Pense bem antes de jogá-lo fora!
A discussão sobre qual formato tem a melhor sonoridade, LP (long-play) ou CD, não existe mais há um bom tempo. No decorrer da década de 1990, os lares que abrigavam coleções expressivas de vinis foram esvaziados – e as coleções, vendidas ou jogadas no lixo. Os sebos não trazem mais pilhas de velhos discos, como acontece hoje com fitas de VHS, aposentadas em tempo recorde pelo DVD. Enquanto se especula sobre o desaparecimento físico do CD, entretanto, um fenômeno faz o caminho inverso nos últimos anos: a volta do LP. Não o retorno da fabricação, mas do culto das velhas bolachas pretas. Em 2006, a fabricante americana Teac mandou para as lojas, pasmem, dois modelos diferentes de toca-discos, com design dos anos de 1950 e peças esculpidas em madeira. Um deles, o GF350, que custa no Brasil perto de R$ 2.700, permite gravar em CD o que está sendo tocado em LP. Por R$ 1.100 é possível comprar uma vitrola que traz também compact-disc, mas sem a possibilidade de gravação. É difícil resistir à tentação de ter um.Por que isso está acontecendo? A febre dos DJs, que usam vinis em suas performances, seria a causa? Não creio. Talvez tenha a ver com um problema de mercado. Pelo menos no Brasil. Por causa da pirataria, as gravadoras não têm demonstrado interesse em lançar em disquinhos álbuns que foram originalmente vendidos em vinil e que jamais foram remasterizados digitalmente. Até mesmo a possibilidade de "passar" para o CD em casa, com o simples apertar de botões, voltou a ser um atrativo interessante. Portanto, quem ainda tem LPs em casa deve pensar melhor antes de vendê-los ou jogá-los fora.
Texto enviado por WEL
No comments:
Post a Comment