...A PRESENÇA DE VLADO...
30 anos depois!
*Por Fred
Quando foi levado para prestar depoimento nas dependências do DOI-CODI, no dia 25/10/75, Vladimir Herzog (Vlado para os amigos), não imaginava que naquele fatídico dia, seria torturado e morto (enforcado pelo próprio cinto) pelos militares. Herzog, era chefe de jornalismo da TV Cultura, polonês, judeu e filiado ao Partido Comunista, isso bastou para que os militares não o deixasse em paz, chegando a torturá-lo e matá-lo na referida data. Muito crítico, escrevia bem, era amigo de todos, falante e muito perfeccionista. Estudou filosofia e também foi repórter, até chegar a coordenar o jornalismo da TV Cultura, Tv esta que só o efetivou após o aval do SNI, padrão estabelecido para todos os que trabalhavam na área da comunicação no país, naquela época. Outros presos políticos, também foram mortos pelos militares no DOI-CODI, mas Vladimir Herzog, por ser um jornalista de renome, foi o que mais repercussão deu. No sétimo dia após a sua morte, na Catedral da Sé, um encontro ecumênico foi realizado e contou com mais de 8.000 pessoas. Agora, após 30 anos, indenizados e saudosos, família e amigos, assistiram a uma bem-vinda homenagem feita pela TV Cultura de São Paulo.
- Eis as linhas gerais que Vladimir Herzog implantou na TV Cultura... Jornalismo público, porque é do público, público porque é seu. Ajuda a formação crítica do cidadão. Privilegia a compreensão do fato e não o show da notícia. Você não fica apenas sabendo, você entende. Só consegue pensar quem entende e não quem apenas sabe. Informação e conhecimento. Independente do poder, independente do mercado. Não é jornalismo para divertir é para informar, explicar, esclarecer e criticar. Introduzindo no telejornalismo a novidade mais antiga do bom jornalismo: - Repórteres que perguntam, cutucam, pressionam. Colunistas com opinião clara, compreensível, que dão nome aos bois. Se você espera mais da sua Tv, você agora tem uma opção. É VER PARA CRER!
Nesta homenagem literária e musical, compareceram o violonista virtuose Yamandú Costa, João Bosco, Maria Rita, Sérgio Ricardo, Virgínia Rosa e o Grupo Vocal MPB4. Vários textos de Herzog foram ditos por Gianfrancesco Guarnieri, Eva Wilma, Letícia Sabatella, Bete Mendes, Juca de Oliveira. A apresentação do espetáculo/homenagem ficou a cargo de Paulo Markun, conceituado jornalista da TV Cultura, também grande amigo de Herzog. Vlado que veio para o Brasil aos 07 anos, adorava o país que o acolheu e por ele trabalhou bravamente. Nos anos sessenta, chegou a ficar um bom tempo na BBC de Londres, para adquirir argumento e subsídios e assim, poder desenvolver um jornalismo democrático, sério, responsável, não-sensacionalista, que mais tarde ele veio a implantar na TV Cultura. A TV Cultura, juntamente com autoridades da cidade, para demonstrar o quanto Vlado faz parte da sua história, agora tem como endereço Rua Vladimir Herzog n.º 75. Outras homenagens estão sendo prestadas a Herzog vários livros e um documentário (Vlado 30 anos Depois!) de João Batista de Andrade (Repórter-cineasta) e hoje, atual Secretário Estadual de Cultura.
*Por Fred
Quando foi levado para prestar depoimento nas dependências do DOI-CODI, no dia 25/10/75, Vladimir Herzog (Vlado para os amigos), não imaginava que naquele fatídico dia, seria torturado e morto (enforcado pelo próprio cinto) pelos militares. Herzog, era chefe de jornalismo da TV Cultura, polonês, judeu e filiado ao Partido Comunista, isso bastou para que os militares não o deixasse em paz, chegando a torturá-lo e matá-lo na referida data. Muito crítico, escrevia bem, era amigo de todos, falante e muito perfeccionista. Estudou filosofia e também foi repórter, até chegar a coordenar o jornalismo da TV Cultura, Tv esta que só o efetivou após o aval do SNI, padrão estabelecido para todos os que trabalhavam na área da comunicação no país, naquela época. Outros presos políticos, também foram mortos pelos militares no DOI-CODI, mas Vladimir Herzog, por ser um jornalista de renome, foi o que mais repercussão deu. No sétimo dia após a sua morte, na Catedral da Sé, um encontro ecumênico foi realizado e contou com mais de 8.000 pessoas. Agora, após 30 anos, indenizados e saudosos, família e amigos, assistiram a uma bem-vinda homenagem feita pela TV Cultura de São Paulo.
- Eis as linhas gerais que Vladimir Herzog implantou na TV Cultura... Jornalismo público, porque é do público, público porque é seu. Ajuda a formação crítica do cidadão. Privilegia a compreensão do fato e não o show da notícia. Você não fica apenas sabendo, você entende. Só consegue pensar quem entende e não quem apenas sabe. Informação e conhecimento. Independente do poder, independente do mercado. Não é jornalismo para divertir é para informar, explicar, esclarecer e criticar. Introduzindo no telejornalismo a novidade mais antiga do bom jornalismo: - Repórteres que perguntam, cutucam, pressionam. Colunistas com opinião clara, compreensível, que dão nome aos bois. Se você espera mais da sua Tv, você agora tem uma opção. É VER PARA CRER!
Nesta homenagem literária e musical, compareceram o violonista virtuose Yamandú Costa, João Bosco, Maria Rita, Sérgio Ricardo, Virgínia Rosa e o Grupo Vocal MPB4. Vários textos de Herzog foram ditos por Gianfrancesco Guarnieri, Eva Wilma, Letícia Sabatella, Bete Mendes, Juca de Oliveira. A apresentação do espetáculo/homenagem ficou a cargo de Paulo Markun, conceituado jornalista da TV Cultura, também grande amigo de Herzog. Vlado que veio para o Brasil aos 07 anos, adorava o país que o acolheu e por ele trabalhou bravamente. Nos anos sessenta, chegou a ficar um bom tempo na BBC de Londres, para adquirir argumento e subsídios e assim, poder desenvolver um jornalismo democrático, sério, responsável, não-sensacionalista, que mais tarde ele veio a implantar na TV Cultura. A TV Cultura, juntamente com autoridades da cidade, para demonstrar o quanto Vlado faz parte da sua história, agora tem como endereço Rua Vladimir Herzog n.º 75. Outras homenagens estão sendo prestadas a Herzog vários livros e um documentário (Vlado 30 anos Depois!) de João Batista de Andrade (Repórter-cineasta) e hoje, atual Secretário Estadual de Cultura.
*Fred é escritor/jornalista MTB 46.265
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