Seção...BlOgAdO
Sérgio Sampaio foi um cantor e compositor brasileiro. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, faleceu em maio de 1994.
Carreira
Após ter sido radialista em Cachoeiro, Sérgio foi tentar a careira musical no Rio de Janeiro. Contratado pela CBS (hoje Sony BMG), Sérgio lançou ao lado de Raul Seixas o álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez em 1971. No ano seguinte, lançou a marcha-rancho Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua no Festival Internacional da Canção. A música se tornou sucesso nacional e deu nome ao primeiro disco solo de Sérgio. Apesar do sucesso do compacto do Bloco, o LP não foi bem-sucedido, em parte pelo comportamento displicente de Sérgio, que se dedicava mais à vida boêmia carioca do que à divulgação do álbum.
Já com o rótulo de "maldito" da MPB, Sérgio passou por várias gravadoras e lançou um álbum independente. Alcoólatra, só se recuperou do vício na década de 90, mas acabou falecendo antes de retornar a carreira.
Cronologia:
1947
Sérgio Moraes Sampaio nasce a 13 de abril, em Cachoeiro de Itapemirim, filho de Raul Gonçalves Sampaio, fabricante de tamancos e maestro de banda e Maria de Lourdes Moraes, professora primária.
1956
Começa a ajudar o pai na tamancaria. Na escola é aluno aplicado, eventualmente o melhor da classe: Dona Maria de Lourdes o colocava para estudar em casa todos os dias.
1963
Fica vidrado no samba "Cala a boca, Zebedeu", de autoria de Seu Raul, inspirado numa vizinha da Rua Moreira que espinafrava o marido diariamente. O apelido do sujeito era "Fulica".
1964
Ingressa como locutor na XYL-9, Rádio Cachoeiro. Torna-se um fã do samba-canção de Orlando Silva, Nélson Gonçalves e Sílvio Caldas.
1965
Passa três meses de experiência como locutor da Rádio Relógio Federal, no Rio de Janeiro. Retorna a Cachoeiro para servir no "Tiro de Guerra" local. É detido freqüentemente por trocar os pernoites por incursões aos bares e bordéis cachoeirenses.
1967
Mudança definitiva para o Rio de Janeiro, para tentar a vida como locutor ou cantor-compositor.
1969
Passagens pelas rádios Rio de Janeiro, Mauá e Carioca. Ingressa na rádio Continental, onde conhece Erivaldo Santos, parceiro no primeiro samba feito no Rio, "Chorinho inconseqüente", mais tarde incluído no LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez".
1970
Novembro: acompanha ao violão o compositor Odibar, parceiro de Paulo Diniz em "Quero voltar para a Bahia", num teste na gravadora CBS com o então produtor Raulzito. As músicas de Odibar não agradam e Sérgio canta composições suas como "Coco verde" e "Chorinho inconseqüente". Na saída, Raul Seixas lhe diz ao pé do ouvido: "Volte amanhã".
1971
Janeiro: assinatura do contrato com a CBS. Sérgio e Raul se tornam amigos. Com Raulzito, Sérgio conhece o rock e o pop internacional em geral. Abril: "Sol 40 graus", com o Trio Ternura, é a primeira letra de Sérgio Sampaio a ganhar as rádios. Ele assina a música como "Sérgio Augusto" e seu parceiro Ian Guest, como "Átila". Compoe e grava numa fita demo "Minha miragem" parceria com Yan, hoje a fita pertence ao produtor musical Emerson Lavicchi, que pretende lança-la muito em breve.
Junho: compacto "Coco verde/"Ana Juan", direção artística de Raul Seixas e arranjos de Ian Guest. O disco toca muito, devido à ajuda de amigos disk-jockeys de Sérgio, mas vende pouco.
Setembro: LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez", com Raul Seixas, Míriam Batucada e Edy Star, que causa na época o maior fordunço na gravadora CBS. Também pudera: o disco era uma verdadeira sessão de escracho musical, uma coleção de pastiches de rock, samba e ritmos nordestinos, com letras sarcásticas, entremeadas por piadas e sátiras ao cotidiano em forma de vinhetas malucas.
Outubro: Sérgio participa do VI FIC com "No ano 83", de sua autoria. A seu lado, nos vocais, Jane Vaquer, futuramente conhecida como Jane Duboc.
1972
Março: conhece o guitarrista Renato Piau nos corredores da CBS.
Abril: compacto "Classificados nº 1"/ "Não adianta". Direção artística de Raul Seixas.
Setembro: Pelas mãos de Raul Seixas, que já estava na gravadora, Sérgio ingressa na Phillips, dirigida por André Midani, para trabalhar com o produtor Roberto Menescal. Gravação de "Eu quero é botar meu bloco na rua", inscrita no VII FIC, com presença de Piau no violão, Ivan Machado no baixo, os "Cream Crackers" na percussão, Raul Seixas e membros dos Golden Boys no coro.
Outubro: estouro no FIC com o "Bloco", que invade as rádios de todo o Brasil. Em poucos meses, vendas de mais de 300 mil compactos.
Dezembro: Sérgio contrai tuberculose, mas ainda assim começa as gravações de um LP para a Phillips, com produção de Raul Seixas, e na banda de apoio Renato Piau, o tecladista José Roberto Bertrami, o baixista Alexandre Malheiros e Ivan "Mamão" Conti na bateria. Também participam os "Cream Crackers" e o baterista Wilson das Neves.
1973
Março: sai o LP "Eu quero é botar meu bloco na rua". Mesmo contendo a música de grande sucesso, torna-se um fracasso comercial e de crítica. No entanto, permanece até hoje como o disco preferido da maioria dos sampaiófilos. Apesar da boa execução nas rádios de músicas como "Viajei de trem", uma toada-rock de alta lisergia, a valsa pop "Leros & leros & boleros" e os sambas "Odete" e "Cala a boca, Zebedeu", a vendagem não ultrapassa as 5 mil cópias.
Maio: apresentação na série de shows "Phono 73", em São Paulo.
Outubro: Sérgio recebe o "Troféu Imprensa", o "Oscar brasileiro", do programa "Sílvio Santos", na TV Globo, como "Revelação de 72".
1974
Janeiro: compacto "Meu pobre Blues"/ "Foi ela". A primeira, uma lírica e dúbia elegia ao seu ídolo de juventude, Roberto Carlos. A segunda, um samba com feeling de rock, cadenciado e envolvente.
Abril: casa-se com Maria Verônica Martins (Ponka), numa cerimônia hippie em Cachoeiro. Aplica um beijo na testa do Juiz de Paz no final.
Junho: rescinde o contrato com a Phillips e retira-se por algum tempo em Mimoso, cidade próxima a Cachoeiro, onde compõe o samba "Velho bandido".
1975
Janeiro: retorna ao Rio e ingressa na gravadora Continental.
Junho: compacto "Velho bandido"/"O teto da minha casa", com produção de Roberto M. Moura e arranjos do violonista João de Aquino.
Novembro: sua marchinha "Cantor de rádio" é incluída no LP "Convocação Geral nº 2", da Som Livre.
1976
Janeiro: show "O pulo do gato", da SOMBRÁS, no Teatro Casa Grande, com Jards Macalé e Dona Ivone Lara. Entre maio e junho, gravações e lançamento do LP "Tem que acontecer", muito elogiado pela crítica mas pouco executado nas rádios.
1977
Março: compacto "Ninguém vive por mim / História de boêmio(Um abraço em Nélson Gonçalves).
Junho: cancelamento de um novo LP para a Continental seguido da rescisão do contrato.
Agosto: show no Teatro Tonelero, organizado por universitários, com Fágner, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Lô Borges.
1978
Junho: internação no Hospital Miguel Couto do Rio com uma crise de pancreatite.
Novembro: lota por uma semana o Teatro Opinião, do Rio, com o show "Agora".
1979
Julho: temporada de 15 dias na Sala Funarte/Sidney Miller, no Rio, ao lado do compositor Carlos Pinto.
1982
LP independente "Sinceramente". Um trabalho denso e confessional, enfocando ao mesmo tempo as diversas facetas pessoais e artisticas de Sampaio. Lançado em meio à explosão de ursinhos blau-blaus, batatas-fritas e folias na praia da "niuêive" carioca, o disco passa despercebido.
1983
Fevereiro: nasce João Sampaio, da união com Angela. O compositor Xangai (Eugênio Avelino) é o padrinho.
1986/87
Mesmo os mais atentos fãs acham que Sampaio abandonou a carreira. Raramente se ouve falar nele. Seus discos viram peças de colecionador, disputados a tapa nos sebos de todo o páis. Letras como as de "Meu pobre Blues" ou "Ninguém vive por mim", músicas lançadas apenas em compacto, são cultuadas e reconstituídas verso a verso pelos "sampaiófilos" de carteirinha. Os 80 são realmente um habitat muito ingrato para Sampaio: nenhuma música no rádio, magros direitos autorais e escassos shows, quase sempre em bares e sem nenhuma cobertura da mídia. Na vida pessoal, o alcoolismo minando dia a dia suas forças. Ainda assim, o artista continua compondo regularmente e cada vez melhor suas novas músicas, que apresenta nos shows lado a lado com seus cavalos de batalha.
1988
Outubro: temporada de 10 dias na Sala Funarte, do Rio, com Jards Macalé.
1989 Encontra com Raul Seixas em São Paulo. O Sérgio se assusta o o estado do amigo. O encontro foi gravado em video pelo RRC.
1990
Novembro: shows no Segredo de Itapuã, Bahia, ao lado de Xangai. Parte do Show foi lançadop em CD Demo. Sérgio começa a namorar a produtora de shows Regina Pedreira e resolve mudar-se para a Bahia.
1991/92
Os ares baianos fazem muito bem a Sampaio, que vivencia uma espécie de renascimento artístico e pessoal. Novas composições e diversos shows em bares da periferia de Salvador e em outros estados nordestinos.
Outubro/92: participação no show "Baú do Raul", na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na Bahia, cantando músicas do LP "Sociedade Kavernista...".
1993
Fevereiro: no aniversário do filho João, Sérgio anuncia que deixou a bebida. Ao longo do ano, shows em Brasília, Goiânia, Vitória e Rio de Janeiro.
1994
Janeiro: Convite do selo paulista Baratos Afins para gravação de um CD de inéditas. Abril: aniversário no Rio com presença de amigos como Sérgio Natureza, Chico Caruso e Luiz Melodia.
Maio: internação no CTI do Hospital IV Centenário com crise aguda de pancreatite. Sérgio estava muito debilitado, nao queria ser visto por ninguem, falece às 5 da manhã do dia 15 de maio. Poucas pessoas acompanham o enterro, sinal de abandono, a midia pouco se falou. O maldito descansava...
2006: Depois de muito tempo esquecido, enfim a volta. Cd Cruel produzido por Zeca Baleiro.
Discografia
LP's
Carreira
Após ter sido radialista em Cachoeiro, Sérgio foi tentar a careira musical no Rio de Janeiro. Contratado pela CBS (hoje Sony BMG), Sérgio lançou ao lado de Raul Seixas o álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez em 1971. No ano seguinte, lançou a marcha-rancho Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua no Festival Internacional da Canção. A música se tornou sucesso nacional e deu nome ao primeiro disco solo de Sérgio. Apesar do sucesso do compacto do Bloco, o LP não foi bem-sucedido, em parte pelo comportamento displicente de Sérgio, que se dedicava mais à vida boêmia carioca do que à divulgação do álbum.
Já com o rótulo de "maldito" da MPB, Sérgio passou por várias gravadoras e lançou um álbum independente. Alcoólatra, só se recuperou do vício na década de 90, mas acabou falecendo antes de retornar a carreira.
Cronologia:
1947
Sérgio Moraes Sampaio nasce a 13 de abril, em Cachoeiro de Itapemirim, filho de Raul Gonçalves Sampaio, fabricante de tamancos e maestro de banda e Maria de Lourdes Moraes, professora primária.
1956
Começa a ajudar o pai na tamancaria. Na escola é aluno aplicado, eventualmente o melhor da classe: Dona Maria de Lourdes o colocava para estudar em casa todos os dias.
1963
Fica vidrado no samba "Cala a boca, Zebedeu", de autoria de Seu Raul, inspirado numa vizinha da Rua Moreira que espinafrava o marido diariamente. O apelido do sujeito era "Fulica".
1964
Ingressa como locutor na XYL-9, Rádio Cachoeiro. Torna-se um fã do samba-canção de Orlando Silva, Nélson Gonçalves e Sílvio Caldas.
1965
Passa três meses de experiência como locutor da Rádio Relógio Federal, no Rio de Janeiro. Retorna a Cachoeiro para servir no "Tiro de Guerra" local. É detido freqüentemente por trocar os pernoites por incursões aos bares e bordéis cachoeirenses.
1967
Mudança definitiva para o Rio de Janeiro, para tentar a vida como locutor ou cantor-compositor.
1969
Passagens pelas rádios Rio de Janeiro, Mauá e Carioca. Ingressa na rádio Continental, onde conhece Erivaldo Santos, parceiro no primeiro samba feito no Rio, "Chorinho inconseqüente", mais tarde incluído no LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez".
1970
Novembro: acompanha ao violão o compositor Odibar, parceiro de Paulo Diniz em "Quero voltar para a Bahia", num teste na gravadora CBS com o então produtor Raulzito. As músicas de Odibar não agradam e Sérgio canta composições suas como "Coco verde" e "Chorinho inconseqüente". Na saída, Raul Seixas lhe diz ao pé do ouvido: "Volte amanhã".
1971
Janeiro: assinatura do contrato com a CBS. Sérgio e Raul se tornam amigos. Com Raulzito, Sérgio conhece o rock e o pop internacional em geral. Abril: "Sol 40 graus", com o Trio Ternura, é a primeira letra de Sérgio Sampaio a ganhar as rádios. Ele assina a música como "Sérgio Augusto" e seu parceiro Ian Guest, como "Átila". Compoe e grava numa fita demo "Minha miragem" parceria com Yan, hoje a fita pertence ao produtor musical Emerson Lavicchi, que pretende lança-la muito em breve.
Junho: compacto "Coco verde/"Ana Juan", direção artística de Raul Seixas e arranjos de Ian Guest. O disco toca muito, devido à ajuda de amigos disk-jockeys de Sérgio, mas vende pouco.
Setembro: LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez", com Raul Seixas, Míriam Batucada e Edy Star, que causa na época o maior fordunço na gravadora CBS. Também pudera: o disco era uma verdadeira sessão de escracho musical, uma coleção de pastiches de rock, samba e ritmos nordestinos, com letras sarcásticas, entremeadas por piadas e sátiras ao cotidiano em forma de vinhetas malucas.
Outubro: Sérgio participa do VI FIC com "No ano 83", de sua autoria. A seu lado, nos vocais, Jane Vaquer, futuramente conhecida como Jane Duboc.
1972
Março: conhece o guitarrista Renato Piau nos corredores da CBS.
Abril: compacto "Classificados nº 1"/ "Não adianta". Direção artística de Raul Seixas.
Setembro: Pelas mãos de Raul Seixas, que já estava na gravadora, Sérgio ingressa na Phillips, dirigida por André Midani, para trabalhar com o produtor Roberto Menescal. Gravação de "Eu quero é botar meu bloco na rua", inscrita no VII FIC, com presença de Piau no violão, Ivan Machado no baixo, os "Cream Crackers" na percussão, Raul Seixas e membros dos Golden Boys no coro.
Outubro: estouro no FIC com o "Bloco", que invade as rádios de todo o Brasil. Em poucos meses, vendas de mais de 300 mil compactos.
Dezembro: Sérgio contrai tuberculose, mas ainda assim começa as gravações de um LP para a Phillips, com produção de Raul Seixas, e na banda de apoio Renato Piau, o tecladista José Roberto Bertrami, o baixista Alexandre Malheiros e Ivan "Mamão" Conti na bateria. Também participam os "Cream Crackers" e o baterista Wilson das Neves.
1973
Março: sai o LP "Eu quero é botar meu bloco na rua". Mesmo contendo a música de grande sucesso, torna-se um fracasso comercial e de crítica. No entanto, permanece até hoje como o disco preferido da maioria dos sampaiófilos. Apesar da boa execução nas rádios de músicas como "Viajei de trem", uma toada-rock de alta lisergia, a valsa pop "Leros & leros & boleros" e os sambas "Odete" e "Cala a boca, Zebedeu", a vendagem não ultrapassa as 5 mil cópias.
Maio: apresentação na série de shows "Phono 73", em São Paulo.
Outubro: Sérgio recebe o "Troféu Imprensa", o "Oscar brasileiro", do programa "Sílvio Santos", na TV Globo, como "Revelação de 72".
1974
Janeiro: compacto "Meu pobre Blues"/ "Foi ela". A primeira, uma lírica e dúbia elegia ao seu ídolo de juventude, Roberto Carlos. A segunda, um samba com feeling de rock, cadenciado e envolvente.
Abril: casa-se com Maria Verônica Martins (Ponka), numa cerimônia hippie em Cachoeiro. Aplica um beijo na testa do Juiz de Paz no final.
Junho: rescinde o contrato com a Phillips e retira-se por algum tempo em Mimoso, cidade próxima a Cachoeiro, onde compõe o samba "Velho bandido".
1975
Janeiro: retorna ao Rio e ingressa na gravadora Continental.
Junho: compacto "Velho bandido"/"O teto da minha casa", com produção de Roberto M. Moura e arranjos do violonista João de Aquino.
Novembro: sua marchinha "Cantor de rádio" é incluída no LP "Convocação Geral nº 2", da Som Livre.
1976
Janeiro: show "O pulo do gato", da SOMBRÁS, no Teatro Casa Grande, com Jards Macalé e Dona Ivone Lara. Entre maio e junho, gravações e lançamento do LP "Tem que acontecer", muito elogiado pela crítica mas pouco executado nas rádios.
1977
Março: compacto "Ninguém vive por mim / História de boêmio(Um abraço em Nélson Gonçalves).
Junho: cancelamento de um novo LP para a Continental seguido da rescisão do contrato.
Agosto: show no Teatro Tonelero, organizado por universitários, com Fágner, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Lô Borges.
1978
Junho: internação no Hospital Miguel Couto do Rio com uma crise de pancreatite.
Novembro: lota por uma semana o Teatro Opinião, do Rio, com o show "Agora".
1979
Julho: temporada de 15 dias na Sala Funarte/Sidney Miller, no Rio, ao lado do compositor Carlos Pinto.
1982
LP independente "Sinceramente". Um trabalho denso e confessional, enfocando ao mesmo tempo as diversas facetas pessoais e artisticas de Sampaio. Lançado em meio à explosão de ursinhos blau-blaus, batatas-fritas e folias na praia da "niuêive" carioca, o disco passa despercebido.
1983
Fevereiro: nasce João Sampaio, da união com Angela. O compositor Xangai (Eugênio Avelino) é o padrinho.
1986/87
Mesmo os mais atentos fãs acham que Sampaio abandonou a carreira. Raramente se ouve falar nele. Seus discos viram peças de colecionador, disputados a tapa nos sebos de todo o páis. Letras como as de "Meu pobre Blues" ou "Ninguém vive por mim", músicas lançadas apenas em compacto, são cultuadas e reconstituídas verso a verso pelos "sampaiófilos" de carteirinha. Os 80 são realmente um habitat muito ingrato para Sampaio: nenhuma música no rádio, magros direitos autorais e escassos shows, quase sempre em bares e sem nenhuma cobertura da mídia. Na vida pessoal, o alcoolismo minando dia a dia suas forças. Ainda assim, o artista continua compondo regularmente e cada vez melhor suas novas músicas, que apresenta nos shows lado a lado com seus cavalos de batalha.
1988
Outubro: temporada de 10 dias na Sala Funarte, do Rio, com Jards Macalé.
1989 Encontra com Raul Seixas em São Paulo. O Sérgio se assusta o o estado do amigo. O encontro foi gravado em video pelo RRC.
1990
Novembro: shows no Segredo de Itapuã, Bahia, ao lado de Xangai. Parte do Show foi lançadop em CD Demo. Sérgio começa a namorar a produtora de shows Regina Pedreira e resolve mudar-se para a Bahia.
1991/92
Os ares baianos fazem muito bem a Sampaio, que vivencia uma espécie de renascimento artístico e pessoal. Novas composições e diversos shows em bares da periferia de Salvador e em outros estados nordestinos.
Outubro/92: participação no show "Baú do Raul", na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na Bahia, cantando músicas do LP "Sociedade Kavernista...".
1993
Fevereiro: no aniversário do filho João, Sérgio anuncia que deixou a bebida. Ao longo do ano, shows em Brasília, Goiânia, Vitória e Rio de Janeiro.
1994
Janeiro: Convite do selo paulista Baratos Afins para gravação de um CD de inéditas. Abril: aniversário no Rio com presença de amigos como Sérgio Natureza, Chico Caruso e Luiz Melodia.
Maio: internação no CTI do Hospital IV Centenário com crise aguda de pancreatite. Sérgio estava muito debilitado, nao queria ser visto por ninguem, falece às 5 da manhã do dia 15 de maio. Poucas pessoas acompanham o enterro, sinal de abandono, a midia pouco se falou. O maldito descansava...
2006: Depois de muito tempo esquecido, enfim a volta. Cd Cruel produzido por Zeca Baleiro.
Discografia
LP's
1971: Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez (Com Raul Seixas, Míriam Batucada e Edy Star)
1 - Êta vida (Raul Seixas - Sergio Sampaio) Interpretação: Raul Seixas / Sergio Sampaio2 - Sessão das 10 (Raul Seixas) Interpretação: Edy Star3 - Eu vou botar pra ferver (Raul Seixas) Interpretação: Raul Seixas / Sergio Sampaio4 - Eu acho graça (Sergio Sampaio) Interpretação: Sergio Sampaio5 - Chorinho inconseqüente (Erivaldo Santos - Sergio Sampaio) Interpretação: Míriam Batucada6 - Quero ir(Raul Seixas - Sergio Sampaio) Interpretação: Raul Seixas / Sergio Sampaio7 - Soul tabarôa (Antônio Carlos e Jocáfi) Interpretação: Míriam Batucada8 - Todo mundo está feliz (Sergio Sampaio) Interpretação: Sergio Sampaio9 - Aos trancos e barrancos (Raul Seixas) Interpretação: Raul Seixas10 - Eu não quero dizer nada (Sergio Sampaio) Interpretação: Edy Star11 - Dr. Paxeco(Raul Seixas) Interpretação: Raul Seixas12 - Finale (Vinheta)
1973: Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua
1. Leros E Leros E Boleros2. Filme De Terror3. Cala A Boca4. Pobre Meu Pai5. Labirintos Negros6. Eu Sou Aquele Que Disse7. Viajei De Trem8. Não Tenha MEdo Não !9. Da. Maria Lourdes10. Odete11. Eu Quero É Botar Bloco Na Rua12. Raulzito Seixas
1976: Tem Que Acontecer
1. Até Outro Dia2. Que Loucura3. Cada Lugar na Sua Coisa4. Cabras Pastando5. Velho Bode6. O Que Pintá, Pintô7. A Luz e a Semente8. Quanto Mais9. Tem que Acontecer10. O Filho do Ovo11. Velho Bandido12. O Teto da Minha Casa13. Ninguém Vive por Mim14. Quatro Paredes
1998: Balaio do Sampaio - MZA/Polygram
1- Eu quero é botar meu bloco na rua - Sérgio Sampaio2- Em nome de Deus - Chico César3- Feminino coração de Deus - Erasmo Carlos4- Rosa Púrpura de Cubatão - João Bosco5- Tem que acontecer - Zeca Baleiro6- Meu pobre blues - Zizi Possi7- Pavio do destino - Lenine8- Até outro dia - João Nogueira9- Velho bode - Eduardo Dussek10- Que loucura - Renato Piau11- Velho bandido - Jards Macalé12- Cala a boca, Zebedeu - Luiz Melodia13- Eu quero é botar meu bloco na rua - Elba Ramalho
2001: Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua - Série Samba e Soul (73145429932), Warner
1. Leros E Leros E Boleros2. Filme De Terror3. Cala A Boca4. Pobre Meu Pai5. Labirintos Negros6. Eu Sou Aquele Que Disse7. Viajei De Trem8. Não Tenha MEdo Não !9. Da. Maria Lourdes10. Odete11. Eu Quero É Botar Bloco Na Rua12. Raulzito Seixas
2002: Sergio Sampaio - Série Warner 25 Anos
1. Até Outro Dia2. Que Loucura3. Cada Lugar na Sua Coisa4. Cabras Pastando5. Velho Bode6. O Que Pintá, Pintô7. A Luz e a Semente8. Quanto Mais9. Tem que Acontecer10. O Filho do Ovo11. Velho Bandido12. O Teto da Minha Casa13. Ninguém Vive por Mim14. Quatro Paredes
Coco verde/Ana Juan (1971) CBS Compacto simples
Classificados nº 1/Não adianta (1972) 33745 Compacto simples
Eu quero é botar meu bloco na rua (1972) Phillips/Phonogram Compacto simples
Phono 73 (1973) PolyGram LP
Meu pobre blues/Foi ela (1974) 6069 090 Compacto simples
Velho bandido/O teto da minha casa (1975) 1-01-101-155 Compacto simples
Convocação geral nº 2 (1975) Som Livre LP
Ninguém vive por mim/História de boêmio (Um abraço em Nélson Gonçalves) (1977) 101-101-264 Compacto simples
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