31.10.07
Os Estatutos do Homem - Thiago de Melo
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem, como um menino confia em outro menino.
Artigo V
Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar.
POEMIA...
30.10.07
28 de Outubro de 2007 - Dia Nacional do SACI...
A Copa de 2014 em gramados brasileiros
COPA PRA ARGENTINO NENHUM BOTAR DEFEITO
O Brasil voltará a sediar uma Copa do Mundo depois de 64 anos. A decisão da Fifa de escolher nosso país como palco da mais importante competição do futebol em 2014 premia um esforço antigo dos governantes tupiniquins, que lutavam por isso desde a década de 1980. Viajaram para a Suíça, onde a Fifa tem sua sede, uma comitiva brasileira composta por políticos (entre eles o presidente Lula e, pasmem, 12 governadores estaduais – até o do Acre apareceu por lá), oportunistas, cartolas, letrados e até jogadores de futebol como Romário. Trem da alegria que foi ver perto os jurássicos velhinhos que comandam o futebol anunciarem o nome do Brasil. Pena que Ricardo Teixeira e seus asseclas tenham se esquecido de convidar Pelé para o evento, certamente conscientes de que ficariam em quinto plano diante da presença do Rei. Torço para que não ocorra novamente o que se viu no Pan no Rio de Janeiro. Praças esportivas superfaturadas, promessas de melhoria de infra-estrutura não cumpridas, dinheiro público escoando pelo ralo e contas que não fecharam e jamais vão se fechar. Tomara que finalmente brote a consciência em nossos políticos e cartolas (algo que não acredito) que o Brasil estará diante dos olhos do mundo todo. Mais uma chance de mostrar que além de termos uma das maiores economias do mundo, somos capazes de organizar um evento tão grandioso. Você, torcedor, acredita que a Copa no Brasil será uma boa ou nossos políticos deveriam priorizar outros temas mais relevantes? Temos condições de organizá-la com a mesma eficiência verificada nos países do primeiro mundo? Será possível fazê-la sem desviar recursos? Opine!
OS CRIMES DA SYNGENTA SEEDS - FORA DO BRASIL!
Nesta edição especial, queremos compartilhar a luta da Via Campesina contra a transnacional Syngenta Seeds da Suíça e denunciar os vários crimes que essa empresa vem cometendo contra o povo e em território brasileiro:
1. CRIME DE EXECUÇAO SUMÁRIA CONTRA A VIDA DE BRASILEIROS:
No último domingo, dia 21 de outubro, por voltas das 13h30, após a reocupação da área, que aconteceu no início da manhã do mesmo dia, mais de 40 pistoleiros, de uma milícia fortemente armada, sob a fachada de empresa NF Segurança, invadiram o Acampamento Terra Livre, na área de experimentos de transgênicos e executaram a queima roupa o companheiro Valmir Mota de Oliveira, o Keno. Os feridos, Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos, Izabel Nascimento de Souza e Hudson Cardin, foram encaminhados para os hospitais da região. Izabel, que ficou em coma, já está fora perigo, mas infelizmente perdeu a visão de um olho, devido ao tiro. Mais um episódio que causa indignação. Keno era um entre as centenas de militantes da Via Campesina, que há mais de um ano tornaram público ao Brasil e ao mundo, os crimes ambientais da Syngenta.
A tragédia, que tirou a vida de um jovem militante e pai de família, de 34 anos, chocou defensores da Reforma Agrária em todo o mundo, entrou para a ultrajante estatística das execuções sumárias ocorridas em conflito por terra no Brasil. Esse não foi o primeiro caso de assassinato de Sem Terra ocorrido no estado, ao contrário, o Paraná é um dos estados brasileiros com maior índice de violência contra trabalhadores rurais Sem Terra.
Em 2006 foram registrados 76 casos de conflito por terra no Paraná. Entre 1994 e 2002 ocorreram 16 assassinatos de trabalhadores rurais Sem Terra; 31 trabalhadores foram vítimas de atentados; 47 foram ameaçados de morte; sete foram vítimas de tortura e 324 ficaram feridos. Não houve punição dos mandantes ou executores dos crimes.
O próprio Keno e outros dois integrantes do MST, Celso Ribeiro Barbosa e Célia Lourenço, já haviam sido ameaçados de morte, como consta em Boletim de Ocorrência registrado em 28 de março deste ano. Por várias vezes, seguranças da Syngenta entraram no Assentamento Olga Benário, que fica ao lado da fazenda experimental, atirando para intimidar as famílias que ali moram.
Em cada região do estado, grupos de ruralistas se organizam para coibir com violência qualquer tentativa de se fazer Reforma Agrária. Na região Noroeste, existe a União Democrática Ruralista (UDR), presente também em outras regiões do país; na região Centro-Oeste foi criado o Primeiro Comando Rural (PCR); na região Oeste, é a Sociedade Rural do Oeste (SRO), liderada pelo latifundiário Alessandro Meneghel, o mesmo que, em abril, criou o Movimento dos Produtores Rurais (MPR). Os objetivos são: formar grupos paramilitares fortemente armados para assassinar camponeses e desmobilizar a luta dos movimentos sociais.
2 – CRIMES AMBIENTAIS DA SYNGENTA:
Em 2006, a transnacional Syngenta Seeds estava cultivando experimentos de sementes transgênicas, dentro da zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu, o que era proibido pela Lei de Biossegurança. Os experimentos transgênicos deveriam respeitar uma distância de 10 km de parques e unidades de conversação, e os cultivos transgênicos da empresa estavam a 6 km do Parque. A transnacional chegou a ser multada em R$ 1 milhão de reais, pelo IBAMA, por desrespeitar a Lei de Biossegurança, mas nunca pagou a dívida. A Syngenta Seeds utiliza a reserva da Mata Atlântica, contaminando a biodiversidade e produzindo poluentes que agridem o meio ambiente os seres humanos.
3 – UMA BREVE HISTÓRIA:
Em novembro de 2006 a área foi desapropriada por decreto n° 7487 do governador Roberto Requião (PMDB) e seria destinada à construção de um Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, voltado para pesquisas e produção agroecológicas, para o abastecimento do mercado nacional.
A transnacional, no entanto, conseguiu por meio de liminares na Justiça a suspensão do decreto de desapropriação e o direito de reintegração da área (de 127 hectares), que havia sido ocupada – pela primeira vez – por 70 famílias da Via Campesina, em 14 de março de 2006.
4 – EXIGIMOS JUSTIÇA SOCIAL, JURÍDICA E AMBIENTAL:
I – Exigimos respeito à soberania nacional. Queremos que a Syngenta retorne ao seu país de origem, a Suíça; II – Exigimos o direito garantido na Constituição Brasileira: trabalhar na terra e produzir alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e sem transgênicos; III – Punição para os mandantes e executores do assassinato do companheiro Keno e de todos os trabalhadores assassinados;IV – Desarmamento imediato das falsas empresas de segurança, contratadas e pagas pela Syngenta e ligadas ao agronegócio;V – Desapropriação imediata da área por crime ambiental e assassinato – cometidos pela Syngenta; VI – Garantia de segurança e proteção das vidas dos dirigentes Celso e Célia, e de todos os trabalhadores da Via Campesina na região. Não queremos mais sangue em terras brasileiras; VII – Que a Syngenta pague a divida de R$ 1 milhão de reais aos cofres públicos, por danos ambientais no estado do Paraná. VIII – Os camponeses seguem na luta para que o campo de experimento ilegal da Syngenta seja transformado em Centro de Agroecologia e reprodução de sementes crioulas para a agricultura familiar e a Reforma Agrária.O descaso das autoridades públicas, do Estado e do poder judiciário, em punir os responsáveis pelos assassinatos de Sem Terra, permite que os executores de Keno, Sebastião, Elias Meura, Anghinoni, Garibaldi, e de tantos outros mortos nos Massacres de do Camarazal (PE), Eldorado dos Carajás (PA), Felisburgo (MG), permaneçam livres, impunes e repetindo a história de mortes no campo.
Agradecemos à solidariedade recebida no Brasil e de todos os continentes. O compromisso e a luta continuam com a dor do sangue derramado.Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular!
Secretaria Nacional do MST
29.10.07
Niemeyer é 9º em lista que reúne 100 'gênios vivos'
Segundo o documento divulgado pela consultoria, Niemeyer é um "dos nomes mais importantes da arquitetura moderna internacional e pioneiro por ter explorado as possibilidades de construção do concreto armado".
"Seus prédios têm formas tão dinâmicas e curvas tão sensuais que muitos admiradores dizem que mais do que um arquiteto, ele é um escultor de monumentos", diz o documento. Oscar Niemeyer, que completa 100 anos no próximo dia 15 de dezembro, é o autor de projetos de dezenas de edifícios construídos em Brasília, entre eles o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília.
O arquiteto dividiu o nono lugar com o compositor americano Philip Glass e o matemático russo Grigory Perelman. A lista foi encabeçada pelo químico suíço Albert Hoffman, criador da droga LSD, que provocou uma revolução nos tratamentos psiquiátricos nos anos 40. Hoffman dividiu o primeiro lugar com o cientista de computação britânico Tim Berners-Lee, criador do domínio World Wide Web, conhecido como "www".
A listagem ainda contemplou personalidades como o megainvestidor americano George Soros (3º), o animador e criador da série Os Simpsons, Matt Groening (4º), Nelson Madela (5º), o físico inglês Steven Hawking (7º), o músico Daniel Barenboim (19º), o magnata das comunicações Rupert Murdoch (20º), o jogador russo de xadrez Garry Kasparov (25º), além do líder espiritual Dalai Lama (26º) e do cineasta americano Steven Spielberg (26º).
BBC Brasil
Festival Varadouro, no Acre: mais um caminho para o rock brasileiro
Esse caminho musical aberto em meio da vida urbana rodeada pela floresta assume um importante papel devido a estratégica localização do Acre. Estado mais a oeste do Brasil, limítrofe da Bolívia e do Peru, encravado no coração da Amazônia latino-americana, este pequeno grande lugar propicia a agregação de outros valores à sua produção musical e ao novos caminhos do ambiente musical brasileiro, no qual o Acre se inseriu nos últimos anos.
O Festival em 2007, da mesma forma que um dia deixou de ser Guerrilha para se tornar Varadouro, deixa de ser apenas um festival de música para impulsionar a integração da América Latina através da cultura e assumir definitivamente o papel de mola propulsora na discussão dos problemas ambientais que atingem o planeta através de sua programação de debates e da integração de outras manifestações artísticas em sua programação.
Som DUCA...
Femme Fatale
http://br.youtube.com/watch?v=GgbxLxrr9jI
40 Anos do Disco do Velvet Underground (O disco da Banana)
Eu não sei exatamente onde estou indoMas eu estou tentando pelo reino, se eu puderPorque isto faz me sentir como se fosse um homemQuando eu pôr a estaca na minha veiaE eu direi a você, as coisas não são mais as mesmasQuando eu estou apressado em minha corridaE eu sinto como se fosse filho de JesusE eu acho que eu simplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não seiEu tenho que fazer a grande escolhaEu estou tentando destruir minha vidaPorque quando o sangue começar a jorrarQuando isto atirar e o pescoço penderQuando eu estiver chegando perto da morteE você não pode me ajudar agora, você caraE todas as suas doces meninas com suas doces conversasVocê todos podem ir dar uma voltaE eu acho que eu simplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não seiTomara que eu renasça mil anos atrasTomara que eu esteja navegando no mar escurecidoEm um grande barco a velaIndo desta terra aqui para aquelaEm uma roupa de marinheiro e chapeuLonge da cidade grandeOnde um homem não pode ser livreDe todo o mal desta cidadeE dele proprio, e daqueles a sua voltaOh, e eu acho que eu simplesmente não seiOh, e eu acho que eu simplesmente não seiHeroina, é a morte para mimHeroina, isto é minha esposa e isto é minha vidaPorque um caminho para minha veiaconduzindo ao centro da minha cabeçaE então eu estarei melhor e mortoBecause when the smack begins to flowPorque quando o beijo começa a correrEu realmente não me preocupo com mais nadaCom todo o Jim-Jim's nessa cidadeE todos os politicos fazendo sons malucosE todo o mundo botando todo o mundo a baixoE todos os corpos mortos empilhados em montesPorque quando o beijo começa a correrEntão eu realmente não me preocupo com mais nadaAh, quando a heroina esta no meu sangueE este sangue está na minha cabeçaEntão agradeço a Deus que eu estou tão melhor mortoEntão agradeço a Deus que eu não estou sabendoE agradeço a Deus que eu apenas não me importoE eu acho que eu siplesmente não seiE eu acho que eu simplesmente não sei
Dia Nacional do Livro...
Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.
Conheça outras informações sobre o livro, clicando nos links abaixo.
Períodos editoriais
Vozes Dissonantes - TROPICALISMO - 40 anos
Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.
Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.
Sincrético e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época.
Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Cozzela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto “Tropicália” (Caetano) e “Geléia Geral” (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo – principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrificados, da marcha “Alegria, alegria”, de Caetano, e da cantiga de capoeira “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.
Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.
O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
Saiba mais... acesse
www.tropicalia.com.br
26.10.07
Bráulio Tavares...
Trocando em miúdos, é um paraibano com muita bagagem e de opiniões fortes e respeitadas. É um conhecedor da cultura nordestina com destaque para a paraibana e por isso se destaca. É um curioso que conhece o mundo e fala dele. Vamos conhece-lo um pouco mais.
Paraiba.com.br- Bráulio, crítico de cinema, escritor, cantador, poeta... como é que podemos classificar você?Bráulio Tavares- Sou escritor. Todo o resto é apenas uma forma a mais de divulgar as coisas que penso.
Paraiba.com.br- Na verdade você é mais conhecido como defensor da cultura paraibana e nordestina. Como é viver longe da Paraíba?Bráulio Tavares- Não me considero propriamente um defensor, até porque a cultura paraibana e nordestina é algo cultivado por dezenas de milhões de pessoas e até hoje tem se defendido muito bem sozinha. O que acontece é que nasci dentro desta cultura, vivi a vida inteira mergulhado nela, acho-a de uma riqueza e de uma beleza imensas. E eu sempre falo a respeito das coisas que gosto. Também sou "defendor", neste sentido, na ficção científica européia, do folk-rock americano, do cinema francês e assim por diante. Eu elogio as coisas de que gosto.
Não vivo assim tão longe da Paraíba. Moro no Rio há 20 anos, mas vivo cercado, também de amigos paraibanos, de livros e discos paraibanos. Tenho uma coluna diária no "Jornal da Paraíba" desde março de 2003, para a qual já produzi mais de 200 artigos sobre todo tipo de assunto. Vivo conectado com a Paraíba.
Paraiba.com.br- O que te fez sair do seu estado?Bráulio Tavares- Sou meio cigano, gosto de conhecer outros lugares, outras culturas. Tenho uma tristeza muito grande por nunca ter morado fora do Brasil; tive algumas chances, mas não fiz essa opção. Hoje ficou meio difícil. Eu não deixei a Paraíba porque a Paraíba me negava oportunidades. Pelo contrário. Se tivesse ficado, estaria hoje muito mais bem de vida do que estou. Saí da Paraíba por curiosidade. Quando eu era pequeno, minha mãe cantava uma cantiga cujo autor desconheço, e que dizia: "Deixei minha terra sem necessidade / só por ter vontade do mundo conhecer. / Fui dar um passeio no Vasto Composto; / já saí disposto gozar e sofrer." Acho que o Vasto Composto é o Mundo. Ele é o meu interesse principal.
Paraiba.com.br- Há quanto tempo você não vem à Paraíba?Bráulio Tavares- Vou à Paraíba todos os anos, mais de uma vez até. Em janeiro deste ano passei uma semana, em fevereiro passei 15 dias, em junho passei uma semana (no São João de Campina Grande) e agora em novembro passei mais uma semana, participando do IX FENART em João Pessoa.
Paraiba.com.br- Como anda a produção cultural paraibana na sua opinião?Bráulio Tavares- Muito boa, principalmente nas áreas da música e do cinema, onde há um momento positivo para o lado da produção industrial em pequena escala. Muitos artistas jovens, muita gente fazendo um trabalho de qualidade. Literatura, poesia e teatro, estão num segundo plano em relação a estas duas atividades, mas são artes onde a Paraíba sempre se destacou, nunca há uma queda de nível.
Paraiba.com.br- Tem algum artista que se destaca no nordeste?Bráulio Tavares- Tem muitos, centenas, em todos os campos.
Paraiba.com.br- A maioria dos nossos entrevistados nasceram ou vivem em João Pessoa e por isso sempre indicam praias como pontos turísticos preferidos. Sendo de Campina Grande talvez você possa indicar alguns lugares interessantes na Rainha da Borborema. Que lugares você indicaria para quem vem conhecer a Paraíba?Bráulio Tavares- Se o turista vem no verão, eu sugiro conhecer João Pessoa e a partir dela todo o litoral para o norte e para o sul. Se ele vem no inverno, sugiro que venha durante a época de São João, participe do São João de Campina Grande, e procure conhecer sítios históricos (como Areia) e arqueológicos, como a Pedra do Ingá.
Paraiba.com.br- Aproveite e indique alguns artistas para os nossos leitores também. Músicos, escritores, poetas, qualquer tipo de arte vale.Bráulio Tavares- Essas indicações são sempre subjetivas. Eu chamaria a atenção para o CD "Vem no Vento" do Jaguaribe Carne, que sintetiza um trabalho de mais de 20 anos de vanguarda poética e musical na Paraíba, e ao mesmo tempo é um disco que poderia tocar em qualquer rádio. Indico as pesquisas de Altimar Pimentel com os contadores de histórias populares, na série "Estórias de Luzia Tereza", uma mulher, já falecida, que sabia centenas de histórias de Trancoso, que foram gravadas pelos pesquisadores da UFPb. O livro "Cantadores, Repentistas e Poetas Populares", de José Alves Sobrinho, um trabalho cheio de informações preciosas sobre nossa poesia popular. E o trabalhos de grupos como As Parêa (que acabou de lançar seu primeiro CD), Cabruêra e Chico Corrêa, que fazem uma mistura muito interessante de ritmos populares e sonoridades contemporâneas.
25.10.07
A triste malha ferroviária brasileira
25 de Outubro...
Dia da Democracia
É difícil precisar o número de democracias no mundo hoje, pois não existe uma linha clara separando: ditaduras e democracias. Muitos países dizem que têm eleições livres, mas só o partido do governo vence, portanto, se são democracias de um só partido, são governos maquiados de democracias. Os fundamentos da democracia são: o regime da soberania popular ativa e o respeito integral aos direitos humanos. Direitos humanos entendidos não só como aqueles de origem liberal, como os direitos individuais e as liberdades individuais, mas principalmente, como direitos econômicos e direitos sociais. Esta nova definição de democracia rompe com aquela visão tradicional que limita a democracia à existência de direitos e liberdades individuais, além de eleições periódicas. O artigo terceiro da nossa Constituição Federal afirma, como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 1o) constituir uma sociedade livre, justa e solidária; 2o) garantir o desenvolvimento nacional; 3o) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 4o) promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Um programa perfeito, que certamente identificaria um Estado de Direito democrático, totalmente comprometido com a justiça social. No entanto, tais objetivos ainda estão, grande parte, no papel. A Democracia direta se refere ao sistema onde os cidadãos decidem diretamente cada assunto por votação. Enquanto, na democracia representativa, conhecida como República, os cidadãos elegem representantes em intervalos regulares, os quais depois votam os assuntos em seu favor. A democracia direta se tornou cada vez mais difícil e, por pura necessidade, se aproxima mais da democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. Hoje, em muitas democracias, o direito de voto é garantido sem discriminação de raça, grupo étnico, classe ou sexo, e por isso é facultativo. No entanto, o direito de voto ainda não é universal e, às vezes, ainda é obrigatório, para que ela seja mantida. O direito de voto, normalmente, é negado a prisioneiros. Alguns países também negam o direito a voto para aqueles condenados por crimes graves, mesmo depois de libertados. Em alguns casos, como em muitos lugares dos Estados Unidos, a negação do direito de voto é automático na condenação de qualquer crime sério; em outros casos, como nos países da Europa, a negação do direito de voto é uma penalidade adicional que a corte pode escolher por impor, além da pena do aprisionamento. Jamais se deve esquecer que uma Democracia legítima reflete as convicções, necessidades e aspirações verdadeiras de uma maioria. Qualquer outra interpretação ou definição de Democracia é pura mentira institucional.
24.10.07
Iron Maiden vem em março ao Brasil
Rodolfo França, um dos colaboradores do site Maiden Portal na Inglaterra, teve a oportunidade de bater um papo com o baterista do Iron Maiden, Nicko McBrain durante o "Drummer Live Event - The ultimate day out for all drumming, percussionist and music enthusiasts", que aconteceu no último fim de semana na capital britânica. McBrain confirmou que o Maiden vem, sim, ao Brasil em 2008. Ao contrário das informações anteriores, no entanto, a Donzela desembarca no Brasil em março e não em janeiro. As datas e locais, McBrain não revelou. A nova turnê do Iron Maiden tem como objetivo divulgar o segundo DVD que conta a história da banda. A Somewhere Back In Time World Tour 2008 começa em fevereiro, na Austrália.
Show do Police no Brasil terá abertura do Paralamas do Sucesso
A banda brasileira Paralamas do Sucesso vai abrir o show que o The Police faz no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, dia 08 de dezembro. O anúncio foi feito em entrevista coletiva, realizada na manhã desta terça-feira.
A venda de ingressos começa nesta sexta-feira (26). Os preços são salgados: de R$ 160 (arquibancadas laterais) a até R$ 500 (área vip próxima ao palco). A pista sai por R$ 190 e as arquibancadas e cadeiras custam R$ 270.
A confirmação do Paralamas como atração de abertura decepcionou quem esperava a presença do americano Beck. O cantor vai abrir os shows do Police em dois países vizinhos, Argentina e Chile.
Leia mais sobre o Police.
DIA DA ONU...
Em 1945, quando o mundo comemorava o fim da II Guerra Mundial, foi realizada, em São Francisco (EUA), a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, com a presença de 50 países, inclusive o Brasil. Desse encontro, resultou um documento chamado Carta das Nações Unidas, assinado pelos 50 países participantes, que se comprometiam a manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais, além de promover o desenvolvimento dos países no mundo todo. Assim nasceu a Organização das Nações Unidas - ONU.
Na verdade, ela veio substituir a Liga das Nações, que havia surgido no final da Primeira Guerra Mundial, com finalidade parecida.
Atualmente, a ONU conta com 189 das 192 nações existentes no planeta. A paz e a segurança são os objetivos principais em todas as suas iniciativas. Uma prova disso foi que, em 1988, as forças de manutenção de paz das Nações Unidas ganharam o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu empenho em preservar a harmonia entre os povos.
UMA CARTA, EU IMPLORO!
Levantei correndo de minha poltrona, pois há tempos não ouvia tal chamado.
Era isso mesmo, um carteiro me chamava e eu surpreso, pensei: - Meu Deus quem será que me enviou alguma correspondência!?!
Cumprimentei o jovem carteiro e esperei a entrega de alguma coisa, meu espanto e desapontamento logo vieram, haja vista, que o mesmo me indagou, dizendo:
- Aqui é que mora o Antonio Carlos???
- Não, eu disse! Vi que ele trazia uma carta na mão.
- Ok. Vou procurar entre os seus vizinhos.
Fiquei olhando, enquanto o carteiro batia palmas em outra casa, gritando logo após – Carteiro! Carteiro!
Que inveja eu senti.
Toda essa vida virtual que assumimos, está acabando com a gente.
E-mail, Orkut, Google, G-mail, Gazzag, Flores Virtuais, Cartões virtuais e etc.
Hoje acordamos imaginando os scraps e mails que nos enviaram. Babamos com as promoções via internet e pasmem, até nos relacionamos amorosamente pela rede.
Meu Deus, aonde chegaremos? Talvez a loucura, por estar a qualquer momento sem tudo isso, ocasionado por um primeiro apagão.
O Brasil caminha a passos largos em direção a essa, ainda nova, tecnologia. Somos o país com maior potencial de crescimento.
Muitos Pcs, muito tempo na NET, compras via NET, que a cada ano surpreende as empresas. O Governo Federal fez a sua parte, financiando com baixos juros e prestações a perder de vista, o computador popular.
Mas tenho certeza, muitos de nós gostaríamos de ouvir aquele grito estridente – Carteiro! Carteiro! E não ser uma conta a pagar ou uma correspondência equivocada e sim uma carta e aquela sensação gostosa de ter novidades através de um meio de comunicação tão esquecido e daqui a pouco tempo, extinto!
Fred Escritor/Jornalista MTB 46.265
23.10.07
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COMPRA 90 MIL COMPUTADORES
O secretário de educação à distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 23, que o objetivo é que até 2010 todas as escolas brasileiras com mais de 50 alunos tenham computador com internet (clique aqui para ouvir o áudio).
“Esse processo já começou. Esse ano que passou nós instalamos 9 mil laboratório em escolas públicas”, disse Bielschowsky.
Bielschowsky disse que o objetivo é que até 2010 86% das escolas públicas tenham computadores com acesso à banda larga. Segundo ele, o programa prevê também a oferta de conteúdo para trabalhar em sala de aula e capacitação dos professores.
Nos próximos seis meses, o número de laboratório de informática nas escolas públicas brasileiras deve chegar a 13 mil. Em julho de 2008 deve ser realizada uma nova licitação para instalação de 29 mil laboratórios.
Clique aqui para acessar o edital de licitação para compra dos computadores.
Leia a íntegra da entrevista com Carlos Eduardo Bielschowsky:
Paulo Henrique Amorim – Carlos Eduardo, me diz uma coisa, quando que esse processo começa?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Na realidade esse processo já começou. Esse ano que passou nós instalamos 9 mil laboratórios em escolas públicas.
Paulo Henrique Amorim – Em que ano, o senhor fala?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse ano de 2007 nós já instalamos um conjunto significativo de laboratórios, são nove mil laboratórios conectados em rede. Eles ainda estão sendo instalados, os computadores foram comprados, enviados para as escolas e estão sendo instalados.
Paulo Henrique Amorim – O que é que você chama de laboratório?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Um laboratório de informática é uma sala com dez a 15 computadores, um servidor. È importante salientar, Paulo, que além da questão da infra-estrutura, ou seja, da existência dos laboratórios, no ano que vem serão mais, está crescendo essa oferta. Esse programa ele inclui também a oferta de conteúdo e capacitação, ou seja, e um trabalho integrado, a idéia é mudar a escola brasileira e alfabetizar nossos alunos e, logicamente a população mais carente.
Paulo Henrique Amorim – Que tipo de conteúdo?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse momento, nós acabamos de encerrar a chamada de um edital de R$ 70 milhões para a construção de conteúdos digitais de primeira, segunda e terceira série do Ensino Médio. Física, Matemática, Química, Biologia e Português. Então, esses conteúdos são colocados nesses computadores e esses computadores, então, são utilizados para dinamizar a sala de aula, dinamizar esse processo de aprendizagem, trazer um diferencial para a escola brasileira através de vídeos, através de simuladores e a própria utilização do site. O aluno entra na internet, o professor manda ele fazer uma pesquisa e ele vai para o mundo. Às vezes, numa escola do interior do Rio Grande do Norte, acessa a internet, vai para o mundo, faz uma pesquisa e isso certamente contribui.
Paulo Henrique Amorim – E como é que estão os professores preparados para oferecer esse conteúdo.
Carlos Eduardo Bielschwsky – Você tocou num ponto-chave, Paulo Amorim. De fato essa é uma parte do sistema que tem que ser muito bem trabalhada. A maior parte dessas pessoas não está absolutamente preparada. Por isso mesmo nós estamos iniciando um processo de capacitação muito forte. Nós já estamos capacitando, eventualmente ainda não na velocidade necessária, estamos acelerando esse processo, no ano que vem vamos estar capacitando cerca de 100 mil professores daquelas escolas que vão receber esses laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – Mas você não quis falar em números, mas vamos lá. Em 2007 você já tem 9 mil laboratórios instalados. Quais são as metas daqui para frente?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Com maior prazer, falaremos de números porque os números... O Presidente Lula e os nossos ministros querem que até 2010 todas as escolas com mais de 50 alunos tenham um laboratório conectado em rede com professores capacitados e conteúdo. Então, nesse momento, neste ano, nós colocamos esses laboratórios mencionados. Ontem nós terminamos uma licitação para cerca de 10 mil laboratórios e em mais duas semanas nós teremos mais três mil laboratórios rurais licitados. Portanto no próximo meio ano, temos um prazo de 180 dias para instalar, nos estaremos com 13 mil laboratórios. Lá para junho do ano que vem nós vamos fazer uma nova licitação para 29 mil laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – Quando?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu imagino que em junho, julho. Já estaremos trabalhando numa licitação para adquirir cerca de 29 mil laboratórios.
Paulo Henrique Amorim – E esses laboratórios estão sendo fornecidos por empresas privadas brasileiras?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nós fizemos, talvez, o maior leilão público, o pregão eletrônico, de aquisição de computadores do Brasil. Ontem nós compramos cerca de R$ 110 milhões de reais em computadores.
Paulo Henrique Amorim – Quantos computadores são isso?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Olha... são cerca de 100 mil computadores. Porque tem impressoras também, tem outros elementos que compõem o laboratório. Então esse dinheiro, ele também tem equipamentos de redes. Mas eu tenho quase certeza que foi o pregão eletrônico da maior compra de computadores realizada no Brasil. E foi um sucesso porque o pregão eletrônico tem uma característica muito interessante porque ele é feito de uma forma que as empresas não se enxergam. E o operador do pregão eletrônico também tem uma certa distância desse processo. E o preço foi baixando. Nós conseguimos um preço excelente. Realmente uma... a julgar pelas licitações do passado.
Paulo Henrique Amorim – Qual foi o preço?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Foram três lotes que somam certa de R$ 110 milhões. São computadores bastante robustos, com uma tela de...
Paulo Henrique Amorim – Tem o preço médio?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu tenho impressão que o preço médio do computador saiu em torno de R$ 1 mil. Eu não tenho certeza, preciso ainda fazer essas contas, porque ontem terminou... mas eu posso lhe passar essa informação...
Paulo Henrique Amorim – Quem ganhou o leilão?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Olha, foram duas firmas diferentes. Como esse processo ainda está sendo julgado... uma vez que termina o pregão eletrônico, as firmas são obrigadas a apresentar os seus equipamentos, eles entram numa fase de teste e ainda pode ter recurso. Então, eu prefiro, como está no meio do processo, eu prefiro não questionar. Mas ele é aberto, pode-se entrar na internet e acompanhar todos os passos do pregão eletrônico.
Paulo Henrique Amorim – Nós vamos dar o clique para isso no nosso site. Agora, deixa eu lhe perguntar uma coisa, Carlos Eduardo, quando se inaugura a chamada Infovias, que vai permitir o acesso em banda larga para essas escolas todas?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nesse momento nós estamos utilizando um recurso que é o Gesac. Ou seja, a Infovias, ela ainda não está estruturada, ela está se estruturando. No entanto, para não ficar parado, para conseguir contemplar as escolas, cujo os laboratórios nós estamos comprando, nós estamos utilizando um blend de recursos que chamamos de Gesac que é em alguns lugares uma antena que capta a banda do satélite e outros lugares a própria transmissão de internet. A Infovias é um projeto fantástico que está sendo tocado pela própria Presidência. O próprio Presidente Lula está à frente desse processo com muita intensidade. Ela está se desenhando. Nós temos uma esperança que no ano que vem já esteja operacional, porque é muito necessária. É necessário que o aluno que mora numa cidade do interior e que não tem acesso ao computador, ele tem que ser alfabetizado numa escola. Ele tem que entrar na internet da escola... Então essa é uma concepção que esse Governo tem muito clara e daí esse esforço muito grande nessa direção e daí esse esforço é fundamental. Eu posso citar um dado muito interessante, Paulo?
Paulo Henrique Amorim – Claro, por favor...
Carlos Eduardo Bielschwsky – Nós temos um dado que mostra que as escolas com computadores não ligadas na internet, o desempenho médio de seus alunos nos exames, no Saeb, realizados pelo MEC, são exames nacionais, não muda muito. Quer dizer, ter um laboratório de informática na escola é importante porque alfabetiza digitalmente o aluno, mas não chega a trazer uma diferença significativa no desempenho do aluno desses exames. Agora se essa escola está conectada na internet, chega a mudar 10%.
Paulo Henrique Amorim – É mesmo?
Carlos Eduardo Bielschwsky – É, na média. Isso significa que o fato de o aluno ir fazer uma pesquisa de biologia, por exemplo, entrar na internet, andar pelo mundo e voltar para a sala de aula com esse conteúdo faz diferença. Ou seja, é necessário, de fato, conectar essas escolas em banda larga.
Paulo Henrique Amorim – Você poderia descrever para o nosso leitor, internauta, o que é o projeto de Infovias que o Presidente Lula considera tão importante?
Carlos Eduardo Bielschwsky – O projeto de Infovias, tecnicamente, ele está sendo ainda desenhado. Nós temos algumas possibilidades. Uma possibilidade importante a considerar é a rede elétrica, a rede... quando você instala os cabos de alta tensão, junto segue um conjunto de 32 pares de fibra óptica nessas torres. Então é usar esse potencial para fazer uma rede de banda larga, fazer um backbone de banda larga em todo o Brasil parece uma idéia muito interessante. É claro que essa rede de cabo de alta tensão, que percorre o Brasil, não chega a todas as localidades, mas a partir daí você pode perfeitamente usar rádio e outras possibilidades para fazer essa difusão da banda. Então essa é uma das idéias. Outra idéia também é usar um blend de soluções, portanto tecnicamente ainda se está fechando o desenho, mas com muita prioridade por parte do Governo, o que é muito bom.
Paulo Henrique Amorim – Então quer dizer que vocês ontem compraram 100 mil computadores?
Carlos Eduardo Bielschwsky – Eu acho que talvez tenha sido até um pouco mais. Eu posso checar isso e lhe enviar. Se você me mandar um e-mail depois eu lhe mando.
Paulo Henrique Amorim – Os meus produtores vão entrar em contato com você, até porque eu vou dar o clique para essa concorrência para os nossos leitores internautas.
Carlos Eduardo Bielschwsky – Só como palavras finais, não sei se ficou muito claro, mas a idéia é: precisamos oferecer para essa população que não está alfabetizada digitalmente e que têm certamente um ambiente escolar muitas vezes necessitando de revigoração, essa tecnologia. Então é isso: fazer com que os nossos alunos de escolas estaduais e municipais no interior do Brasil possam ter acesso ao que a classe média alta normalmente tem nas grandes cidades.
Pixies deve cancelar planos de gravar álbum inédito
O vocalista do Pixies, Frank Black, ao que tudo indica, não conseguiu tirar a baixista Kim Deal de casa para gravar um novo álbum da banda, como havia dito que faria no final do ano passado.Black jogou um balde de água fria nos fãs que esperavam ouvir em breve o sucessor de Trompe Le Monde, álbum de 1991, alegando que Kim Deal é contra um novo lançamento da banda.Ele contou ao The Gothamist que, apesar de ter tentado convencer a baixista a gravar, ela até que tem razão. Segundo ele, Kim disse que não precisa de um novo álbum do Pixies, "portanto, talvez ele realmente não seja necessário".Black acabou de lançar mais um álbum solo, Bluefinger, e a baixista segue trabalhando no novo álbum do Breeders, sua outra banda, com o produtor Steve Albini.
TV CULTURA...
acesse...
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Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Fique por dentro de tudo o que acontece na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo...para tanto acesse...
http://www.mostra.org/
Veja a lista de músicas do novo álbum da Nação Zumbi, Fome de Tudo
O CD tem participações especiais da cantora Céu (na faixa "Inferno"), o tecladista Money Mark (parceiro dos Beastie Boys, em "Assustado") e o cantor e compositor Junio Barreto ("Toda Surdez Será Castigada").
O álbum anterior do grupo, Futura, havia saído em 2005. Veja abaixo a lista de músicas de Fome de Tudo:
01. "Bossa Nostra"
MINC EXPLICA COMO VAI FUNCIONAR O PAC DA CULTURA
O Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Alfredo Manezy, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 22, que o PAC da Cultura vai ser um trabalho conjunto entre vários ministérios, entre eles Cultura e Justiça (clique aqui para ouvir o áudio).
“O ministro Tarso Genro e o ministro Gilberto Gil assinaram um acordo onde nas áreas identificadas como de maior risco, os territórios de vulnerabilidade onde o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) vai chegar”, disse Manezy.
Segundo Manezy, estão planejados 384 pontos de cultura em comunidades carentes, locais considerados com maior vulnerabilidade social. “São apoios para aqueles grupos na comunidade, grupos culturais, ONGs que desenvolveram técnicas e tecnologias de pacificação, de mediação de conflito por meio da cultura e também museus comunitários e bibliotecas públicas”, disse Manezy.
Alfredo Manezy disse que o PAC da Cultura vai proporcionar “uma ação intensificada a partir dos indicadores do Ministério da Justiça naquelas comunidades mais degradadas, onde historicamente o Estado só chegou com a Polícia”.
Clique aqui para fazer o download da pesquisa do IBGE sobre o perfil cultural do brasileiro
Leia a íntegra da entrevista com Alfredo Manezy:
Conversa Afiada – Eu li a reportagem de Pedro Alexandre Sanches “A periferia não importa”, que está na Carta Capital que está nas bancas. Ele fala do programa Mais Cultura, também conhecido como PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – da Cultura, com R$ 4,7 bilhões destinados prioritariamente nos municípios com um índice de violência e os menores índices de educação básica, comunidades carentes e de risco. Senhor Manezy, a matéria do Pedro fala que a imprensa não deu a menor bola para esse programa. Em que consiste o programa?
Alfredo Manezy – O programa consiste num amplo investimento em infra-estrutura cultural, especialmente nos territórios onde há um baixo acesso à cultura no Brasil. Para você ter uma idéia, Paulo Henrique, os dados do IBGE recentemente lançados, uma pesquisa em parceria com o Ministério da Cultura, mostram que 13% dos brasileiros freqüentam cinema uma vez por ano, 92% dos brasileiros nunca freqüentarem museus, a média de leitura do brasileiro é 1,8 livro por ano, per capita. Para você ter um exemplo, num país vizinho, Colômbia, que lê 2,4 livros por ano, é quase o dobro do que é lido no Brasil. Ou seja, são números que revelam o baixo acesso à cultura no Brasil, uma concentração do acesso à cultura em algumas regiões, em algumas camadas da sociedade. E nesse sentido, o programa foi construído, a partir desses indicadores, para enfrentá-los a partir de um amplo investimento de Estado, coordenado com os estados, municípios, outros ministérios do Governo Federal, são mais de 26 acordos de cooperação entre o Ministério da Cultura e Ministérios como Educação, Meio Ambiente, Justiça, Integração Nacional, Cidades e Desenvolvimento, acordos com os bancos públicos, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, para um investimento em larga escala em cultura brasileira. Sem dúvida alguma, Paulo Henrique, é o primeiro grande programa de Estado voltado para o acesso cultural dos brasileiros.
Paulo Henrique Amorim – Eu pergunto, como se pode ser acesso à essa pesquisa do IBGE. Ela é um documento público?
Alfredo Manezy – É um documento público, ela se encontra no site do IBGE e também no site do Ministério, totalmente integral, digitalizada e é uma pesquisa que revela esses dados de maneira contundente, Paulo Henrique.
Paulo Henrique Amorim – Vamos dar um clique para isso. Agora, outra coisa, senhor Manezy, como é que se relaciona esse programa com áreas, digamos, de risco. Vamos falar, por exemplo, já que estamos em cima dos acontecimentos, por exemplo, a favela do Alemão no Rio, a favela da Coréia, a periferia de São Paulo, como é que esse programa chega até lá?
Alfredo Manezy – O ministro Tarso Genro e o ministro Gilberto Gil assinaram um acordo onde nas áreas identificadas como de maior risco, os territórios de vulnerabilidade onde o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci, lançado há dois, três meses atrás que é um programa inovador porque conjuga ações de segurança e polícia com ações sociais de cidadania. Estão planejados 384 pontos de cultura que são apoios para aqueles grupos na comunidade, grupos culturais, ONGs que desenvolveram técnicas e tecnologias de pacificação, de mediação de conflito por meio da cultura e também museus comunitários e bibliotecas públicas, ou seja, uma ação intensificada a partir dos indicadores do Ministério da Justiça naquelas comunidades mais degradadas, onde historicamente o Estado só chegou com a Polícia e uma das razões para a degradação é essa ação unilateral do Estado que foi histórica, durante décadas, chegando com a Polícia, com aparato da Justiça, combinado agora com todos os outros serviços que são necessários, demandas da sociedade brasileira, especialmente intensificados, porque essas camadas precisam de um atendimento ainda maior há um histórico de degradação, logo é preciso ter bibliotecas de extrema qualidade, é preciso ter museus comunitários de extrema qualidade. Então, o Estado não pretende fazer nada sozinho e sim incorporando tecnologia e uma expertise, no caso, que a própria sociedade brasileira desenvolveu nas ausências do Estado. A gente tem exemplos como o AfroReagge, tem centenas de exemplos de trabalho sérios no Brasil que são exemplo até para o mundo e que já são parceiros e serão parceiros nessa intensificação nos territórios do Pronasci.
Paulo Henrique Amorim – O que é que é que consta no ponto de cultura?
Alfredo Manezy – O ponto de Cultura parte de uma iniciativa de grupos de comunidades que já trabalham com cultura. Aproximadamente, segundo estimativas, são mais de 100 mil grupos no Brasil que fazem trabalhos em suas comunidades seja com Hip Hop, seja com memória da comunidade, seja com bibliotecas comunitárias como a do escritor Ferréz, que é um exemplo mais conhecido, são centenas de milhares de grupos no Brasil. O Ministério da Cultura nunca dialogou com esses grupos historicamente, é a primeira vez que uma gestão reconhece essa expertise da sociedade brasileira envolvida com gestão comunitária para que elas recebam recursos e façam a sua gestão nos territórios. É claro que são grupos com um grau de precariedade enorme, com pouco acesso à infra-estrutura, então cabe ao Ministério e ao Estado entrar com recursos para que esses grupos possam aplicar a atuação na comunidade de maneira legítima, ganhando um reforço importante para a sua atuação. Para você ter uma idéia, Paulo Henrique, e para os ouvintes também poder comparar: a Colômbia teve uma atitude inovadora e diferente há 10 anos quando, especialmente em Medelin e Bogotá, se associou ação cultural com uma ação... Uma política de segurança, defendendo que a qualificação do ambiente social é uma condição para a redução de homicídios, redução de violência nessas áreas. Foram instaladas bibliotecas de altíssimo nível, acervos, museus e hoje os índices caíram bastante em função dessa ação completa, mais ampla e abrangente que considera a qualificação do espaço social como o principal objetivo. E uma medida, é claro que o Brasil é um país de proporções muito maiores, a necessidade é de uma ação de larga escala e é por isso que nós estamos falando de números amplos, como por exemplo, 384 pontos de cultura, sete grandes bibliotecas multiuso, museus comunitários nos territórios com os maiores índices de homicídios do país.
Paulo Henrique Amorim – Quando você falou no Ministério da Justiça é com aquele programa o Pronasci, não é isso?
Alfredo Manezy – Isso, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Mas também estamos planejando ações conjuntas como no Plano de Desenvolvimento Educacional, o PDE, que foi lançado pelo Ministério da Educação. Estão sendo previstos centenas de cineclubes nas escolas de Ensino Médio público e outros equipamentos culturais como brinquedotecas, estrutura de inclusão digital com banda larga, a exemplo do que estamos fazendo com outros Ministérios. É uma ação combinada com outros Ministérios justamente porque o Ministério da Cultura é uma estrutura pequena que precisa trabalhar articulada com outros Ministérios para atingir a escala que precisa ser alcançada que diz respeito àqueles indicadores que no início eu mencionei.
Paulo Henrique Amorim – Deixa eu lhe perguntar uma última coisa, já tem algum ponto de cultura em funcionamento em área de risco?
Alfredo Manezy – Tem. São hoje 680 pontos de cultura já apoiados pelo Ministério da Cultura na Cidade Tiradentes, por exemplo, zona oeste de São Paulo, que é uma área importante nessa atuação cultural, são três pontos de cultura já conveniados na Cidade Tiradentes, só para dar um exemplo. Mas também temos na área metropolitana de Recife, na área metropolitana de Belo Horizonte, em favelas do Rio de Janeiro.
Paulo Henrique Amorim – Aqui em São Paulo em Cidade Tiradentes.
Alfredo Manezy – Em Cidade Tiradentes, para dar um exemplo. Eu posso te passar no detalhe depois, são vários projetos no Brasil já conveniados. E a gente, ao fazer o edital dos pontos de cultura, recebemos mais de três mil propostas de pontos de cultura vindos de ONGs, de movimentos culturais, Hip Hop, ou seja, a demanda é imensa. Quando a gente ultrapassa o limite de atendimento aos produtores culturais, aos artistas que são, é claro, legítimos parceiros do Ministério, a gente percebe que o brasileiro tem uma demanda por cultura e há já um conjunto de comunidades enorme no Brasil trabalhando de maneira consistente com cultura e educação.
22.10.07
MOSTRA - Filme desconstrói mito de Ian Curtis, voz do Joy Division
Por Fernanda Ezabella
SÃO PAULO (Reuters) - Com diálogos mínimos e trilha sonora no máximo, o filme em preto e branco "Control" narra a curta vida de Ian Curtis, enquanto ele se equilibrava entre a banda britânica Joy Division, sua mulher Debbie e sua amante Annick.
"Control", que será exibido na sexta-feira na 31a Mostra Internacional de São Paulo, tem direção do fotógrafo holandês Anton Corbijn, especializado em música e responsável pelas fotos mais famosas do Joy Division, também em preto e branco.
Esta é sua estréia em longa de ficção, embora já tenha rodado videoclipes do Depeche Mode, Johnny Cash, U2 e Nirvana.
O Joy Division foi formado em Manchester, no final dos anos 1970, em meio a shows de David Bowie, Sex Pistols e Buzzcoks, referências presentes no filme. Com a morte do vocalista, aos 23 anos, a banda deu origem ao New Order.
O papel principal é do ator desconhecido Sam Riley, que é também cantor e guarda uma estranha semelhança com Curtis, inclusive quando dança no palco, em um transe mais parecido com seus ataques epiléticos.
A importância que as mulheres ganham neste filme --Debbie e Annick-- pode frustrar os fãs mais interessados em histórias do grupo, conhecido por sucessos como "Love Will Tear Us Apart" e "Transmission".
Mas a resposta para esta ótica feminina pode estar no fato de o roteiro ser baseado no livro da própria Debbie, que também assina a co-produção. Os dois se casaram muito jovens e tiveram uma filha, a qual ele ignora solenemente no filme.
E, mesmo afirmando seu amor pela jornalista amadora Annick Honoré, Curtis não consegue ficar longe de Debbie. Ao saber da amante, ela ameaça com o divórcio, mas ele pede para ela desistir.
Entre as dúvidas do coração, o sucesso estressante da banda e os constantes ataques epiléticos, Curtis se enforca na cozinha de sua casa, um dia antes do embarque do Joy Division para a primeira turnê nos Estados Unidos, em 1980.
Somando tudo isso, o péssimo marido com o abandono da banda em pleno auge, o filme desconstrói o mito Ian Curtis, um jovem um tanto depressivo e egoísta, até hoje cultuado e referência para bandas novas como Interpol, She Wants Revenge, The Killer e muitas outras.
"Control" também passa longe do estereótipo "sexo, drogas e rock and roll". Curtis, de fato, carrega na mochila seus vidros de remédios, mas para tentar conter sua epilepsia. E a única cena de sexo se passa debaixo do cobertor e termina com Curtis chorando, talvez atravessado pela culpa da traição.
O filme foi exibido no Festival de Cinema de Cannes deste ano, em maio, um dia antes do aniversário de 27 anos da morte de Curtis. O baterista Stephen Morris contou aos jornalistas no festival como se sentiu quando soube que Curtis se enforcara:
"Acho que foi um choque, mas o que eu senti foi muita raiva --raiva por ele ter sido tão estúpido", disse. "Quando uma pessoa comete suicídio, deixa um monte de perguntas sem resposta para as pessoas que sobram-- e as fere muito mais."
SIM!!!
POR TRÁS DA MÁSCARA...
Dantesco, homérico,
Sarcástico, solitário.
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Na rodovia, ouvindo “Fix You” do Cold Play
Muito além do permitido
Permito-me a indagação...
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Perfeccionista, cruel,
Individual, sonhador.
Por trás da máscara
Qual será o meu eu?
Acelero o carro
Como que se acelerasse a vida.
Acelero o tempo
E morro mais a cada minuto.
Qual será o meu eu???
Mal amado, incompreendido,
austéro, feliz!
19.10.07
18.10.07
Nova música de Morrissey na net
Neil Young libera quatro faixas do novo álbum
As músicas foram colocadas no YouTube, mas não são clipes. Fotos em detalhe da "coleção de carros enferrujados" de Young, segundo a descrição informada no site de vídeos, servem como pano de fundo para as canções.
Se o objetivo do lendário roqueiro era deixar os fãs com água na música, funcionou – as canções são ótimas, inclusive a balada "The Way", que conta com um coro de crianças.
Chrome Dreams II faz referência a Chrome Dreams, gravado por Neil Young em Nova York em 1976 e posteriormente engavetado. Apesar de nunca ter chegado às lojas, originais do álbum, recheado de clássicos, acabaram nas mãos de colecionadores e podem facilmente ser encontrados na web.
Nesta quinta-feira (18), o cantor inicia uma turnê pela América Norte, que até agora tem datas marcadas até metade de dezembro. Estão previstos, inclusive, dois shows no Massey Hall, em Toronto, casa de shows onde, em 1971, foi gravado o excelente Live at Massey Hall, lançado no início de 2007.
A volta de Djavan
Conheça mais o compositor e intérprete... acesse
http://www.djavan.com.br/
Integrantes do Los Hermanos se reúnem em homenagem a Tim Maia
O show será uma homenagem aos dez anos da morte de Tim Maia. No palco, as noites serão comandadas pela Orquestra Imperial - da qual Amarante faz parte -, e terá como vocalistas convidados Marcelo Camelo, a cantora Mariana Aydar e o grupo feminino Chicas.
Além deles, cada cidade terá uma participação especial: Rogério Flausino (Jota Quest) foi escalado para o show carioca e Toni Garrido se apresenta em São Paulo.
Os ingressos já estão á venda e custam de R$ 40 a R$ 100.
15.10.07
FOO FIGHTERS...
Pois é agora você vai ver o quanto é boa essa banda.
acesse...
http://br.youtube.com/watch?v=5Qvbeet6zTM
Sgt. Pepper's...
Trata-se do Sgt. Peppers
acesse e divirta-se...
http://br.youtube.com/watch?v=6oEeNM_TT3U
11.10.07
40 anos sem Che, 20 anos de barbárie
Ao publicar seu livro "O Horror Econômico", em 1996, a ensaísta francesa Viviane Forrester, crítica literária do Le Monde, analisou com precisão o estrago causado pela globalização neoliberal aos valores humanistas e sociais. Seu livro contribuiu para uma tomada de consciência em várias partes do mundo, especialmente na França e na Europa, onde deu consistência para várias manifestações e movimentos de resistência.
Se Viviane Forrester viesse ao Brasil para ver quais são os estragos hoje, após 17 anos de políticas neoliberais, certamente incluiria no "horror econômico" um capítulo especial sobre a barbárie do modelo econômico na periferia do capitalismo – onde a tragédia é maior e afeta o nível incipiente dos direitos humanos, a perda de conquistas trabalhistas e sociais, a super-exploração do trabalho e, de quebra, a destruição mais profunda dos valores culturais e civilizatórios.
Na verdade, o Brasil perdeu vários bondes da história: poderia ter construído uma sociedade mais justa no processo de independência colonial, no século 19; poderia ter feito a reforma agrária junto com o término da escravidão e com a instauração do regime republicano; poderia ter avançado nos embalos das revoluções socialistas na Rússia, em 1917, na China, em 1949 e em Cuba, em 1959; poderia ter avançado em processos mais democráticos no pós 2ª Guerra, com a derrubada de Getúlio Vargas, como aconteceu na Europa.
No entanto, o Brasil - como a maioria da América Latina – está entregue aos domínios do imperialismo, à exploração das empresas transnacionais e dos bancos e à estagnação dependente – um processo político de democracia limitada e controlada pela repressão, um processo econômico centrado na transferência de renda para poucos grupos empresariais nacionais e estrangeiros, um sistema produtivo baseado na exportação de bens primários e matéria-prima industrial e uma política de recursos humanos voltada para a formação de quadros de terceiro escalão.
Graças a esse modelo o Brasil tem um contingente permanente de desempregados acima dos 15% da população economicamente ativa, tem uma massa de trabalho informal maior que os empregados com carteira assinada e tem sofrido um arrocho salarial de várias décadas. Graças a isso, o Brasil tem um contingente enorme de jovens de 15 a 24 anos sem trabalho, sem escola e sem renda – e pior: sem perspectiva de realização profissional e pessoal dentro do Brasil. Por isso mesmo, pesquisa Datafolha de outubro de 2007 estima que a diáspora brasileira dos últimos anos alcance 30 milhões de pessoas – que fugiram do Brasil para viver em outros países.
Viviane Forrester ficaria mais arrasada ainda ao analisar que o estrago maior do modelo neoliberal globalizado não se deu apenas pelo retrocesso nos campos econômico e social, mas nos campos político e ético. Ficaria realmente horrorizada ao saber que as populações de vários países da América Latina foram subjugadas sem maiores resistências, que muitas das forças de esquerda aderiram ao charme do capitalismo e que, no Brasil, o maior partido de esquerda que o povo conseguiu construir ao longo de séculos de história praticou escandalosa traição de classe, jogou no lixo seu programa e suas bandeiras de luta, seus quadros dirigentes adotaram as práticas e os métodos mais sórdidos das elites dominantes.
Para a América Latina tem restado a insurgência dos mais explorados e mais oprimidos – dos povos indígenas da Bolívia, do Equador e do México – e a luta de resistência dos poucos movimentos sociais populares que não se renderam ao capitalismo neoliberal. Resta também a inspiração da luta de Ernesto Guevara, o nosso mais querido revolucionário. Que o sonho de Che nos fortaleça. Sempre!
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Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.
Pequena mas significativa cronologia deste outubro
À zero hora do dia 8, em La Higuera (Bolívia), frente a milhares de pessoas vindas de todo o mundo, o presidente da Fundação Che Guevara, Oswaldo Peredo, deu início ao ato que marcou os 40 anos do assassinato do dirigente e líder revolucionário latino-americano Ernesto Che Guevara. Nas palavras de Peredo, “Há dez anos o povo decidiu que não haveria mais homenagens clandestinas. Os atos são todos públicos, com a testa erguida e o peito aberto. Agora, eles [os militares] é que estão reclusos e são obrigados a fazer seus atos em um quartel”.
A 60 km de La Higuera, em Vallegrande, um pouco mais tarde, na pista do aeroporto onde há dez anos foram encontrados os restos mortais do Che e de outros seis guerrilheiros, o presidente Evo Morales, em seu discurso, falou do legado de Che: “Ele continuará, até que se alterem os sistemas econômicos. Estou falando em acabar com o capitalismo”.
No dia 9, a Justiça argentina condenou a prisão perpétua o capelão militar Von Wernich, por sete homicídios, além de diversos casos de torturas e privação ilegítima de liberdade cometidos contra presos políticos ao longo do genocídio perpetrado contra a esquerda e as demais forças populares daquele país, entre 1976 e 1983. São 30 mil “desaparecidos” (assassinatos seguidos de ocultação de cadáveres) na Argentina, nesse período.
No dia 4, no Chile, a viúva, os cinco filhos do general Augusto Pinochet e outras 17 pessoas (entre os quais 13 militares – alguns com patente de general) foram presos por ordem da Justiça. A viúva e os filhos/as do ex-general-presidente são acusados de enriquecimento ilícito. Os demais elementos, de acordo com o juiz que cuida do caso, agiam na Casa Militar do governo Pinochet, desviando recursos para a família do general e seus aliados. O senhor Augusto Pinochet morreu em dezembro de 2006, em prisão domiciliar, antes de ser julgado por crimes financeiros e de violação dos direitos humanos. Ele mantinha uma fortuna de 27 milhões de dólares fora do Chile, e era responsabilizado pelo assassinato e/ou “desaparecimento” de 3 mil militantes da esquerda e das demais forças populares chilenas enquanto governou o país, entre 1973 e 1988.
No dia 5, no Brasil, atendendo a ação proposta por clubes militares, a Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou em liminar a suspensão da decisão da Comissão de Anistia que promoveu o capitão Carlos Lamarca a coronel do Exército. Os clubes militares foram importante foco da conspiração da cúpula militar de direita que participou do golpe contra o governo do presidente João Goulat – Jango, em 1964. O capitão Carlos Lamarca foi friamente assassinado em Brotas de Macaúbas (BA), em 17 de setembro de 1971. São cerca de 400, os mortos e/ou “desaparecidos” políticos durante a ditadura civil-militar implantada em 1964. A juíza Cláudia Maria Ferreira Bastos Neiva, responsável pelo caso, decidiu ainda suspender de oficio (sem ter havido qualquer pedido de liminar) o pagamento de vencimentos equivalentes ao de general-de-brigada e indenização à viúva de Carlos Lamarca, conforme havia decidido a Comissão de Anistia e transformado em portaria pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. A senhora Cláudia Maria Ferreira Bastos Neiva critica a decisão da Comissão, que classificou de “opção política”.
Ainda no Brasil, durante a primeira semana deste outubro, e até o dia 8, multiplicaram-se em todo o país atos e debates promovidos por movimentos e organizações populares e de trabalhadores, e partidos políticos de esquerda sobre o legado do Che.
Che vive.
Pequena memória,
mas não menos outubro
Contam companheiros mais antigos que, nos anos 1960, vivia em São Paulo um jovem italiano da região de Verona, radicado desde menino no Brasil. O jovem era professor de História da Arte em cursinhos pré-vestibulares, estudava na Faculdade de Filosofia e na Faculdade de Arquitetura da USP. Artista plástico, militante da Dissidência Estudantil do Partido Comunista Brasileiro, era presidente do Centrinho (Centro Acadêmico) da Filosofia. No dia 8 outubro de 1967, ao saber da notícia do assassinato do Che, trancou-se sem mais palavras em seu quarto, num apartamento que dividia com amigos no edifício Copan. Colocou um LP em sua vitrola (quem sabe, Vivaldi; quem sabe, Albinoni) e só depois de muitas horas abriu a porta. Tinha acabado de fazer um retrato do Che – desenho. Registrava a memória: o que não se simboliza, morre – costumava dizer. Pequena memória de outubro. Os poucos que tiveram acesso ao trabalho (hoje não localizado) tecem grandes e comovidos elogios.
Era Antonio Benetazzo – Benê.
Benê foi dirigente da Ação Libertadora Nacional (ALN) e em seguida do Movimento de Libertação Popular (Molipo). Seria assassinado sob torturas pela Operação Bandeirantes em 30 de outubro de 1972, dois dias antes de completar 31 anos. Suas últimas horas, estima-se, foram no sítio 31 de Março.
PROGRAMAÇÃO DO 33º FESTIVAL NACIONAL DE MPB DE ILHA SOLTEIRA
Abertura da Noite Ilhense com a apresentação do Projeto Guri – Pólo de Ilha Solteira.
21h00 – Apresentação dos participantes
Dia 25 de outubro (quinta-feira)
16h00 – Oficina de viola
17h00 – Oficina de Luthierie
21h00 – Abertura da Fase Nacional com o grupo “Fábrica da Arte”
21h40 – Apresentação dos participantes da I Eliminatória
Dia 26 de outubro (sexta-feira)
16h00 – Oficina de viola
17h00 – Oficina de Luthierie
21h00 – Apresentação dos participantes da II Eliminatória
22h00 – Tradicional “Canja”22h30 – Divulgação dos finalistas
Dia 27 de outubro (sábado)
21h00 – Abertura da Final com a apresentação da Banda Marcial de Ilha Solteira.
21h30 – Apresentação dos Finalistas
23h00 – Show de encerramento com o show “Luiza Possi Acústico”
23h45 - Premiação
Conheça as músicas classificadas para o 33º Festival de MPB
Uma das novidades deste ano será o Prêmio Rachel Dossi para a melhor música de Ilha Solteira, como forma de homenager uma das responsáveis pela tradição do Festival de MPB de Ilha Solteira.
Haverá também oficinas que serão oferecidas durante o festival. As inscrições para as oficinas deverão ser feitas na Casa da Cultura até o dia 19/10/2007, de segunda a sexta em horário comercial. A vagas serão limitadas.
Músicas Classificadas
MOÇA BONITA (JOÃO)
MOSAICO DE CACOS (DENIS)
ESTAÇÃO DA VIDA (EDSON BARBOSA)
ÁGHATA (HUGO CÉSAR)
NO SAMBA SÓ TEM ALEGRIA (EDSON ALVES)
AMOR (ALLISSON)
ZANZIBAR (BENTO)
ONG PAGANDO O PATO (NILTON)
ENTRE ESTRADAS E SONHOS (REIS)
PALAVRA DE MULHER(Zébeto Corrêa – Belo Horizonte / MG)
SAMBA MISTURA(Paulo Monarco – Cuiabá – MT)
ESPERANÇA(Mana Tessari e Marcia Tauil - São José do Rio Pardo /SP)
14 de NOVEMBRO (Luis Dillah – São José do Rio Preto / SP)
EPOPÉIA DA RAÇA(Dimi Zunquê – Ribeirão Preto / SP)
CHORO SEM PARCIMÔNIA(Sandro Dornelles – Rio de Janeiro / RJ)
IRACEMA(Mariana Farias Cardoso – São Paulo / SP)
CONCRETO(Marcelo Lavrador – São Paulo / SP)
BRINDE (Cícero Gonçalves – São Paulo)
ABOIO DA GRATIDÃO(Zé Alexandre – Rio de Janeiro / RJ)
ESSÊNCIA(Elton Ribeiro – São Paulo / SP)
CUMPÁD MANÉL (Bilóra – Contagem / MG)
VELHOS QUADROS(Eduardo Santana – SP )
FORA DE MODA (Leandro Coelho – Campinas / SP)
LADAINHA DE UM CANTO AGRESTE( Eudes Fraga – Belém / PA)
CASULO NA MOLDURA(Carlos Gomes – São Paulo / SP)
MANIFESTO H20(Walter Dias)
MARIA DO MUNDO (Fabrício dos Anjos – Belém / PA)
Autor: ISAWebData: 08/10/2007
TROPA DE ELITE...O Filme!
Saiba porque o filme "TROPA DE ELITE" está causando tanta polêmica. Tire você a sua impressão.
Para tanto, acesse...
http://www.tropadeeliteofilme.com.br/
10.10.07
Bolivianos celebram 40 anos da morte de Che Guevara
Quase dez mil pessoas já passaram pela cidade de Vallegrande, Bolívia, local onde ocorre o Segundo Encontro Mundial Che Guevara. O evento iniciado semana passada relembra a morte do guerrilheiro morto na mesma cidade em 9 de outubro de 1967. O encontro que termina nesta terça-feira (09), apresenta mostras fotográficas, apresentações culturais e debates com ex-guerrilheiros que lutaram com Che Guevara na Bolívia. Participam também o presidente boliviano, Evo Morales e a filha de Che, Aleida Guevara.O Segundo Encontro Mundial Che Guevara ocorre em um momento de levante dos movimentos populares na América Latina, principalmente na Venezuela, Bolívia e Equador. Alem disso, consolida um movimento internacional que não só relembra a vida do guerrilheiro como estuda sua prática política principalmente no que diz respeito ao conceito de revolução defendido por Che, no qual acreditava que esta só se daria a partir da união dos povos da América latina que foram historicamente explorados por uma lógica capitalista e imperialista.Em 2008, ano em que Guevara completaria 80 anos, Cuba, Venezuela e Bolívia vão realizar novas homenagens.