar lá do céuEu quero estar de voltaEu quero ter você quando estiver de voltaEu quero você para mimNão douPra ficar só,sim,não dou,não

POR TRÁS DA MÁSCARA...



POR TRÁS DA MÁSCARA

Dantesco, homérico,
Sarcástico, solitário.
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Na rodovia, ouvindo “Fix You” do Cold Play
Muito além do permitido
Permito-me a indagação...
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Perfeccionista, cruel,
Individual, sonhador.
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Acelero o carro
Como que se acelerasse a vida.
Acelero o tempo
E morro mais a cada minuto.
Qual será o meu eu???
Mal amado, incompreendido,
austéro, feliz!

18.10.07

Nova música de Morrissey na net

Uma nova música do cantor Morrissey, “All You Need Is Me”, vazou na internet.A primeira vez que essa música foi apresentada foi dia 10 de outubro, em um programa norte-americano. De acordo com o site sobre o cantor True-to-you.net, outra inédita intitulada “That’s How People Grow Up” será apresentada em breve.Veja a performance de “All You Need is Me”:

Neil Young libera quatro faixas do novo álbum

Disposto a dar uma prévia do álbum Chrome Dreams II, com lançamento marcado para a próxima semana (no dia 23) nos EUA, Neil Young disponibilizou quatro faixas na Internet.
As músicas foram colocadas no YouTube, mas não são clipes. Fotos em detalhe da "coleção de carros enferrujados" de Young, segundo a descrição informada no site de vídeos, servem como pano de fundo para as canções.
Se o objetivo do lendário roqueiro era deixar os fãs com água na música, funcionou – as canções são ótimas, inclusive a balada "The Way", que conta com um coro de crianças.
Chrome Dreams II faz referência a Chrome Dreams, gravado por Neil Young em Nova York em 1976 e posteriormente engavetado. Apesar de nunca ter chegado às lojas, originais do álbum, recheado de clássicos, acabaram nas mãos de colecionadores e podem facilmente ser encontrados na web.
Nesta quinta-feira (18), o cantor inicia uma turnê pela América Norte, que até agora tem datas marcadas até metade de dezembro. Estão previstos, inclusive, dois shows no Massey Hall, em Toronto, casa de shows onde, em 1971, foi gravado o excelente Live at Massey Hall, lançado no início de 2007.
Clique nos links abaixo para ouvir as músicas:

A volta de Djavan

Djavan está de volta. Um dos maiores cantores e compositores da música popular brasileira se apresenta entre os dias 25 e 28 de outubro (de quinta a domingo) na casa de espetáculos Citibank Hall, localizada no bairro de Moema em São Paulo.O cantor promove o show de lançamento do álbum "Matizes". No repertório da apresentação, Djavan traz ao público as novas canções "Pedra" e "Delírio dos mortais", além dos sucessos "Oceano" e "Eu te devoro".Na quinta (dia 25), o show tem início às 21h30. Na sexta-feira e no sábado, o a apresentação começa mais tarde, às 22h. No domingo, Djavan sobe ao palco às 21h. Os ingressos custam entre R$80 e R$140.

Conheça mais o compositor e intérprete... acesse

http://www.djavan.com.br/

Integrantes do Los Hermanos se reúnem em homenagem a Tim Maia

Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, membros do Los Hermanos que segue com seu hiato sem data para terminar, vão se reunir em São Paulo e Rio de Janeiro. Eles dividirão o palco no evento Tim Maia Imperial De Luxe, que acontece nos dias 24 de outubro no Vivo Rio e dia 31 no Tom Brasil, na capital paulista.
O show será uma homenagem aos dez anos da morte de Tim Maia. No palco, as noites serão comandadas pela Orquestra Imperial - da qual Amarante faz parte -, e terá como vocalistas convidados Marcelo Camelo, a cantora Mariana Aydar e o grupo feminino Chicas.
Além deles, cada cidade terá uma participação especial: Rogério Flausino (Jota Quest) foi escalado para o show carioca e Toni Garrido se apresenta em São Paulo.
Os ingressos já estão á venda e custam de R$ 40 a R$ 100.

15.10.07

FOO FIGHTERS...

Conhece o Foo Fighters, não?
Pois é agora você vai ver o quanto é boa essa banda.

acesse...

http://br.youtube.com/watch?v=5Qvbeet6zTM

Sgt. Pepper's...

Conheça o disco da guinada dos BEATLES
Trata-se do Sgt. Peppers

acesse e divirta-se...

http://br.youtube.com/watch?v=6oEeNM_TT3U

11.10.07

40 anos sem Che, 20 anos de barbárie

Em tempos neoliberais, inspiração de Guevara
sobrevive nos revolucionários latino-americanos

Ao publicar seu livro "O Horror Econômico", em 1996, a ensaísta francesa Viviane Forrester, crítica literária do Le Monde, analisou com precisão o estrago causado pela globalização neoliberal aos valores humanistas e sociais. Seu livro contribuiu para uma tomada de consciência em várias partes do mundo, especialmente na França e na Europa, onde deu consistência para várias manifestações e movimentos de resistência.
Se Viviane Forrester viesse ao Brasil para ver quais são os estragos hoje, após 17 anos de políticas neoliberais, certamente incluiria no "horror econômico" um capítulo especial sobre a barbárie do modelo econômico na periferia do capitalismo – onde a tragédia é maior e afeta o nível incipiente dos direitos humanos, a perda de conquistas trabalhistas e sociais, a super-exploração do trabalho e, de quebra, a destruição mais profunda dos valores culturais e civilizatórios.
Na verdade, o Brasil perdeu vários bondes da história: poderia ter construído uma sociedade mais justa no processo de independência colonial, no século 19; poderia ter feito a reforma agrária junto com o término da escravidão e com a instauração do regime republicano; poderia ter avançado nos embalos das revoluções socialistas na Rússia, em 1917, na China, em 1949 e em Cuba, em 1959; poderia ter avançado em processos mais democráticos no pós 2ª Guerra, com a derrubada de Getúlio Vargas, como aconteceu na Europa.
No entanto, o Brasil - como a maioria da América Latina – está entregue aos domínios do imperialismo, à exploração das empresas transnacionais e dos bancos e à estagnação dependente – um processo político de democracia limitada e controlada pela repressão, um processo econômico centrado na transferência de renda para poucos grupos empresariais nacionais e estrangeiros, um sistema produtivo baseado na exportação de bens primários e matéria-prima industrial e uma política de recursos humanos voltada para a formação de quadros de terceiro escalão.
Graças a esse modelo o Brasil tem um contingente permanente de desempregados acima dos 15% da população economicamente ativa, tem uma massa de trabalho informal maior que os empregados com carteira assinada e tem sofrido um arrocho salarial de várias décadas. Graças a isso, o Brasil tem um contingente enorme de jovens de 15 a 24 anos sem trabalho, sem escola e sem renda – e pior: sem perspectiva de realização profissional e pessoal dentro do Brasil. Por isso mesmo, pesquisa Datafolha de outubro de 2007 estima que a diáspora brasileira dos últimos anos alcance 30 milhões de pessoas – que fugiram do Brasil para viver em outros países.
Viviane Forrester ficaria mais arrasada ainda ao analisar que o estrago maior do modelo neoliberal globalizado não se deu apenas pelo retrocesso nos campos econômico e social, mas nos campos político e ético. Ficaria realmente horrorizada ao saber que as populações de vários países da América Latina foram subjugadas sem maiores resistências, que muitas das forças de esquerda aderiram ao charme do capitalismo e que, no Brasil, o maior partido de esquerda que o povo conseguiu construir ao longo de séculos de história praticou escandalosa traição de classe, jogou no lixo seu programa e suas bandeiras de luta, seus quadros dirigentes adotaram as práticas e os métodos mais sórdidos das elites dominantes.
Para a América Latina tem restado a insurgência dos mais explorados e mais oprimidos – dos povos indígenas da Bolívia, do Equador e do México – e a luta de resistência dos poucos movimentos sociais populares que não se renderam ao capitalismo neoliberal. Resta também a inspiração da luta de Ernesto Guevara, o nosso mais querido revolucionário. Que o sonho de Che nos fortaleça. Sempre!
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Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.