Aquarela do Brasil
Ary Barroso (1939)
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingá
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Ô, abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Brasil!
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda a canção do meu amor
Quero ver a “sá dona” caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
O Brasil, verde que dá
Para o mundo se admirá
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Ô, esse coqueiro que dá côco
Ôi onde amarro a minha rêde
Nas noites claras de luar
Brasil! Brasil!
Ô, ôi essas fontes murmurantes
Ôi onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincá
Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Aquarela do Brasil
Ary Barroso
(João Gilberto)
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda a canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Esse coqueiro que dá côco
Ô é onde amarro a minha rêde
Nas noites claras de luar
Ô é essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Ô esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
E de olhar indiferente
Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
28.11.06
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