Um Cucaracha que vive!
Mineiro de Ribeirão das Neves, Henfil nasceu em 1944 numa família modesta. Hemofílico como seus irmãos - omúsico Mário e o sociólogo e líder político Herbert de Souza, o Betinho -, passou a infância entre os cuidados com a saúde e as traquinagens típicas dos meninos de Belo Horizonte. Estreou como chargista aos 18 anos, narevista mineira Alterosa, em 1962. Logo foi convidado a se mudar para o Rio de Janeiro, onde passaria a integrar a equipe do Jornal dos Sports e do inovador suplemento O Sol. Em 1969, juntou-se aos fundadores do Pasquim,semanário que marcou época pelo jornalismo irreverente e o humor de artistas como Jaguar, Ziraldo e Millôr Fernandes.Sua iconoclástica tira “Os Fradinhos” tornou-se uma das maiores atrações do periódico. Em 1972, lançou no Jornal do Brasil a série de histórias estreladas pelo cangaceiro Zeferino, o bode intelectual Orelana e a zombeteira Graúna, hoje seuspersonagens mais conhecidos. Foi também colaborador regular de O Globo, O Dia, A Notícia e o Estado de São Paulo.Autor de nove livros, assinou durante sete anos uma coluna na Revista Isto É e apresentou um quadro do programa Tv Mulher, da Globo. Escreveu ainda a peça Revista do Henfil e dirigiu o filme Tanga - Deu no New York Times.Apesar de uma curta experiência como residente nos EUA, onde chegou a publicar os Fradinhos em jornais de línguainglesa, Henfil fez do Brasil e de seus problemas e contradições o grande tema de seus textos e desenhos. Mesmo nos anos mais difíceis do regime militar, foi um incansável crítico do autoritarismo nas suas colunas e charges. Defensor da democracia,engajou-se nos movimentos pela anistia aos presos políticos e pelas eleições diretas para presidente. Até a sua morte,em 1988, de Aids, foi uma das principais referências políticas de sua geração
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