Show que também fará parte do INTERUNESP 2007
O Teatro Mágico...
http://br.youtube.com/watch?v=XDj0HLA214U
30.8.07
Mundo Livre S/A...
Pra moçada que vai curtir o INTERUNESP 2007 aí vai entrevista e som
do "Mundo Livre S/A"
Curta adoidado...
http://br.youtube.com/watch?v=HWIgIGPL3yk
do "Mundo Livre S/A"
Curta adoidado...
http://br.youtube.com/watch?v=HWIgIGPL3yk
28.8.07
Zé Ramalho...
Um senhor intérprete e compositor paraibano
Falo do único Zé Ramalho
para saber mais acesse
www.zeramalho.com.br
Falo do único Zé Ramalho
para saber mais acesse
www.zeramalho.com.br
THE DOORS...
"As Portas Continuam Abertas"...
estou falando da maravilhosa banda THE DOORS
saiba mais
acesse
www.thedoors.com.br
estou falando da maravilhosa banda THE DOORS
saiba mais
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www.thedoors.com.br
27.8.07
AC/DC lança DVD duplo de material inédito em outubro
O AC/DC volta às lojas em outubro com um DVD duplo. Plug Me In traz cinco horas de vídeos de shows e apresentações na televisão, sendo que a maior parte do material é inédita.
Os discos retratam tanto a fase com o vocalista original, Bon Scott, quanto com seu sucessor, Brian Johnson, no grupo até hoje. Imagens curiosas da banda se apresentando em um colégio na Austrália em 1976 e tocando pela primeira vez ao vivo "Highway to Hell", em 1979, foram incluídas.
Além disso, os fãs poderão assistir ao AC/DC dividindo o palco com os Rolling Stones, em um show histórico de 2003. Como se não bastasse, uma edição especial de Plug Me In vai contar ainda com um terceiro disco, cujo conteúdo até agora não foi revelado.
Também estão nos planos da banda a gravação de um álbum de inéditas, confirmando os boatos que circulam desde o ano passado. O lançamento do sucessor de Stiff Upper Lip (2000), no entanto, deve acontecer só em 2008.
Os discos retratam tanto a fase com o vocalista original, Bon Scott, quanto com seu sucessor, Brian Johnson, no grupo até hoje. Imagens curiosas da banda se apresentando em um colégio na Austrália em 1976 e tocando pela primeira vez ao vivo "Highway to Hell", em 1979, foram incluídas.
Além disso, os fãs poderão assistir ao AC/DC dividindo o palco com os Rolling Stones, em um show histórico de 2003. Como se não bastasse, uma edição especial de Plug Me In vai contar ainda com um terceiro disco, cujo conteúdo até agora não foi revelado.
Também estão nos planos da banda a gravação de um álbum de inéditas, confirmando os boatos que circulam desde o ano passado. O lançamento do sucessor de Stiff Upper Lip (2000), no entanto, deve acontecer só em 2008.
A PARTIR DE JANEIRO DE 2008
A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste terão a ortografia unificada.
O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país. Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008: - As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo". - mudam-se as normas para o uso do hífen- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem". - Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos". - O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio. - O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y". - O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição). - Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia. - Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo. - Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido". - Portugal mantém o acento agudo no e, e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus. Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa
O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país. Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008: - As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo". - mudam-se as normas para o uso do hífen- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem". - Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos". - O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio. - O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y". - O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição). - Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia. - Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo. - Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido". - Portugal mantém o acento agudo no e, e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus. Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa
24.8.07
Morrissey não volta aos Smiths nem por US$ 75 milhões
Morrissey não quer mesmo saber de voltar aos Smiths. Tanto que recusou uma proposta de aproximadamente US$ 75 milhões para reunir o grupo, que se separou em 1987.
A proposta previa cerca de 50 shows, em 2008 e 2009. Só havia uma condição: que o guitarrista Johnny Marr participasse da reunião. Os demais integrantes (Andy Rourke e Mike Joyce) não seriam necessários.
Além de não querer voltar com os Smiths, Morrissey também não está muito disposto a continuar subindo no palco. Na mesma entrevista, ele disse que pretende parar de fazer shows por um bom tempo.
A proposta previa cerca de 50 shows, em 2008 e 2009. Só havia uma condição: que o guitarrista Johnny Marr participasse da reunião. Os demais integrantes (Andy Rourke e Mike Joyce) não seriam necessários.
Além de não querer voltar com os Smiths, Morrissey também não está muito disposto a continuar subindo no palco. Na mesma entrevista, ele disse que pretende parar de fazer shows por um bom tempo.
Divulgada a lista de músicas da coletânea tripla de Bob Dylan
Acaba de ser divulgada a lista de faixas da coletânea Dylan, que documenta as mais de quatro décadas de carreira de Bob Dylan em três discos. O lançamento está marcado para o dia 02 de outubro.
Além do CD triplo, haverá uma versão condensada da coletânea, com 18 músicas em um CD.
O remix que o produtor Mark Ronson fez para a faixa "Most Likely You'll Go Your Way" não vai aparecer em nenhuma das duas versões. Ele estará disponível apenas para download pago.
Veja abaixo a lista de faixas de Dylan:
Além do CD triplo, haverá uma versão condensada da coletânea, com 18 músicas em um CD.
O remix que o produtor Mark Ronson fez para a faixa "Most Likely You'll Go Your Way" não vai aparecer em nenhuma das duas versões. Ele estará disponível apenas para download pago.
Veja abaixo a lista de faixas de Dylan:
CD 1
"Song to Woody" "Blowin' in the Wind""Masters of War""Don't Think Twice, It's All Right""A Hard Rain's A-Gonna Fall""The Times They Are A-Changin'""All I Really Want to Do""My Back Pages""It Ain't Me, Babe""Subterranean Homesick Blues""Mr. Tambourine Man""Maggie's Farm""Like a Rolling Stone""It's All Over Now, Baby Blue""Positively 4th Street""Rainy Day Women #12 & 35""Just Like a Woman""Most Likely You Go Your Way (And I'll Go Mine)""All Along the Watchtower"
CD 2
CD 2
"You Ain't Goin' Nowhere""Lay Lady Lay""If Not for You""I Shall Be Released""Knockin' on Heaven's Door""On a Night Like This""Forever Young""Tangled Up in Blue""Simple Twist of Fate""Hurricane""Changing of the Guards""Gotta Serve Somebody""Precious Angel""The Groom's Still Waiting at the Altar""Jokerman""Dark Eyes"
CD 3
CD 3
"Blind Willie McTell""Brownsville Girl""Silvio""Ring Them Bells""Dignity""Everything Is Broken""Under the Red Sky""You're Gonna Quit Me""Blood in My Eyes""Not Dark Yet""Things Have Changed""Make You Feel My Love""High Water (For Charley Patton)""Po' Boy""Someday Baby""When the Deal Goes Down"
23.8.07
Tim Festival 2007...
Arctic Monkeys, The Killers, Juliette & The Licks, Antony And The Johnsons, Girl Talk, Spank Rock, e Björk são as atrações internacionais confirmadas pela Dueto Produções para o TIM Festival 2007. A exemplo do ano passado, o festival terá edições em quatro cidades, entre os dias 25 e 31 de outubro: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Vitória.
Os locais das apresentações serão os mesmos de 2006. No Rio, o evento ocupará mais uma vez a Marina da Glória, repetindo a bem-sucedida experiência do ano passado. Os shows em São Paulo se dividirão entre o Auditório Ibirapuera e a Arena Skol Anhembi. Vitória receberá uma versão compacta do festival no Teatro da UFES, enquanto Curitiba terá como cenário a Pedreira Paulo Leminski.
O formato do festival terá alterações. Os detalhes, porém, serão anunciados em breve.
Desde a sua primeira edição, em 2003, o TIM Festival já apresentou ao público brasileiro um total de 136 atrações, sendo 44 nacionais e 102 estrangeiras, de 17 nacionalidades diferentes. Os artistas americanos foram maioria, com 52 nomes. Beastie Boys, The Strokes, Wilco, Brian Wilson e Diplo foram alguns dos destaques. Em seguida, vieram os ingleses, com 15 (Elvis Costello, Libertines e M.I.A. etc) e os belgas, com quatro (Soulwax e 2ManyDjs, entre outros). Alemanha, França e Canadá aparecem em seguida, com três artistas cada. A Itália, com dois. Fecham a lista Argentina, País de Gales, México, Venezuela, Escócia, Jamaica, Porto Rico, Cuba, Noruega e Mali, com um artista cada.
Para além do fato de nunca terem se apresentado antes no Brasil, as bandas anunciadas trazem em comum uma história de sucesso fulminante. Surgidas em 2002, Arctic Monkeys e The Killers se firmaram como grandes revelações do rock alternativo, com rápida ascensão na lista das mais executadas e vendas de discos ultrapassando a casa dos milhões. Já Juliette & The Licks surpreendeu a cena rock em 2003 ao revelar para o mundo um lado inesperado da atriz norte-americana Juliette Lewis, consagrada em filmes como ‘Cabo do Medo’, ‘Assassinos por natureza’ e ‘Kalifornia’ e hoje conduzindo uma bem-sucedida carreira de cantora à frente do seu próprio grupo.
Os quatro rapazes de Sheffield foram alçados à fama graças a divulgação viral na internet, através do compartilhamento de arquivos de música entre seus fãs. O primeiro disco da banda, ‘Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not’, lançado em janeiro de 2006, bateu recorde como o álbum de estréia mais rapidamente vendido na história música inglesa. Foram 120 mil cópias somente no primeiro dia de vendas no Reino Unido – mais do que a soma dos ‘Top 20’ do país naquela data. A semana fechou com o assombroso número de 360 mil cópias.
O segundo cd, ‘Favourite Worst Nightmare’, chegou às lojas em abril deste ano, também com a expressiva marca de 225 mil exemplares vendidos apenas na semana de estréia. Com resultados tão surpreendentes, os Arctic Monkeys apresentaram ao mundo uma nova possibilidade de se lançar e promover novas bandas sem apelar para as desgastadas fórmulas do combalido mercado fonográfico.
A participação do The Killers no TIM Festival 2007 vem escorada por números ainda superiores aos dos colegas ingleses: os dois álbuns lançados pela banda, ‘Hot Fuss’ (2004) e ‘Sam’s Town’ (2006), juntos ultrapassaram oito milhões de cópias.
Natural de Las Vegas, a cidade-cassino de Nevada, o grupo carrega no seu DNA fortes influências da música dos anos 80 e também do BritPop, mais notadamente do Oasis. Foi depois de assistir a um show da banda liderada pelos irmãos Gallagher que o tecladista e cantor Brandon Flowers decidiu ir à luta e formar a sua própria turma. Com apenas cinco anos de existência, The Killers coleciona prêmios e fãs em todo o globo.
Para mais informações sobre os artistas:
Arctic Monkeys:
www.arcticmonkeys.com
http://en.wikipedia.org/wiki/Arctic_Monkeys
www.dominorecordco.com/site/?page=news&artistID=209
The Killers:
www.thekillersmusic.com
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Killers_(band)
www.myspace.com/thekillers
Juliette & The Licks:
www.julietteandthelicks.com
www.myspace.com/julietteandthelicks
Para mais informações sobre Antony and The Johnsons:
www.antonyandthejohnsons.com
Para mais informações sobre Girl Talk:
www.girl-talk.net
www.myspace.com/girltalkmusic
Para mais informações sobre Spank Rock:
http://www.spankrock.net
www.myspace.com/spankrock
Os locais das apresentações serão os mesmos de 2006. No Rio, o evento ocupará mais uma vez a Marina da Glória, repetindo a bem-sucedida experiência do ano passado. Os shows em São Paulo se dividirão entre o Auditório Ibirapuera e a Arena Skol Anhembi. Vitória receberá uma versão compacta do festival no Teatro da UFES, enquanto Curitiba terá como cenário a Pedreira Paulo Leminski.
O formato do festival terá alterações. Os detalhes, porém, serão anunciados em breve.
Desde a sua primeira edição, em 2003, o TIM Festival já apresentou ao público brasileiro um total de 136 atrações, sendo 44 nacionais e 102 estrangeiras, de 17 nacionalidades diferentes. Os artistas americanos foram maioria, com 52 nomes. Beastie Boys, The Strokes, Wilco, Brian Wilson e Diplo foram alguns dos destaques. Em seguida, vieram os ingleses, com 15 (Elvis Costello, Libertines e M.I.A. etc) e os belgas, com quatro (Soulwax e 2ManyDjs, entre outros). Alemanha, França e Canadá aparecem em seguida, com três artistas cada. A Itália, com dois. Fecham a lista Argentina, País de Gales, México, Venezuela, Escócia, Jamaica, Porto Rico, Cuba, Noruega e Mali, com um artista cada.
Para além do fato de nunca terem se apresentado antes no Brasil, as bandas anunciadas trazem em comum uma história de sucesso fulminante. Surgidas em 2002, Arctic Monkeys e The Killers se firmaram como grandes revelações do rock alternativo, com rápida ascensão na lista das mais executadas e vendas de discos ultrapassando a casa dos milhões. Já Juliette & The Licks surpreendeu a cena rock em 2003 ao revelar para o mundo um lado inesperado da atriz norte-americana Juliette Lewis, consagrada em filmes como ‘Cabo do Medo’, ‘Assassinos por natureza’ e ‘Kalifornia’ e hoje conduzindo uma bem-sucedida carreira de cantora à frente do seu próprio grupo.
Os quatro rapazes de Sheffield foram alçados à fama graças a divulgação viral na internet, através do compartilhamento de arquivos de música entre seus fãs. O primeiro disco da banda, ‘Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not’, lançado em janeiro de 2006, bateu recorde como o álbum de estréia mais rapidamente vendido na história música inglesa. Foram 120 mil cópias somente no primeiro dia de vendas no Reino Unido – mais do que a soma dos ‘Top 20’ do país naquela data. A semana fechou com o assombroso número de 360 mil cópias.
O segundo cd, ‘Favourite Worst Nightmare’, chegou às lojas em abril deste ano, também com a expressiva marca de 225 mil exemplares vendidos apenas na semana de estréia. Com resultados tão surpreendentes, os Arctic Monkeys apresentaram ao mundo uma nova possibilidade de se lançar e promover novas bandas sem apelar para as desgastadas fórmulas do combalido mercado fonográfico.
A participação do The Killers no TIM Festival 2007 vem escorada por números ainda superiores aos dos colegas ingleses: os dois álbuns lançados pela banda, ‘Hot Fuss’ (2004) e ‘Sam’s Town’ (2006), juntos ultrapassaram oito milhões de cópias.
Natural de Las Vegas, a cidade-cassino de Nevada, o grupo carrega no seu DNA fortes influências da música dos anos 80 e também do BritPop, mais notadamente do Oasis. Foi depois de assistir a um show da banda liderada pelos irmãos Gallagher que o tecladista e cantor Brandon Flowers decidiu ir à luta e formar a sua própria turma. Com apenas cinco anos de existência, The Killers coleciona prêmios e fãs em todo o globo.
Para mais informações sobre os artistas:
Arctic Monkeys:
www.arcticmonkeys.com
http://en.wikipedia.org/wiki/Arctic_Monkeys
www.dominorecordco.com/site/?page=news&artistID=209
The Killers:
www.thekillersmusic.com
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Killers_(band)
www.myspace.com/thekillers
Juliette & The Licks:
www.julietteandthelicks.com
www.myspace.com/julietteandthelicks
Para mais informações sobre Antony and The Johnsons:
www.antonyandthejohnsons.com
Para mais informações sobre Girl Talk:
www.girl-talk.net
www.myspace.com/girltalkmusic
Para mais informações sobre Spank Rock:
http://www.spankrock.net
www.myspace.com/spankrock
Saiba mais sobre os shows do Interunesp 2007
Show “A Partir de Agora”
O novo show de Oswaldo Montenegro é uma mistura do repertório de seu último cd, o recém-lançado “A Partir de Agora”, com conhecidos sucessos de sua carreira. Um show fiel ao cd. Mesmo título, mesmos arranjos, mesmos músicos, mesma força, mesmo magnetismo. Claro, com músicas a mais, além das do cd. Claro, com aquele gostinho do ao vivo, com a total interação com o público, aquela rara sintonia palco-platéia que esse exímio cantor possui como poucos – o cd é de inéditas, o show traz estas mesmas inéditas, além de antigos sucessos, além de papo, além do olho no olho. Emoção e força. Alegrias e sentimentos e dúvidas e discussões. Assim, o show de Oswaldo Montenegro. Falar tecnicamente deste show, seria falar tecnicamente do cd. Vamos, então, a ele.“A Partir de Agora” é um disco maravilhoso. Afirma de uma vez por todas o excelente compositor e instrumentista incrível que Oswaldo Montenegro é. Com arranjos fortes, mas sem excessos, “A Partir de Agora” nos apresenta músicas inéditas de Montenegro, com parcerias vocais como com Alceu Valença, e parcerias inusitadas e brilhantes como “Do Muito e Do Pouco”, com Zé Ramalho:“Em terra de cego quem tem um olho é rei imagine quem tem os dois” E ainda achados poéticos como em “Vamos Celebrar”: “Eu gosto é de ver coisa rara a verdade na cara é do que gosto mais Eu gosto porque assim vale a pena a nossa vida é pequena e ta guardada em cristais Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais”Sente-se, no “A Partir de Agora”, virtudes que só músicos que tocam junto há muito tempo possuem. Alexandre Meu Rei, Caíque Vandera e Pedro Mamede somam seus instrumentos e sua tecnologia à flauta de Madalena Salles, que às vezes soa doce como em conhecidos hits do cantor, e às vezes roqueira como um Yan Anderson brasileiro, nordestino. Se o disco anterior, lançado pela Warner Music (“Oswaldo Montenegro – 25 Anos”), se tornou um incrível sucesso, ultrapassando a marca de 100.000 cópias vendidas, nesses tempos de crise, com cd e dvd de ouro – aval de Montenegro como compositor – esse agora aponta para a frente e mostra que sua inquietude não tem fim. Duas canções do disco entraram em novelas, indicando um caminho popular para este “A Partir de Agora”, demonstrando que além do fiel que o acompanha há tempos, este bardo de Brasília é capaz de atingir a todos. Gravado durante mais de dois anos, o cd sai antecipando um dvd com entrevistas, clips e o making off das gravações. Numa época em que a maioria parece acomodada, em que a maioria se parece, Oswaldo Montenegro não se acomoda e não parece com ninguém. No fundo ele sempre anunciou que seria assim. É como diz um de seus versos, na inédita “Poema Quebrado”:
”Eu já era o que sou agora Mas agora gosto de ser”
”Eu já era o que sou agora Mas agora gosto de ser”
O Teatro Mágico é um projeto musical que reúne elementos do circo, do teatro, da dança e da poesia. No mesmo palco, percebemos a fusão harmoniosa de guitarras em meio a violino e flauta, além de sons eletrônicos, instrumentos percussivos, teclado, entre outros. O show é repleto de surpresas e emoções. Ora uma cena de teatro arranca sorrisos da platéia, ora uma boneca despenca habilidosamente de um tecido colorido. Trapezistas e malabaristas desafiam a força, o equilíbrio e a destreza, enquanto o público, maravilhado, se deleita com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Em cena, são 11 músicos e 4 atores-circenses caracterizados com maquiagem e figurinos “clown”, dando a idéia de que cada um ali é um personagem – o personagem maior de si mesmo. “O Teatro Mágico é a idéia de um sarau amplificado onde tudo pode acontecer”, explica Fernando Anitelli , idealizador do projeto e compositor de todas as canções.
Em quase 4 anos de história, foram mais de 800 shows realizados, alcançando um público recorde de 40 mil pessoas na Virada Cultural (em São Paulo). O primeiro álbum do grupo já vendeu cerca de 5 0.000 cópias. O site oficial conta com mais de 120 mil acessos por mês . O Teatro Mágico tem hoje mais de 200 comunidades relacionadas no Orkut, sendo a oficial contabilizada em mais de 50 mil membros - números expressivos alcançados sem apoios, patrocínios ou campanhas midiáticas.
MÚSICA LIVRE – Entendendo que a música é uma expressão artística e cultural e não simplesmente um objeto de consumo, Fernando Anitelli defende a livre circulação de sua obra, disponibilizando todas as músicas do espetáculo para serem baixadas gratuitamente pela internet. O CD é vendido por 5 reais, muito abaixo do preço imposto por grandes gravadoras e distribuidoras. Para aqueles que, mesmo assim, não tem possibilidade de ter acesso ao seu trabalho, Fernando Anitelli recomenda a “pirataria inteligente” - reprodução parcial ou integral do cd para ser distribuído entre amigos e potenciais interessados em entender e participar do espírito da trupe.
INTERNET – A internet sempre foi uma das principais ferramentas de divulgação do grupo. Atualmente, o site do Teatro Mágico aposta na proposta da TV TM – espaço interativo onde, semanalmente, são postos em exposição: vídeos dos shows mais recentes, entrevistas com integrantes da trupe, enquetes de rua com fãs da banda, etc.
O PÚBLICO - No “sarau amplificado” que o grupo recria a cada espetáculo, o público se sente à vontade para participar do show - não é à toa que os fãs costumam ir às apresentações caracterizados - seja na maquiagem ou até mesmo figurino. Tem meninas que se vestem de “Gabi”, tem rapazes que se vestem de “Anitelli”, todos prontos a adentrar nesse universo lúdico, musical e circense que é o Teatro Mágico.
Em cena, são 11 músicos e 4 atores-circenses caracterizados com maquiagem e figurinos “clown”, dando a idéia de que cada um ali é um personagem – o personagem maior de si mesmo. “O Teatro Mágico é a idéia de um sarau amplificado onde tudo pode acontecer”, explica Fernando Anitelli , idealizador do projeto e compositor de todas as canções.
Em quase 4 anos de história, foram mais de 800 shows realizados, alcançando um público recorde de 40 mil pessoas na Virada Cultural (em São Paulo). O primeiro álbum do grupo já vendeu cerca de 5 0.000 cópias. O site oficial conta com mais de 120 mil acessos por mês . O Teatro Mágico tem hoje mais de 200 comunidades relacionadas no Orkut, sendo a oficial contabilizada em mais de 50 mil membros - números expressivos alcançados sem apoios, patrocínios ou campanhas midiáticas.
MÚSICA LIVRE – Entendendo que a música é uma expressão artística e cultural e não simplesmente um objeto de consumo, Fernando Anitelli defende a livre circulação de sua obra, disponibilizando todas as músicas do espetáculo para serem baixadas gratuitamente pela internet. O CD é vendido por 5 reais, muito abaixo do preço imposto por grandes gravadoras e distribuidoras. Para aqueles que, mesmo assim, não tem possibilidade de ter acesso ao seu trabalho, Fernando Anitelli recomenda a “pirataria inteligente” - reprodução parcial ou integral do cd para ser distribuído entre amigos e potenciais interessados em entender e participar do espírito da trupe.
INTERNET – A internet sempre foi uma das principais ferramentas de divulgação do grupo. Atualmente, o site do Teatro Mágico aposta na proposta da TV TM – espaço interativo onde, semanalmente, são postos em exposição: vídeos dos shows mais recentes, entrevistas com integrantes da trupe, enquetes de rua com fãs da banda, etc.
O PÚBLICO - No “sarau amplificado” que o grupo recria a cada espetáculo, o público se sente à vontade para participar do show - não é à toa que os fãs costumam ir às apresentações caracterizados - seja na maquiagem ou até mesmo figurino. Tem meninas que se vestem de “Gabi”, tem rapazes que se vestem de “Anitelli”, todos prontos a adentrar nesse universo lúdico, musical e circense que é o Teatro Mágico.
Em seu show, Grillo Verguero apresenta 60 músicas, cantadas no tom original das gravações de Raul Seixas, prestando uma homenagem a obra singular e marcante do inesquecível artista.Embora privilegiado com o mesmo timbre de voz e aparência física expressivamente semelhantes aos de Raul, Grillo Verguero apresenta-se sem a pretensão de caricaturá-lo. Raul Seixas é um ícone inconfundível no seu gênero, e Grillo expressa, na sua performance, a fidelidade ao registro musical de sucesso daquele ídolo. Essa é a razão pela qual se destaca entre todos os demais covers de Raul Seixas.Com seu carisma e o apoio da qualidade musical da Banda Vestígio, Grillo Verguero vem, há dez anos, conquistando o respeito e a admiração do público por onde se apresenta.
Mundo Livre S/A
Criado em 1984, o grupo (Fred Zero Quatro, cavaquinho, guitarra e voz; Fábio Malandragem, baixo; “Chefe” Tony Regalia, bateria; Bactéria Maresia, teclados, guitarra; Otto, que mais tarde foi substituído por Marcelo Pianinho, percussão) só foi revelado nacionalmente dez anos depois, com a explosão do movimento mangue beat pernambucano.
O primeiro CD da banda, “Samba Esquema Noise”, de 1994, foi bem recebido pela crítica e pelo público, que percebeu a música do Mundo Livre como novidade, graças à mistura de samba, samplers e guitarras pesadas. A partir de então começaram a se apresentar, freqüentemente ao lado do grupo Chico Science e Nação Zumbi, principal expoente do mangue beat. Com a morte prematura de Chico Science, o Mundo Livre passou a se destacar como principal banda de mangue beat, principalmente após o disco “Carnaval na Obra”, de 1998, terceiro da banda.
Em 2000, com o lançamento de “Por Pouco”, a banda estourou nacionalmente emplacando ritmos como “Melô das Musas” e “Super Homem Plus” carregados de críticas ao sistema neoliberal moderno, fazendo críticas diretas a oligarquia política do país e a também mundial, quando, por exemplo, bombardeia o tema sobre a construção do muro que separa os Estados Unidos da América Latina.
Em 2005, a banda lança seu primeiro CD totalmente independente, produzido pela gravadora Ôia Records. “BebadoGroove Garagesambatransmachine” dá a nova cara do Mundo Livre na renovação da banda, agora ainda mais fiél ao seus ideais. O álbum é o marco da banda que luta contra o “Jabá” (pagamento de “favores” aos grandes instrumentos de mídia para favorecer certos atores escolhidos a dedo pelas grandes gravadoras). O Mundo Livre integra o movimento JABASTA, pelo fim do Jabá na indústria fonográfica.
O primeiro CD da banda, “Samba Esquema Noise”, de 1994, foi bem recebido pela crítica e pelo público, que percebeu a música do Mundo Livre como novidade, graças à mistura de samba, samplers e guitarras pesadas. A partir de então começaram a se apresentar, freqüentemente ao lado do grupo Chico Science e Nação Zumbi, principal expoente do mangue beat. Com a morte prematura de Chico Science, o Mundo Livre passou a se destacar como principal banda de mangue beat, principalmente após o disco “Carnaval na Obra”, de 1998, terceiro da banda.
Em 2000, com o lançamento de “Por Pouco”, a banda estourou nacionalmente emplacando ritmos como “Melô das Musas” e “Super Homem Plus” carregados de críticas ao sistema neoliberal moderno, fazendo críticas diretas a oligarquia política do país e a também mundial, quando, por exemplo, bombardeia o tema sobre a construção do muro que separa os Estados Unidos da América Latina.
Em 2005, a banda lança seu primeiro CD totalmente independente, produzido pela gravadora Ôia Records. “BebadoGroove Garagesambatransmachine” dá a nova cara do Mundo Livre na renovação da banda, agora ainda mais fiél ao seus ideais. O álbum é o marco da banda que luta contra o “Jabá” (pagamento de “favores” aos grandes instrumentos de mídia para favorecer certos atores escolhidos a dedo pelas grandes gravadoras). O Mundo Livre integra o movimento JABASTA, pelo fim do Jabá na indústria fonográfica.
20.8.07
Poesia modernista de Bertold Brecht
Aos que virão depois de nós
I
Eu vivo em tempos sombrios.Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,uma testa sem rugas é sinal de indiferença.Aquele que ainda ri é porque ainda nãorecebeu a terrível notícia.Que tempos são esses, quandofalar sobre flores é quase um crime?Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?Aquele que cruza tranqüilamente a ruajá está então inacessível aos amigosque se encontram necessitados?É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.Mas acreditem: é por acaso. Nada do que eu façodá-me o direito de comer quando eu tenho fome.Por acaso estou sendo poupado.(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)Dizem-me: come e bebe!Fica feliz por teres o que tens!Mas como é que posso comer e beber,se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.Eu queria ser um sábio.Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:Manter-se afastado dos problemas do mundoe sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;Seguir seu caminho sem violência,pagar o mal com o bem,não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.Sabedoria é isso!Mas eu não consigo agir assim.É verdade, eu vivo em tempos sombrios!
II
Eu vim para a cidade no tempo da desordem,quando a fome reinava.Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revoltae me revoltei ao lado deles.Assim se passou o tempoque me foi dado viver sobre a terra.Eu comi o meu pão no meio das batalhas,deitei-me entre os assassinos para dormir,Fiz amor sem muita atençãoe não tive paciência com a natureza.Assim se passou o tempoque me foi dado viver sobre a terra.
III
Vocês, que vão emergir das ondasem que nós perecemos, pensem,quando falarem das nossas fraquezas,nos tempos sombriosde que vocês tiveram a sorte de escapar.Nós existíamos através da luta de classes,mudando mais seguidamente de países que de sapatos,desesperados!quando só havia injustiça e não havia revolta.Nós sabemos:o ódio contra a baixezatambém endurece os rostos!A cólera contra a injustiçafaz a voz ficar rouca!Infelizmente, nós,que queríamos preparar o caminho para aamizade,não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.Mas vocês, quando chegar o tempoem que o homem seja amigo do homem,pensem em nós com um pouco de compreensão.
Elliot Smith...
Pra quem assistiu o Programa "Alto Falante" e curtiu o ótimo Elliot Smith
acesse e ouça um pouco mais.
http://br.youtube.com/watch?v=R3RkZFQPeOg
acesse e ouça um pouco mais.
http://br.youtube.com/watch?v=R3RkZFQPeOg
15.8.07
Festival Coquetel Molotov confirma Nouvelle Vague e Prefuse 73
A programação completa do festival No Ar Coquetel Molotov 2007 foi anunciada esta manhã. O evento que acontece todo ano em Recife confirmou duas novas atrações internacionais: os franceses do Nouvelle Vague e o americano Prefuse 73.
A presença da cantora brasileira radicada em Londres Cibelle e as bandas suecas Love is All, Suburban Kids With Biblical Names e Hello Saferide já haviam sido anunciadas no início de agosto.
O Nouvelle Vague faz charmosas versões em forma de bossa nova de hits pós-punk dos anos 70 e 80, como Smiths, New Order e até Bauhaus. Já o Prefuse 73 é o projeto de Guillermo Scott Herren na linha da IDM (intelligent dance music).
Alguns dos nomes internacionais devem tocar também em outras cidades. Segundo seu site oficial, o Nouvelle Vague se apresenta em São Paulo dia 13 e no Rio de Janeiro dia 14. Os artistas suecos devem passar pela capital paulista entre os dias 17 e 21.
Entre os artistas nacionais escalados para o Coquetel Molotov estão o cantor Wado, a banda carioca Supercordas e os pernambucaos Vamoz! e Volver. O festival ainda terá uma programação especial com debates exibição de documentários e curtas. O evento acontece dias 14 e 15 de setembro.
Confira a programação oficial dos shows:
Sexta, 14 de setembro17h - Sala Cine UFPEBackstages (PE)Fóssil (CE) Elma (SP)
20h - Teatro da UFPEVolver (PE)Supercordas (RJ)Love Is All (Suécia) Prefuse 73 (EUA)
Sábado, 15 de setembro17h - Sala Cine UFPEConceição Tchubas (PE)Hello Saferide (Suécia) Suburban Kids With Biblical Names (Suécia)
20h - Teatro da UFPEVamoz! (PE)Wado (AL)Cibelle (SP) Nouvelle Vague (França)
Para saber a programação de debates e cinema, visite o site www.coquetelmolotov.com.br.
A presença da cantora brasileira radicada em Londres Cibelle e as bandas suecas Love is All, Suburban Kids With Biblical Names e Hello Saferide já haviam sido anunciadas no início de agosto.
O Nouvelle Vague faz charmosas versões em forma de bossa nova de hits pós-punk dos anos 70 e 80, como Smiths, New Order e até Bauhaus. Já o Prefuse 73 é o projeto de Guillermo Scott Herren na linha da IDM (intelligent dance music).
Alguns dos nomes internacionais devem tocar também em outras cidades. Segundo seu site oficial, o Nouvelle Vague se apresenta em São Paulo dia 13 e no Rio de Janeiro dia 14. Os artistas suecos devem passar pela capital paulista entre os dias 17 e 21.
Entre os artistas nacionais escalados para o Coquetel Molotov estão o cantor Wado, a banda carioca Supercordas e os pernambucaos Vamoz! e Volver. O festival ainda terá uma programação especial com debates exibição de documentários e curtas. O evento acontece dias 14 e 15 de setembro.
Confira a programação oficial dos shows:
Sexta, 14 de setembro17h - Sala Cine UFPEBackstages (PE)Fóssil (CE) Elma (SP)
20h - Teatro da UFPEVolver (PE)Supercordas (RJ)Love Is All (Suécia) Prefuse 73 (EUA)
Sábado, 15 de setembro17h - Sala Cine UFPEConceição Tchubas (PE)Hello Saferide (Suécia) Suburban Kids With Biblical Names (Suécia)
20h - Teatro da UFPEVamoz! (PE)Wado (AL)Cibelle (SP) Nouvelle Vague (França)
Para saber a programação de debates e cinema, visite o site www.coquetelmolotov.com.br.
CD duplo da cinebiografia de Dylan traz Sonic Youth, Cat Power e Eddie Vedder
Mais do que o primeiro filme sobre a vida de Bob Dylan autorizado pelo cantor, "I'm Not There" promete ter uma trilha-sonora à altura do biografado.
Um disco duplo será lançado no dia 30 de outubro nos EUA com mais de 30 músicas, com artistas renomados fazendo versões do repertório de Dylan (o próprio aparece somente em uma faixa, a homônima "I'm Not There", também regravada pelo Sonic Youth).
Stephen Malkmus, Yo La Tengo, Antony and the Johnsons, Sufjan Stevens, Cat Power, Eddie Vedder (Pearl Jam), Jeff Tweedy (Wilco) e Karen O (Yeah Yeah Yeahs) são apenas alguns dos nomes que recheiam a trilha-sonora.
Várias músicas contam com o apoio do Calexico, grupo indie do Arizona, e da Million Dollar Bashers, banda especialmente formada para o projeto, com Lee Ranaldo e Steve Shelley do Sonic Youth, Tom Verlaine (Television), Nels Cline (Wilco), Smokey Hormel (Tom Waits, Johnny Cash), o pianista de jazz John Medeski e Tony Garnier (baixista de Dylan).
Dirigido por Todd Haynes, o mesmo de "Velvet Goldmine" e "Longe do Paraíso", "I'm Not There" estréia no fim de novembro na América do Norte e ainda não tem data para chegar aos cinemas brasileiros. Na história, seis atores diferentes interpretam Dylan, entre eles Heath Ledger, Richard Gere, Christian Bale e até a atriz Cate Blanchett.
O que vai entrar em cada CD ainda não foi definido, mas confira abaixo a lista de faixas que estará na trilha do filme:
"Billy," Los Lobos "Can You Please Crawl Out Your Window," the Hold Steady"Can't Leave Her Behind," Stephen Malkmus and Lee Ranaldo "Cold Irons Bound," Tom Verlaine and the Million Dollar Bashers "Dark Eyes," Iron & Wine and Calexico "Fourth Time Around," Yo La Tengo "Goin' To Acapulco," Jim James and Calexico "Highway 61 Revisited," Karen O and the Million Dollar Bashers"I Dreamed I Saw St. Augustine," John Doe"I Wanna Be Your Lover," Yo La Tengo "I'm Not There," Bob Dylan "I'm Not There," Sonic Youth "Just Like a Woman," Charlotte Gainsbourg and Calexico "Just Like Tom Thumb's Blues," Ramblin' Jack Elliot "Knockin' on Heaven's Door," Antony & the Johnsons "The Lonesome Death of Hattie Carroll," Mason Jennings "Maggie's Farm," Stephen Malkmus and the Million Dollar Bashers "Mama You've Been on My Mind," Jack Johnson "The Man in the Long Black Coat," Mark Lanegan"Moonshiner," Bob Forrest "One More Cup of Coffee," Roger McGuinn and Calexico "Pressing On," John Doe "Ring Them Bells," Sufjan Stevens "Señor (Tales of Yankee Power)," Willie Nelson and Calexico "Simple Twist of Fate," Jeff Tweedy "Stuck Inside of Mobile With Memphis Blues Again," Cat Power "The Times They Are a Changin'," Mason Jennings "Tombstone Blues," Richie Havens "When The Ship Comes In," Marcus Carl Franklin "Wicked Messenger," the Black Keys "You Ain't Goin 'Nowhere," Glen Hansard and Marketa Irglova
Um disco duplo será lançado no dia 30 de outubro nos EUA com mais de 30 músicas, com artistas renomados fazendo versões do repertório de Dylan (o próprio aparece somente em uma faixa, a homônima "I'm Not There", também regravada pelo Sonic Youth).
Stephen Malkmus, Yo La Tengo, Antony and the Johnsons, Sufjan Stevens, Cat Power, Eddie Vedder (Pearl Jam), Jeff Tweedy (Wilco) e Karen O (Yeah Yeah Yeahs) são apenas alguns dos nomes que recheiam a trilha-sonora.
Várias músicas contam com o apoio do Calexico, grupo indie do Arizona, e da Million Dollar Bashers, banda especialmente formada para o projeto, com Lee Ranaldo e Steve Shelley do Sonic Youth, Tom Verlaine (Television), Nels Cline (Wilco), Smokey Hormel (Tom Waits, Johnny Cash), o pianista de jazz John Medeski e Tony Garnier (baixista de Dylan).
Dirigido por Todd Haynes, o mesmo de "Velvet Goldmine" e "Longe do Paraíso", "I'm Not There" estréia no fim de novembro na América do Norte e ainda não tem data para chegar aos cinemas brasileiros. Na história, seis atores diferentes interpretam Dylan, entre eles Heath Ledger, Richard Gere, Christian Bale e até a atriz Cate Blanchett.
O que vai entrar em cada CD ainda não foi definido, mas confira abaixo a lista de faixas que estará na trilha do filme:
"Billy," Los Lobos "Can You Please Crawl Out Your Window," the Hold Steady"Can't Leave Her Behind," Stephen Malkmus and Lee Ranaldo "Cold Irons Bound," Tom Verlaine and the Million Dollar Bashers "Dark Eyes," Iron & Wine and Calexico "Fourth Time Around," Yo La Tengo "Goin' To Acapulco," Jim James and Calexico "Highway 61 Revisited," Karen O and the Million Dollar Bashers"I Dreamed I Saw St. Augustine," John Doe"I Wanna Be Your Lover," Yo La Tengo "I'm Not There," Bob Dylan "I'm Not There," Sonic Youth "Just Like a Woman," Charlotte Gainsbourg and Calexico "Just Like Tom Thumb's Blues," Ramblin' Jack Elliot "Knockin' on Heaven's Door," Antony & the Johnsons "The Lonesome Death of Hattie Carroll," Mason Jennings "Maggie's Farm," Stephen Malkmus and the Million Dollar Bashers "Mama You've Been on My Mind," Jack Johnson "The Man in the Long Black Coat," Mark Lanegan"Moonshiner," Bob Forrest "One More Cup of Coffee," Roger McGuinn and Calexico "Pressing On," John Doe "Ring Them Bells," Sufjan Stevens "Señor (Tales of Yankee Power)," Willie Nelson and Calexico "Simple Twist of Fate," Jeff Tweedy "Stuck Inside of Mobile With Memphis Blues Again," Cat Power "The Times They Are a Changin'," Mason Jennings "Tombstone Blues," Richie Havens "When The Ship Comes In," Marcus Carl Franklin "Wicked Messenger," the Black Keys "You Ain't Goin 'Nowhere," Glen Hansard and Marketa Irglova
14.8.07
CURTA UM CURTA!
Festival Internacional de Curtas Metragens
23/08 a 01/09 de 2007
Para saber mais...
www.kinoforum.org.br/curtas/2007
23/08 a 01/09 de 2007
Para saber mais...
www.kinoforum.org.br/curtas/2007
Belchior
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em Sobral, CE, em 26 de Outubro de 1946. Durante a infância foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou musica coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de radio em Sobral, e em Fortaleza CE começou a dedicar-se a musica, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos – Fagner, Ednardo, Rodger, Teti, Cirino e outros – conhecidos como o Pessoal do Ceara. De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de musica no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro RJ, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a musica Na hora do almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo SP, para onde se mudou, compôs musica para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e as vezes com o grupo do Ceara. Em 1972 Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciarias, fabricas e televisões, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. 0 segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa colorida, Como nossos pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino- americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa em 1975), Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues) e Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon). Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.
Apenas um rapaz latino-americano
(Belchior)
(Belchior)
Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bancoSem parentes importantes e vindo do interiorMas trago na cabeça uma canção do rádioEm que um antigo compositor baiano me diziaTudo é divino, tudo é maravilhosoTenho ouvido muitos discos, conversando com pessoasCaminhado o meu caminho, papo o som dentro da noiteE não tenho um amigo sequer que ainda acredite nisso nãoTudo muda, e com toda a razãoEu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bancoSem parentes importantes e vindo do interiorMas sei que tudo é proibido, aliás, eu queria dizer que tudo é permitidoAté beijar você no escuro do cinema quando ninguém nos vêNão me peça que eu lhe faça uma canção como se deveCorreta, branca, suave, muito limpa, muito leveSom, palavras são navalhas e eu não posso cantar como convémSem querer ferir ninguémMas não se preocupe, meu amigo com os horrores que eu lhe digoIsso é somente uma cançãoA vida realmente é diferente quer dizer, ao vivo é muito piorEu sou apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no bancoPor favor não saque a arma no saloon, eu sou apenas um cantorMas se depois de cantar você ainda quiser me atirarMate-me logo à tarde, às três que à noite eu tenho compromissoE não posso faltar por causa de vocêEu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bancoSem parentes importantes e vindo do interiorMas sei, sei que nada é divinoNada, nada é maravilhosoNada, nada é secretoNada, nada é misterioso não
Pequeno Perfil de um Cidadão Comum
(Toquinho e Belchior)
(Toquinho e Belchior)
Int.: C D Am Bm Em D C B4/7 D7Em Em7+ Em Em6
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
D Bm Em
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
C Em Am D
Vivia o dia e não o Sol, a noite e não a Lua
Em Em7+ Em Em6
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano!)
D Bm Em
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
C Em Am D C D Am
Era um homem de bons modos: "Com licença, foi engano!"
A/B Em
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
A/B Em
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
A/B Em
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
A/B F7+
Que tem no fim de tarde a sensação da missão cumprida
Em Em7+ Em7 Em6
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
D Bm Em
Dizia sempre, Sim! Nos seus sonhos infalíveis
C Em Am D
(Pois é! Tendo dinheiro não há coisas imprevisíveis)
Em Em7+ Em7 Em6
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
D Bm Em
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
C Em Am D
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto.
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
D Bm Em
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
C Em Am D
Vivia o dia e não o Sol, a noite e não a Lua
Em Em7+ Em Em6
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano!)
D Bm Em
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
C Em Am D C D Am
Era um homem de bons modos: "Com licença, foi engano!"
A/B Em
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
A/B Em
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
A/B Em
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
A/B F7+
Que tem no fim de tarde a sensação da missão cumprida
Em Em7+ Em7 Em6
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
D Bm Em
Dizia sempre, Sim! Nos seus sonhos infalíveis
C Em Am D
(Pois é! Tendo dinheiro não há coisas imprevisíveis)
Em Em7+ Em7 Em6
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
D Bm Em
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
C Em Am D
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto.
Galos, Noites e Quintais
(Belchior)
(Belchior)
Int.: A E (A F#m) E4/7 E E
Quando eu não tinha o olhar lacrimoso
F#/E
Que hoje eu trago e tenho
A/E
Quando adoçava o meu pranto e o meu sono
E D A
No bagaço de cana do engenho
E
Quando eu ganhava este mundo de meu Deus
F#/E
Fazendo eu mesmo o meu caminho
A/E
Por entre as fileiras do milho verde que ondeiam
E
Com saudades do verde marinho
A
Eu era alegre como um rio
F#m
Um bicho, um bando de pardais
D
Como um galo
E
Quando havia galos, noites e quintais
A
Mas veio o tempo negro
F#m
E a força fez comigo o mal que a força sempre faz
D E
Não sou feliz, mas não sou mudo
A F#m
Hoje eu canto muito mais
Quando eu não tinha o olhar lacrimoso
F#/E
Que hoje eu trago e tenho
A/E
Quando adoçava o meu pranto e o meu sono
E D A
No bagaço de cana do engenho
E
Quando eu ganhava este mundo de meu Deus
F#/E
Fazendo eu mesmo o meu caminho
A/E
Por entre as fileiras do milho verde que ondeiam
E
Com saudades do verde marinho
A
Eu era alegre como um rio
F#m
Um bicho, um bando de pardais
D
Como um galo
E
Quando havia galos, noites e quintais
A
Mas veio o tempo negro
F#m
E a força fez comigo o mal que a força sempre faz
D E
Não sou feliz, mas não sou mudo
A F#m
Hoje eu canto muito mais
Medo de Avião
Belchior
Belchior
Foi por medo de avião
C D G
Que eu segurei pela primeira vez na tua mão
G D/F# Em
Um gole de conhaque, aquele toque em teu cetim
C D G
Que coisa adolescente, James Dean
G D/F# Em
Foi por medo de avião
C D G
Que eu segurei pela primaira vez na tua mão
G D/F# Em
Não fico mais nervoso, você já não grita
C D G
E a aeromoca, sexy, fica mais bonita
G D/F# Em
Foi por medo de avião
C D G
Que eu segurei pela primaira vez na tua mão
G D/F# Em
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
C D G
Aquele toque Beatle, I wanna hold your hand
G D/F# Em
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
C D G
Aquele toque Beatle, I wanna hold your hand
C D G
Que eu segurei pela primeira vez na tua mão
G D/F# Em
Um gole de conhaque, aquele toque em teu cetim
C D G
Que coisa adolescente, James Dean
G D/F# Em
Foi por medo de avião
C D G
Que eu segurei pela primaira vez na tua mão
G D/F# Em
Não fico mais nervoso, você já não grita
C D G
E a aeromoca, sexy, fica mais bonita
G D/F# Em
Foi por medo de avião
C D G
Que eu segurei pela primaira vez na tua mão
G D/F# Em
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
C D G
Aquele toque Beatle, I wanna hold your hand
G D/F# Em
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
C D G
Aquele toque Beatle, I wanna hold your hand
19 de Agosto - Dia Mundial da Fotografia
Foi através da fotografia que o homem encontrou uma das formas mais perfeitas e práticas para gravar e reproduzir suas manifestações culturais...
Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o princípio da câmera escura, que é o seguinte: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos.
Baseados neste princípio, os artistas simplificam o trabalho de copiar objetos e cenas, utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos. Enfiavam-se dentro da própria câmera e ganhavam a imagem refletida em uma tela ou pergaminho preso na parede oposta ao orifício da caixa.
Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente, colocada no orifício, melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a imagem na tela; mecanismos foram desenvolvidos para facilitar o enquadramento do assunto.
Com esses e outros aperfeiçoamento, a caixa ficou cada vez menor e o artista trabalhava já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.
Etimologia
Photo (do grego, quer dizer luz) - Photos - FotoGraphy (do grego, significa escrita) - Graphos - GrafiaPhotographia - Photo Grafia - Fotografia = Luz Desenhada
Portanto, fotografia é desenhar com a luz ou "escrita da luz". Fotografia é, como resultado final, uma imagem inalterável, criada pela reflexão da luz.
SUA CLASSIFICAÇÃO EM UMA VISÃO GERAL
A fotografia reproduz o real da forma mais exata possível, pois só consegue "reproduzir" ou "duplicar" uma realidade que lhe é exterior porque opera com conceitos de "reprodução", "objetividade" e realismo que ela própria cria e perpetua.
Nesse primeiro momento, o uso da fotografia foi controverso, pois, para a maioria, esse processo era uma simples reprodução do real e não um processo criativo ou artístico...
Houve uma divisão entre os defensores do uso da fotografia como criação artística e os que a acusavam de servir de instrumento auxiliar para as artes.
Os primeiros fotógrafos, em sua maioria pintores, desenhistas e gravadores que queriam ampliar suas atividades e aumentar sua produção, optavam por utilizar somente essa técnica na elaboração dos retratos, principal estilo consumido por uma população ávida por se ver eternizada.
Diversos estúdios foram abertos nas grandes capitais, e as cidades menores eram visitadas pelos fotógrafos itinerantes. Por Ter um manuseio complicado, a fotografia não era então praticada por amadores, sendo portanto restrita aos profissionais.
Idéia errônea, difundida nos anos 40 e 50, do século XX, por André Bazin, de que a fotografia não pertence ao domínio da cultura, mas ao das ciências naturais, porque é a própria "realidade" que se imprime a si mesma na película. Hoje, não suporta sequer a mais elementar das verificações!
Com a simulação de imagens fotográficas por computador e com a possibilidade de manipular infinitamente os dados registrados na película por processos digitais, estamos assistindo a uma demolição definitiva e possivelmente irreversível do mito da objetividade fotográfica, sobre o qual se fundaram as teorias ingênuas da fotografia como signo da verdade ou como reprodução do real...
DIA DO FOTÓGRAFO?!
Muitos comemoraram o dia 08 de Janeiro como o dia Nacional do Fotógrafo. Mas há controvérsias... Calendários registram 6, 7, 8 e até 9 de Janeiro como dia do fotógrafo, dia da fotografia, dia nacional do fotógrafo e dia nacional da fotografia.
Já no dia 19 de Agosto, comemora-se o dia mundial da fotografia. Também há quem afirme que este é o dia do fotógrafo. E há ainda registros de comemorações no dia 15 de agosto. Já o dia do repórter fotográfico é 02 de Setembro...
dia mundial da fotografia = 19/08
dia mundial do fotógrafo =
dia nacional da fotografia = 15/08?
dia nacional do fotógrafo = 08/01?
Controvérsias à parte, foi no dia 19/08/1839 que a fotografia foi anunciada ao mundo oficialmente, em Paris, na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, processo desenvolvido pelo francês Louis M. Daguérre.
Possivelmente, as datas em Janeiro referem-se à chegada do Daguerreótipo no Brasil, fato que aconteceu no primeiro mês do ano de 1840, exatamente no dia 16.
A literatura especializada dá conta de que foi o abade Louis Compte que trouxe a novidade de Paris para o Rio de Janeiro, e apresentou o daguerreótipo ao imperador D. Pedro II (oficialmente, o Imperador foi o primeiro fotógrafo brasileiro).
Porém, segundo o historiador Bóris Kossoy, houve uma descoberta isolada da fotografia no Brasil, pelo pesquisador Hércules Florence, seis anos antes do anúncio oficial do feito de Daguerre...
Sem conhecimento das pesquisas na Europa, Florence descobriu a fotografia e foi a primeira pessoa a usar o termo, em 15 de Agosto de 1832, em Campinas - no interior do Estado de São Paulo.
FOTOGRAFIAS DE SÉRGIO SAKALL
Dique e Hidroelétrica F. Ameghino, Patagônia Argentina (08/1998).
Introdução equipamentos, câmeras e formatos lentes e objetivas filmes luz e flash filtros composição fotográfica laboratório fotográfico princípios digitais referências bibliográficas, livros e links
Galerias de fotos sobre:
arquitetura
crianças
fauna
flora
foto jornalismo
nu artístico
retratos
diversos
Parque Ibirapuera
Egito
estátuas
eu por amigos
Breve história da fotografia...
Evolução cronológica dos principais registros:
Grécia, antes de Cristo: Aristóteles - Criação da imagem através de um orifício.
Século X: Alhazen (árabe) descreveu como observar um eclipse solar no interior de uma câmera obscura.
Século XVI: Redução da câmera obscura (auxiliar na pintura).
Século XIX (1826): Joseph Nicephore Niépce (francês) foi a primeira pessoa no mundo a tirar uma verdadeira fotografia - processo heliográfico com 8 horas de exposição à luz.
Ano de 1830: Josef Petzval criou uma nova lente dupla abertura F 3.6 (30 vezes mais rápida que a anterior).
1832/1833: Hércules Florence descobre isoladamente a fotografia na Brasil - na vila de São Carlos, atual cidade de Campinas (SP).
1835: Louis Jacques Mandé Daguerre, firmou-se como único inventor da fotografia prática, através de seu - Daguerreótipo - chapa de cobre revestida com prata, banhada com iodeto de prata. Na presença de vapor de mercúrio surge a imagem, gerando um único positivo (era o "polaroid" da época).
1840: Willian H. Fhox Talbot, descobre o processo negativo/positivo usando como filme folhas de papel sensibilizado (preparado para reagir à luz) que depois foi substituído por vidro. Os negativos de vidro foram usados até os anos 50.
1871: Richard Leach Maddox, primeira chapa usando gelatina para manter o brometo de prata no lugar.
1877: George Eastman, popularizou a fotografia com a criação do filme flexível (em rolo), que tinha o nome de "American Film" e vinha com 100 poses.
1925: Lançamento da câmera 35mm (Leica)...
Os foto clubes:
1853 — Primeiro foto clube do mundo o Royal Photografic, Londres - Inglaterra.
1918 — Primeiro foto clube brasileiro, Photo Club Helios, Porto Alegre (RS).
1923 — Photo Club Brasileiro, Rio de Janeiro (RJ).
No dia 28 de abril de 1939 foi fundado nas dependências do edifício Martinelli, em São Paulo, o Foto Clube Bandeirante.
1942 — Primeiro Salão Nacional de Fotografia, promovido pela prefeitura de São Paulo e organizado pelo Foto Clube Bandeirante.
1945 — Mudança do nome do clube para Foto Cine Clube Bandeirante por seus trabalhos na área cinematográfica.
1950 — Declaração de utilidade pública estadual.
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL
Início da Fotografia no Brasil (D. Pedro II)
Hércules Florence
História da Fotografia no Brasil (com citações de vários fotógrafos, Virada do Século, anos 30)
Guerras - Trílice Aliança (1865-1870), com Carlos Cesar, Luiz Terragno e Augusto Amoretty. Revolta da Armada (1893-1894), com a casa fotográfica Photographia Central, Pedro Karp Vasquez e Juan Gutierrez.
Guerra de Canudos (Flávio de Barros, Estevam Avellar, Evandro Teixeira)
Fotoclubismo - Anos 40, História do Foto Cine Clube Bandeirante, Foto-Cine Clube Gaúcho e com os fotógrafos: Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, Gaspar Gasparian, Júlio Agostinelli, Marcel Giró, Roberto Yoshida e Takashi Kumagai.
pesquisa, anúncios de fotógrafo, revistas, auge do fotojornalismo (anos 50, com Asterio Rocha, Jean Manzon, José Araújo de Medeiros e Flávio Silveira Damm)
Anos 60 (Acervo Iconográfico do Jornal Última Hora, família Aszmann, Fotorreportagem, José Antonio, J. Marques, Soares e Meira)
Anos 70 (agências, Art Kane, Rodrigo Whitaker Salles, Silvino Santos)
Anos 80 (Cristiano Mascaro, Mário Cravo Neto, Ubiratan Castanha)
Anos 90 (Adi Leite, Andréa Monteiro, Cassio Vasconcelos, Márcio Scavone, Valério Trabanco)
Bibliografia e Links
FOTÓGRAFOS NO BRASIL POR ORDEM ALFABÉTICA
Alair Gomes
Alberto Santos Dumont
Araquém Alcântara
August Frisch
Augusto César Malta de Campos
Benedito Junqueira Duarte
Bob Wolfenson
Bruno Giovannetti
Christiano Júnior
Claudia Andujar e George Love
Clicio Barroso
Denise e Marcelo Greco
família Oiticica
Geraldo de Barros
German Lorca
J. R. Duran
José Vicente Eugenio Yalente
Luís Humberto
Marc Ferrez e Gilberto Ferrez
Marcel Gautherot
Marcelo Vigneron
Militão Augusto de Azevedo
Pedro Martinelli
Pierre Verger
Sebastião Carvalho Leme
Sebastião Salgado
Thomaz J. Farkas
Valério Vieira
Vania Toledo
Victor Frond
Walter Firmo
FOTOGRAFIA NO MUNDO
Princípio da fotografia até 1800
O Cianotipo — Niépce, Talbot e Daguerre, Petzval
Pictorialismo — Fotojornalismo
Eastman-Kodak Company (George Eastman)
Foto-Seceção; Irmãos Lumière
emissões filatélicas mundiais I (selos postais)
emissões filatélicas mundias II (selos postais)
fotágrafos americanos
fotógrafos mexicanos; Mexicanidad
FOTÓGRAFOS NO MUNDO
André Kertész
Ansel Adams
Brassai ou Brassaï
Dorothea Lange
Elliott Erwitt
Eugène Atget e Berenice Abbott
Félix Nadar
Henri Cartier-Bresson
Jacques-Henri Lartigue
Man Ray
Robert Capa
Robert Doisneau
Robert Mapplethorpe
Como fotografar melhor...
Uma boa foto não depende tanto do equipamento utilizado quanto do domínio que se tenha sobre a técnica que ele oferece. Seguem algumas dicas que poderão ser muito úteis:
1. Cuidado com fundos mais luminosos do que o tema que você está fotografando.2. Seja sintético e objetivo: enquadre apenas os elementos que interessam ao tema proposto.3. A fotografia depende de dois fatores principais: a escolha do momento e a escolha do espaço que se fotografa.4. Evite fundos com muitos elementos, pois eles desviam a atenção do objetivo da foto.5. Uma foto com boa composição é aquela que se escolhe com o coração.6. Com câmeras amadoras, não se aproxime demais do objeto a ser fotografado, pois poderá causar deformações.7. Observe sempre a validade do filme e como ele está estocado na loja: no local não deve bater sol e ele não deve ser muito quente.8. Não demore para expor seus filmes: eles devem ser revelados logo para garantir uma boa qualidade das cópias. Prefira os filmes de 12 poses.9. Os flashes acoplados em câmeras geralmente são fracos; só é possível usá-los com distância entre 1,30m e 4,00m.10. Quando for usar flash, use filmes de no máximo ISO 400.11. Não abandone as fotos posadas: apesar de formais, elas dão bons resultados.12. O ISO do filme determina seu grau de sensibilidade: quanto mais alto ele for, mais sensível será o filme e, portanto, reagirá com pouca luz.13. Quando mandar ampliar uma foto, pense antes se o tema "agüenta" ficar daquele novo tamanho. Não associe o quanto você gosta do tema com o tamanho da ampliação: fotos pequenas também são gostosas de ver. 14. Guarde seu equipamento em lugar seco, claro e ventilado e sem a capa de proteção para evitar condensação de umidade. Nunca deixe pilhas dentro dele.15. Não deixe suas fotos expostas em paredes que recebem muita luz do sol: elas ficarão desbotadas e manchadas.16. Guarde os negativos em lugar seco e com cuidado; evite manuseá-los.17. Quando, ao receber um serviço do laboratório, achar que as fotos não estão com os cortes desejados, confira-as com os negativos. Se for o caso, volte ao laboratório e peça que o serviço seja refeito.18. Ouse, faça experiências: ao fotografar paisagens, pegue diversos ângulos em seqüência e depois monte a paisagem com as fotos;- fotos noturnas ou tremidas podem dar bons resultados;- faça fotos cegas, ou seja, sem olhar no visor. Fotografia é uma linguagem e foi inventada para ser usada: com um pouco de criatividade, você pode montar porta-retratos diferentes, álbuns com anotações, montagens e recortes, cartões postais, painéis decorativos; pode colorir as fotos com canetas para retroprojetor, montar quebra-cabeças, dominós etc.
Fotos em Sépia
A viragem em sépia é uma técnica fácil e muito conhecida pelos usuários de laboratório, adiciona vida extra às fotos preto e branco (P&B). É um processo que deixa a foto com um "look" antigo, de coloração marrom-avermelhada. Este processo de viragem em sépia costuma ser feita em dois banhos: as cópias são branqueadas, enxaguadas e, em seguida, tonalizadas.
Material utilizado:Três bandejas, 3 tubos graduados para preparação dos químicos, 2 pinças, kit de viragem (químicos) e a cópia P&B.
Modo de fazer:
1- Ler as instruções indicadas pelo fabricante do químico e prepare as soluções nos tubos, colocando-as em seguida nas bandejas.2- Garanta que a cópia escolhida não apresente impressões digitais ou marcas de gordura e coloque-a numa bandeja com água durante 10 minutos. Isso vai permitir uma tonalização homogênea na foto final. Retire a cópia e deixe que a água em excesso escorra.3- Feito isso, coloque a cópia na bandeja que contém a solução de branqueamento. Agite levemente a bandeja cerca de 4 minutos, ou até que a imagem apresente uma coloração levemente marrom. Remova a cópia da bandeja deixando todo o excesso de produto escorrer.4- Volte a lavar a cópia em uma boa quantidade de água corrente, para que todo o químico seja eliminado. Lave os papéis resinados por 5 minutos e os de fibra, 10 minutos.5- Escorra a água em excesso e coloque a cópia na solução de tonificação. Agite levemente a bandeja sem parar, até que a cópia esteja completamente tonificada. Isso irá levar em torno de 1 a 2 minutos.6- Lave novamente a cópia em água corrente por 30 minutos. Em seguida, deixe-a secar naturalmente.7- Depois que a cópia estiver seca, cheque a cor da tonalização e veja se alcançou o resultado desejado. Se não, experimente refazer o processo, desta vez com uma quantidade diferente de químico.
Dicas úteis:
Prefira as cópias um pouco mais escuras do que o normal, uma vez que a viragem tende a branquear a cópia em, aproximadamente 10%; papel de fibra tonaliza melhor do que o resinador; o resinado dá uma pequena alteração na cor; os papéis Mate e Lustre tendem a produzir imagens com uma aparência mais fina e fria.
Embora a viragem sépia seja a mais popular, experimente também outros tipos de químicos para viragens em diferentes cores, azul, verde, vermelho, amarelo etc.
As vantagens da viragem em sépia: Possui a característica de melhorar a permanência de uma imagem fotográfica e, pode-se trabalhar num local arejado e iluminado.
Casamento
- Filme NPS 160 FUJI. Um álbum com 40 fotos é o ideal.- O flash sempre deve estar numa posição mais alta em relação à câmera. Para isso, pode-se utilizar duma manopla: objeto que se acopla à câmera para segurar o flash. O flash diretamente sobre a câmera não é bom pois cria uma luz dura e pode criar os efeitos de olhos vermelhos. Flash dedicado é utilizado na sapata da câmera.- Flash frata 140 - gerador que fica numa bolsa, e tem um recarregamento rápido do flash.- Quando se tem dentro da igreja uma bonita iluminação, é interessante usar uma baixa velocidade, para que os lustres apareçam.- A luz do flash pode ser rebatida no teto ou numa parede branca ou bem clara, esse efeito tem validade até mais ou menos 4 metros de distância de reflexo ao motivo fotografado. Como se perderá luz do flash, usa-se abertura 2 ou 2.8 e uma velocidade 60.- Flash Vivitar 285 - flash automático recarregado com 4 pilhas (para fotos rápidas de reportagem, jornalismo, etc).- Flash Frata 140 - Para fotos de reportagem social.Seqüência:- Geralmente, o ambiente do cartório não é muito bonito, então faça fotos na festa do casamento só com os padrinhos do civil.- Fotos com a noiva dentro e fora do carro. Quando ela estiver em pé ao lado do carro, verificar o fundo, caso a paisagem não ajudar, agachar e fotografar de um ângulo de baixo para cima.- Na entrada, fazer 3 fotos. Tirar na posição vertical e sangrar possíveis colunas, também aproveitar o portal.- Fazer anteriormente uma fotometria na primeira fileira ou em uma outra marca e, quando a noiva passar por esta marca, clicar...- No altar, para mudar de ângulo, direita ou esquerda, a fotometria será a mesma em outro ângulo, se o fotógrafo se deslocar em "arco, semicírculo" no altar.- É muito interessante, quando os noivos estivem ajoelhados, com uma lente grande angular, enquadrar os noivos num canto da foto e os convidados compondo o fundo da mesma.Apresentação:Revelado os filmes, mostrar as provas através de um índex (uma tira, do tamanho do negativo contendo as provas do filme). Ou supercopião de 6X9. Fazer o índex na Colormart, rua 7 de abril. Ou Fotoplan.- Fotos 15X21 são boas.- Anteriormente, mostrar ao cliente os melhores trabalhos.- Perceber com o que exatamente a noiva sonha... "Grandeza" = as fotos de um ângulo de baixo para cima. "Simplicidade" = as fotos ao contrário...- Enumerar as fotos com 4 algarismos e anexar no final do álbum, para eventuais pedidos futuros. Exemplo: 0105/97 - 01=filme, 05=foto e 97=ano do evento.
Fazes da Lua — A Hora Certa
Para se fotografar a Lua, o primeiro passo é estar atento ao céu. Em cada quatro semanas, ela dá o ar da graça em apenas três. Crescente, cheia ou minguante, cada fase tem seu charme.
Independentemente do período, o fotógrafo Fabio Colombini recomenda: "o melhor momento para fotografar a Lua é quando ela está nascendo ou se pondo". Nestas horas, além de o céu se mesclar em camadas de azul e laranja, ela parece bem mais ampla.
Veja Como é Simples:
Sabendo o horário aproximado do nascer da Lua, planeje chegar ao local com antecedência. Escolha um lugar alto, com pouca luminosidade ao redor e arme o tripé, voltando a câmera na direção oposta ao poente;
Tão logo a Lua surja no horizonte, faça a composição e acerte o foco. Em geral, é mais fácil focalizá-la manualmente;
Ignore a medição de luz da câmera. Se o filme for ISO 100, selecione uma abertura de diafragma de f/8 e a velocidade para 1/125 seg. (veja Dicas Importantes). Caso o filme seja ISO 200, mantenha a abertura e altere a velocidade para 1/250 seg., se for ISO 400, opte por 1/500 seg. e assim por diante.
Finalmente, basta clicar!
Dicas Importantes:
O nascimento da Lua sempre atrasa 50 minutos em relação ao dia anterior, lembra o fotógrafo Frédéric Mertens. Dessa forma, para registrar este breve momento, é bom prever o nascimento e já deixar o equipamento preparado;
Embora tenha um volume bilhões de vezes superior ao de uma bola de futebol, 384 mil quilômetros separam a Lua de sua câmera. Por isso, utilizar uma teleobjetiva (quanto mais potente, melhor) é o recomendado, para que o seu assunto não se torne um pequeno ponto branco no meio do quadro;
Segundo o fotógrafo Bruno Sellmer, a imensidão negra da noite faz com que o fotômetro da câmera não leia a cena adequadamente, provocando uma superexposição da Lua, que fica muito branca, borrada e sem definição.
Por esse motivo, de modo geral, para um filme ISO 100, basta utilizar velocidade 1/125 seg. com abertura f/8, para que ela fique com boa definição;
Presume-se que o local de onde será tirada a foto esteja escuro. Portanto, vale a pena estar com uma lanterna em mãos, para verificar funções da câmera, ajustar equipa-mento, trocar filmes, etc.
Mil Formas de Fotografar a Lua:
Além da foto comum do astro, Fabio Colombini sugere acompanhar seu movimento - "uma longa exposição pode gerar uma imagem interessante, como um grande risco no céu". Para este tipo de foto, ele sugere que se use uma abertura grande, como f/8, e uma velocidade baixa de disparo (de 10 minutos a uma hora, conforme a intenção do fotógrafo).
Outra idéia, possível apenas para quem usa câmeras com o recurso da "múltipla exposição", é retratar fragmentos da trajetória da Lua - basta acionar a função, colocar a câmera em um tripé e, de tempos em tempos, fazer os cliques.
Ainda falando em múltiplas exposições, outra sugestão criativa de Fabio Colombini: no final da tarde, com uma grande-angular, bate-se a foto de uma paisagem qualquer, cuidando para deixar um espaço já "reservado" para a Lua; então, quando a noite chegar, faz-se a segunda exposição - desta vez, com uma teleobjetiva, retratando apenas a "modelo principal". O resultado da experiência é curioso: uma paisagem diante de uma Lua proporcionalmente muito grande. Para quem não pode fazer múltiplas exposições, no entanto, é possível obter o mesmo efeito por meio do chamado "sanduíche de cromos". Para isso, basta sobrepor dois slides, fundindo as imagens feitas com a grande-angular e a teleobjetiva, respectivamente.
Agora que você já conferiu várias dicas e idéias criativas, é hora de olhar para o céu, esperar a melhor "pose" da Lua e começar a clicar. Como grande conhecedor da técnica, Mertens afirma que a principal ferramenta do fotógrafo nesta situação é "gostar de olhar para o céu".
Nota: Em GIRAFAMANIA existem várias fotos do excelente fotógrafo de natureza Fabio Colombini como arara-piranga, cardinais, ema, galo-da-serra, gavião-real, sabiá-laranjeira, tatu-bola e urubu-rei.
Endereço: Rua Apotribu, 150 – apto. 51-ACEP: 04302-000 — São Paulo (SP)Telefone/FAX: (11) 5581-3059fabiocolombini@uol.com.br — http://www.fabiocolombini.com.br/
"MEMOIRE ARTISTIQUE"
Anteceder é uma palavra curiosa, desperta duas veredas antagônicas que ao mesmo tempo parecem estar ao nosso alcance, bem em nossas mãos...
No caso da primeira, ela nos conduz aos nossos antecessores, causando-nos reminiscências. Seja através dos pais e avós ou seja através de caminhos profissionais que escolhemos nesta vida. Mesmo nas profissões consideradas atuais, penso que de alguma forma há uma raiz, um vínculo, pelo qual nasça a sua história.
No caso da segunda, ela nos remete ao futuro, à preocupação com os nossos filhos, com a sequência natural de nossa história. Muitas vezes, nos conduz à indagações ou predições em relação ao nosso planeta. Daí, surgem perguntas:
— O que será de nossa Terra com a sucessão dos dias, anos e séculos? Ou ainda, será que os nossos sucessores terão nossas fotografias?
Ser fotógrafo, carreira que escolhi, remete-me à uma época não muito longínqua, uma vez que a história da fotografia nasceu a pouco tempo, em terras francesas. Sempre que viajo por lá, tento percorrer também uma linha cronológica, lembrando dos mestres da linguagem fotográfica que já se foram, os quais tanto contribuíram para que a fotografia fosse considerada uma expressão artística.
Atualmente, percebo que o homem apresenta maior consciência na preservação da própria história, embora temos muito que lutar...
A França, país que ostenta um dos maiores índices de educação do planeta, é a pátria de escritores como Balzac, Victor Hugo, Baudelaire, Simone de Beauvoir, entre outros. Berço de famosos, seja no campo da filosofia, da ciência ou das artes num geral – terra de inúmeros fotógrafos – mesmo aqueles que lá não nasceram, em sua grande maioria, de uma forma ou de outra acabaram fotografando, morando ou simplesmente se apaixonando pelo lugar.
À vista disso, os ensaios fotográficos aqui apresentados foram realizados nesse país. Na maior parte dos cliques, busquei me inspirar nos grandes fotógrafos, ora pelo lugar ou por alguma imagem que me surpreendia, ora pelo estilo ou linguagem de cada um, ora pelo nome de algumas de suas obras-primas. Contudo, lembrando-me da história da fotografia, especialmente na vida deles.
Neste trabalho, procuro proteger o já eternizado, aquilo que se conserva em nossa memória histórica, sem me esquecer da prole fotográfica. Sobretudo, desejo homenagear os que não estão mais entre nós, tantos artistas que me antecederam na vocação.
Finalizada a tarefa, notei outra curiosidade: como um presente de duas faces, foi-me possível "conviver", às vezes, até sentir os mestres do passado, todavia, sem me esquecer daqueles que virão, porque o rigor histórico não está condenado à prosa, sim à poesia: saber quem se "foi", pode nos lapidar em quem "seremos"...
Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o princípio da câmera escura, que é o seguinte: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos.
Baseados neste princípio, os artistas simplificam o trabalho de copiar objetos e cenas, utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos. Enfiavam-se dentro da própria câmera e ganhavam a imagem refletida em uma tela ou pergaminho preso na parede oposta ao orifício da caixa.
Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente, colocada no orifício, melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a imagem na tela; mecanismos foram desenvolvidos para facilitar o enquadramento do assunto.
Com esses e outros aperfeiçoamento, a caixa ficou cada vez menor e o artista trabalhava já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.
Etimologia
Photo (do grego, quer dizer luz) - Photos - FotoGraphy (do grego, significa escrita) - Graphos - GrafiaPhotographia - Photo Grafia - Fotografia = Luz Desenhada
Portanto, fotografia é desenhar com a luz ou "escrita da luz". Fotografia é, como resultado final, uma imagem inalterável, criada pela reflexão da luz.
SUA CLASSIFICAÇÃO EM UMA VISÃO GERAL
A fotografia reproduz o real da forma mais exata possível, pois só consegue "reproduzir" ou "duplicar" uma realidade que lhe é exterior porque opera com conceitos de "reprodução", "objetividade" e realismo que ela própria cria e perpetua.
Nesse primeiro momento, o uso da fotografia foi controverso, pois, para a maioria, esse processo era uma simples reprodução do real e não um processo criativo ou artístico...
Houve uma divisão entre os defensores do uso da fotografia como criação artística e os que a acusavam de servir de instrumento auxiliar para as artes.
Os primeiros fotógrafos, em sua maioria pintores, desenhistas e gravadores que queriam ampliar suas atividades e aumentar sua produção, optavam por utilizar somente essa técnica na elaboração dos retratos, principal estilo consumido por uma população ávida por se ver eternizada.
Diversos estúdios foram abertos nas grandes capitais, e as cidades menores eram visitadas pelos fotógrafos itinerantes. Por Ter um manuseio complicado, a fotografia não era então praticada por amadores, sendo portanto restrita aos profissionais.
Idéia errônea, difundida nos anos 40 e 50, do século XX, por André Bazin, de que a fotografia não pertence ao domínio da cultura, mas ao das ciências naturais, porque é a própria "realidade" que se imprime a si mesma na película. Hoje, não suporta sequer a mais elementar das verificações!
Com a simulação de imagens fotográficas por computador e com a possibilidade de manipular infinitamente os dados registrados na película por processos digitais, estamos assistindo a uma demolição definitiva e possivelmente irreversível do mito da objetividade fotográfica, sobre o qual se fundaram as teorias ingênuas da fotografia como signo da verdade ou como reprodução do real...
DIA DO FOTÓGRAFO?!
Muitos comemoraram o dia 08 de Janeiro como o dia Nacional do Fotógrafo. Mas há controvérsias... Calendários registram 6, 7, 8 e até 9 de Janeiro como dia do fotógrafo, dia da fotografia, dia nacional do fotógrafo e dia nacional da fotografia.
Já no dia 19 de Agosto, comemora-se o dia mundial da fotografia. Também há quem afirme que este é o dia do fotógrafo. E há ainda registros de comemorações no dia 15 de agosto. Já o dia do repórter fotográfico é 02 de Setembro...
dia mundial da fotografia = 19/08
dia mundial do fotógrafo =
dia nacional da fotografia = 15/08?
dia nacional do fotógrafo = 08/01?
Controvérsias à parte, foi no dia 19/08/1839 que a fotografia foi anunciada ao mundo oficialmente, em Paris, na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, processo desenvolvido pelo francês Louis M. Daguérre.
Possivelmente, as datas em Janeiro referem-se à chegada do Daguerreótipo no Brasil, fato que aconteceu no primeiro mês do ano de 1840, exatamente no dia 16.
A literatura especializada dá conta de que foi o abade Louis Compte que trouxe a novidade de Paris para o Rio de Janeiro, e apresentou o daguerreótipo ao imperador D. Pedro II (oficialmente, o Imperador foi o primeiro fotógrafo brasileiro).
Porém, segundo o historiador Bóris Kossoy, houve uma descoberta isolada da fotografia no Brasil, pelo pesquisador Hércules Florence, seis anos antes do anúncio oficial do feito de Daguerre...
Sem conhecimento das pesquisas na Europa, Florence descobriu a fotografia e foi a primeira pessoa a usar o termo, em 15 de Agosto de 1832, em Campinas - no interior do Estado de São Paulo.
FOTOGRAFIAS DE SÉRGIO SAKALL
Dique e Hidroelétrica F. Ameghino, Patagônia Argentina (08/1998).
Introdução equipamentos, câmeras e formatos lentes e objetivas filmes luz e flash filtros composição fotográfica laboratório fotográfico princípios digitais referências bibliográficas, livros e links
Galerias de fotos sobre:
arquitetura
crianças
fauna
flora
foto jornalismo
nu artístico
retratos
diversos
Parque Ibirapuera
Egito
estátuas
eu por amigos
Breve história da fotografia...
Evolução cronológica dos principais registros:
Grécia, antes de Cristo: Aristóteles - Criação da imagem através de um orifício.
Século X: Alhazen (árabe) descreveu como observar um eclipse solar no interior de uma câmera obscura.
Século XVI: Redução da câmera obscura (auxiliar na pintura).
Século XIX (1826): Joseph Nicephore Niépce (francês) foi a primeira pessoa no mundo a tirar uma verdadeira fotografia - processo heliográfico com 8 horas de exposição à luz.
Ano de 1830: Josef Petzval criou uma nova lente dupla abertura F 3.6 (30 vezes mais rápida que a anterior).
1832/1833: Hércules Florence descobre isoladamente a fotografia na Brasil - na vila de São Carlos, atual cidade de Campinas (SP).
1835: Louis Jacques Mandé Daguerre, firmou-se como único inventor da fotografia prática, através de seu - Daguerreótipo - chapa de cobre revestida com prata, banhada com iodeto de prata. Na presença de vapor de mercúrio surge a imagem, gerando um único positivo (era o "polaroid" da época).
1840: Willian H. Fhox Talbot, descobre o processo negativo/positivo usando como filme folhas de papel sensibilizado (preparado para reagir à luz) que depois foi substituído por vidro. Os negativos de vidro foram usados até os anos 50.
1871: Richard Leach Maddox, primeira chapa usando gelatina para manter o brometo de prata no lugar.
1877: George Eastman, popularizou a fotografia com a criação do filme flexível (em rolo), que tinha o nome de "American Film" e vinha com 100 poses.
1925: Lançamento da câmera 35mm (Leica)...
Os foto clubes:
1853 — Primeiro foto clube do mundo o Royal Photografic, Londres - Inglaterra.
1918 — Primeiro foto clube brasileiro, Photo Club Helios, Porto Alegre (RS).
1923 — Photo Club Brasileiro, Rio de Janeiro (RJ).
No dia 28 de abril de 1939 foi fundado nas dependências do edifício Martinelli, em São Paulo, o Foto Clube Bandeirante.
1942 — Primeiro Salão Nacional de Fotografia, promovido pela prefeitura de São Paulo e organizado pelo Foto Clube Bandeirante.
1945 — Mudança do nome do clube para Foto Cine Clube Bandeirante por seus trabalhos na área cinematográfica.
1950 — Declaração de utilidade pública estadual.
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL
Início da Fotografia no Brasil (D. Pedro II)
Hércules Florence
História da Fotografia no Brasil (com citações de vários fotógrafos, Virada do Século, anos 30)
Guerras - Trílice Aliança (1865-1870), com Carlos Cesar, Luiz Terragno e Augusto Amoretty. Revolta da Armada (1893-1894), com a casa fotográfica Photographia Central, Pedro Karp Vasquez e Juan Gutierrez.
Guerra de Canudos (Flávio de Barros, Estevam Avellar, Evandro Teixeira)
Fotoclubismo - Anos 40, História do Foto Cine Clube Bandeirante, Foto-Cine Clube Gaúcho e com os fotógrafos: Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, Gaspar Gasparian, Júlio Agostinelli, Marcel Giró, Roberto Yoshida e Takashi Kumagai.
pesquisa, anúncios de fotógrafo, revistas, auge do fotojornalismo (anos 50, com Asterio Rocha, Jean Manzon, José Araújo de Medeiros e Flávio Silveira Damm)
Anos 60 (Acervo Iconográfico do Jornal Última Hora, família Aszmann, Fotorreportagem, José Antonio, J. Marques, Soares e Meira)
Anos 70 (agências, Art Kane, Rodrigo Whitaker Salles, Silvino Santos)
Anos 80 (Cristiano Mascaro, Mário Cravo Neto, Ubiratan Castanha)
Anos 90 (Adi Leite, Andréa Monteiro, Cassio Vasconcelos, Márcio Scavone, Valério Trabanco)
Bibliografia e Links
FOTÓGRAFOS NO BRASIL POR ORDEM ALFABÉTICA
Alair Gomes
Alberto Santos Dumont
Araquém Alcântara
August Frisch
Augusto César Malta de Campos
Benedito Junqueira Duarte
Bob Wolfenson
Bruno Giovannetti
Christiano Júnior
Claudia Andujar e George Love
Clicio Barroso
Denise e Marcelo Greco
família Oiticica
Geraldo de Barros
German Lorca
J. R. Duran
José Vicente Eugenio Yalente
Luís Humberto
Marc Ferrez e Gilberto Ferrez
Marcel Gautherot
Marcelo Vigneron
Militão Augusto de Azevedo
Pedro Martinelli
Pierre Verger
Sebastião Carvalho Leme
Sebastião Salgado
Thomaz J. Farkas
Valério Vieira
Vania Toledo
Victor Frond
Walter Firmo
FOTOGRAFIA NO MUNDO
Princípio da fotografia até 1800
O Cianotipo — Niépce, Talbot e Daguerre, Petzval
Pictorialismo — Fotojornalismo
Eastman-Kodak Company (George Eastman)
Foto-Seceção; Irmãos Lumière
emissões filatélicas mundiais I (selos postais)
emissões filatélicas mundias II (selos postais)
fotágrafos americanos
fotógrafos mexicanos; Mexicanidad
FOTÓGRAFOS NO MUNDO
André Kertész
Ansel Adams
Brassai ou Brassaï
Dorothea Lange
Elliott Erwitt
Eugène Atget e Berenice Abbott
Félix Nadar
Henri Cartier-Bresson
Jacques-Henri Lartigue
Man Ray
Robert Capa
Robert Doisneau
Robert Mapplethorpe
Como fotografar melhor...
Uma boa foto não depende tanto do equipamento utilizado quanto do domínio que se tenha sobre a técnica que ele oferece. Seguem algumas dicas que poderão ser muito úteis:
1. Cuidado com fundos mais luminosos do que o tema que você está fotografando.2. Seja sintético e objetivo: enquadre apenas os elementos que interessam ao tema proposto.3. A fotografia depende de dois fatores principais: a escolha do momento e a escolha do espaço que se fotografa.4. Evite fundos com muitos elementos, pois eles desviam a atenção do objetivo da foto.5. Uma foto com boa composição é aquela que se escolhe com o coração.6. Com câmeras amadoras, não se aproxime demais do objeto a ser fotografado, pois poderá causar deformações.7. Observe sempre a validade do filme e como ele está estocado na loja: no local não deve bater sol e ele não deve ser muito quente.8. Não demore para expor seus filmes: eles devem ser revelados logo para garantir uma boa qualidade das cópias. Prefira os filmes de 12 poses.9. Os flashes acoplados em câmeras geralmente são fracos; só é possível usá-los com distância entre 1,30m e 4,00m.10. Quando for usar flash, use filmes de no máximo ISO 400.11. Não abandone as fotos posadas: apesar de formais, elas dão bons resultados.12. O ISO do filme determina seu grau de sensibilidade: quanto mais alto ele for, mais sensível será o filme e, portanto, reagirá com pouca luz.13. Quando mandar ampliar uma foto, pense antes se o tema "agüenta" ficar daquele novo tamanho. Não associe o quanto você gosta do tema com o tamanho da ampliação: fotos pequenas também são gostosas de ver. 14. Guarde seu equipamento em lugar seco, claro e ventilado e sem a capa de proteção para evitar condensação de umidade. Nunca deixe pilhas dentro dele.15. Não deixe suas fotos expostas em paredes que recebem muita luz do sol: elas ficarão desbotadas e manchadas.16. Guarde os negativos em lugar seco e com cuidado; evite manuseá-los.17. Quando, ao receber um serviço do laboratório, achar que as fotos não estão com os cortes desejados, confira-as com os negativos. Se for o caso, volte ao laboratório e peça que o serviço seja refeito.18. Ouse, faça experiências: ao fotografar paisagens, pegue diversos ângulos em seqüência e depois monte a paisagem com as fotos;- fotos noturnas ou tremidas podem dar bons resultados;- faça fotos cegas, ou seja, sem olhar no visor. Fotografia é uma linguagem e foi inventada para ser usada: com um pouco de criatividade, você pode montar porta-retratos diferentes, álbuns com anotações, montagens e recortes, cartões postais, painéis decorativos; pode colorir as fotos com canetas para retroprojetor, montar quebra-cabeças, dominós etc.
Fotos em Sépia
A viragem em sépia é uma técnica fácil e muito conhecida pelos usuários de laboratório, adiciona vida extra às fotos preto e branco (P&B). É um processo que deixa a foto com um "look" antigo, de coloração marrom-avermelhada. Este processo de viragem em sépia costuma ser feita em dois banhos: as cópias são branqueadas, enxaguadas e, em seguida, tonalizadas.
Material utilizado:Três bandejas, 3 tubos graduados para preparação dos químicos, 2 pinças, kit de viragem (químicos) e a cópia P&B.
Modo de fazer:
1- Ler as instruções indicadas pelo fabricante do químico e prepare as soluções nos tubos, colocando-as em seguida nas bandejas.2- Garanta que a cópia escolhida não apresente impressões digitais ou marcas de gordura e coloque-a numa bandeja com água durante 10 minutos. Isso vai permitir uma tonalização homogênea na foto final. Retire a cópia e deixe que a água em excesso escorra.3- Feito isso, coloque a cópia na bandeja que contém a solução de branqueamento. Agite levemente a bandeja cerca de 4 minutos, ou até que a imagem apresente uma coloração levemente marrom. Remova a cópia da bandeja deixando todo o excesso de produto escorrer.4- Volte a lavar a cópia em uma boa quantidade de água corrente, para que todo o químico seja eliminado. Lave os papéis resinados por 5 minutos e os de fibra, 10 minutos.5- Escorra a água em excesso e coloque a cópia na solução de tonificação. Agite levemente a bandeja sem parar, até que a cópia esteja completamente tonificada. Isso irá levar em torno de 1 a 2 minutos.6- Lave novamente a cópia em água corrente por 30 minutos. Em seguida, deixe-a secar naturalmente.7- Depois que a cópia estiver seca, cheque a cor da tonalização e veja se alcançou o resultado desejado. Se não, experimente refazer o processo, desta vez com uma quantidade diferente de químico.
Dicas úteis:
Prefira as cópias um pouco mais escuras do que o normal, uma vez que a viragem tende a branquear a cópia em, aproximadamente 10%; papel de fibra tonaliza melhor do que o resinador; o resinado dá uma pequena alteração na cor; os papéis Mate e Lustre tendem a produzir imagens com uma aparência mais fina e fria.
Embora a viragem sépia seja a mais popular, experimente também outros tipos de químicos para viragens em diferentes cores, azul, verde, vermelho, amarelo etc.
As vantagens da viragem em sépia: Possui a característica de melhorar a permanência de uma imagem fotográfica e, pode-se trabalhar num local arejado e iluminado.
Casamento
- Filme NPS 160 FUJI. Um álbum com 40 fotos é o ideal.- O flash sempre deve estar numa posição mais alta em relação à câmera. Para isso, pode-se utilizar duma manopla: objeto que se acopla à câmera para segurar o flash. O flash diretamente sobre a câmera não é bom pois cria uma luz dura e pode criar os efeitos de olhos vermelhos. Flash dedicado é utilizado na sapata da câmera.- Flash frata 140 - gerador que fica numa bolsa, e tem um recarregamento rápido do flash.- Quando se tem dentro da igreja uma bonita iluminação, é interessante usar uma baixa velocidade, para que os lustres apareçam.- A luz do flash pode ser rebatida no teto ou numa parede branca ou bem clara, esse efeito tem validade até mais ou menos 4 metros de distância de reflexo ao motivo fotografado. Como se perderá luz do flash, usa-se abertura 2 ou 2.8 e uma velocidade 60.- Flash Vivitar 285 - flash automático recarregado com 4 pilhas (para fotos rápidas de reportagem, jornalismo, etc).- Flash Frata 140 - Para fotos de reportagem social.Seqüência:- Geralmente, o ambiente do cartório não é muito bonito, então faça fotos na festa do casamento só com os padrinhos do civil.- Fotos com a noiva dentro e fora do carro. Quando ela estiver em pé ao lado do carro, verificar o fundo, caso a paisagem não ajudar, agachar e fotografar de um ângulo de baixo para cima.- Na entrada, fazer 3 fotos. Tirar na posição vertical e sangrar possíveis colunas, também aproveitar o portal.- Fazer anteriormente uma fotometria na primeira fileira ou em uma outra marca e, quando a noiva passar por esta marca, clicar...- No altar, para mudar de ângulo, direita ou esquerda, a fotometria será a mesma em outro ângulo, se o fotógrafo se deslocar em "arco, semicírculo" no altar.- É muito interessante, quando os noivos estivem ajoelhados, com uma lente grande angular, enquadrar os noivos num canto da foto e os convidados compondo o fundo da mesma.Apresentação:Revelado os filmes, mostrar as provas através de um índex (uma tira, do tamanho do negativo contendo as provas do filme). Ou supercopião de 6X9. Fazer o índex na Colormart, rua 7 de abril. Ou Fotoplan.- Fotos 15X21 são boas.- Anteriormente, mostrar ao cliente os melhores trabalhos.- Perceber com o que exatamente a noiva sonha... "Grandeza" = as fotos de um ângulo de baixo para cima. "Simplicidade" = as fotos ao contrário...- Enumerar as fotos com 4 algarismos e anexar no final do álbum, para eventuais pedidos futuros. Exemplo: 0105/97 - 01=filme, 05=foto e 97=ano do evento.
Fazes da Lua — A Hora Certa
Para se fotografar a Lua, o primeiro passo é estar atento ao céu. Em cada quatro semanas, ela dá o ar da graça em apenas três. Crescente, cheia ou minguante, cada fase tem seu charme.
Independentemente do período, o fotógrafo Fabio Colombini recomenda: "o melhor momento para fotografar a Lua é quando ela está nascendo ou se pondo". Nestas horas, além de o céu se mesclar em camadas de azul e laranja, ela parece bem mais ampla.
Veja Como é Simples:
Sabendo o horário aproximado do nascer da Lua, planeje chegar ao local com antecedência. Escolha um lugar alto, com pouca luminosidade ao redor e arme o tripé, voltando a câmera na direção oposta ao poente;
Tão logo a Lua surja no horizonte, faça a composição e acerte o foco. Em geral, é mais fácil focalizá-la manualmente;
Ignore a medição de luz da câmera. Se o filme for ISO 100, selecione uma abertura de diafragma de f/8 e a velocidade para 1/125 seg. (veja Dicas Importantes). Caso o filme seja ISO 200, mantenha a abertura e altere a velocidade para 1/250 seg., se for ISO 400, opte por 1/500 seg. e assim por diante.
Finalmente, basta clicar!
Dicas Importantes:
O nascimento da Lua sempre atrasa 50 minutos em relação ao dia anterior, lembra o fotógrafo Frédéric Mertens. Dessa forma, para registrar este breve momento, é bom prever o nascimento e já deixar o equipamento preparado;
Embora tenha um volume bilhões de vezes superior ao de uma bola de futebol, 384 mil quilômetros separam a Lua de sua câmera. Por isso, utilizar uma teleobjetiva (quanto mais potente, melhor) é o recomendado, para que o seu assunto não se torne um pequeno ponto branco no meio do quadro;
Segundo o fotógrafo Bruno Sellmer, a imensidão negra da noite faz com que o fotômetro da câmera não leia a cena adequadamente, provocando uma superexposição da Lua, que fica muito branca, borrada e sem definição.
Por esse motivo, de modo geral, para um filme ISO 100, basta utilizar velocidade 1/125 seg. com abertura f/8, para que ela fique com boa definição;
Presume-se que o local de onde será tirada a foto esteja escuro. Portanto, vale a pena estar com uma lanterna em mãos, para verificar funções da câmera, ajustar equipa-mento, trocar filmes, etc.
Mil Formas de Fotografar a Lua:
Além da foto comum do astro, Fabio Colombini sugere acompanhar seu movimento - "uma longa exposição pode gerar uma imagem interessante, como um grande risco no céu". Para este tipo de foto, ele sugere que se use uma abertura grande, como f/8, e uma velocidade baixa de disparo (de 10 minutos a uma hora, conforme a intenção do fotógrafo).
Outra idéia, possível apenas para quem usa câmeras com o recurso da "múltipla exposição", é retratar fragmentos da trajetória da Lua - basta acionar a função, colocar a câmera em um tripé e, de tempos em tempos, fazer os cliques.
Ainda falando em múltiplas exposições, outra sugestão criativa de Fabio Colombini: no final da tarde, com uma grande-angular, bate-se a foto de uma paisagem qualquer, cuidando para deixar um espaço já "reservado" para a Lua; então, quando a noite chegar, faz-se a segunda exposição - desta vez, com uma teleobjetiva, retratando apenas a "modelo principal". O resultado da experiência é curioso: uma paisagem diante de uma Lua proporcionalmente muito grande. Para quem não pode fazer múltiplas exposições, no entanto, é possível obter o mesmo efeito por meio do chamado "sanduíche de cromos". Para isso, basta sobrepor dois slides, fundindo as imagens feitas com a grande-angular e a teleobjetiva, respectivamente.
Agora que você já conferiu várias dicas e idéias criativas, é hora de olhar para o céu, esperar a melhor "pose" da Lua e começar a clicar. Como grande conhecedor da técnica, Mertens afirma que a principal ferramenta do fotógrafo nesta situação é "gostar de olhar para o céu".
Nota: Em GIRAFAMANIA existem várias fotos do excelente fotógrafo de natureza Fabio Colombini como arara-piranga, cardinais, ema, galo-da-serra, gavião-real, sabiá-laranjeira, tatu-bola e urubu-rei.
Endereço: Rua Apotribu, 150 – apto. 51-ACEP: 04302-000 — São Paulo (SP)Telefone/FAX: (11) 5581-3059fabiocolombini@uol.com.br — http://www.fabiocolombini.com.br/
"MEMOIRE ARTISTIQUE"
Anteceder é uma palavra curiosa, desperta duas veredas antagônicas que ao mesmo tempo parecem estar ao nosso alcance, bem em nossas mãos...
No caso da primeira, ela nos conduz aos nossos antecessores, causando-nos reminiscências. Seja através dos pais e avós ou seja através de caminhos profissionais que escolhemos nesta vida. Mesmo nas profissões consideradas atuais, penso que de alguma forma há uma raiz, um vínculo, pelo qual nasça a sua história.
No caso da segunda, ela nos remete ao futuro, à preocupação com os nossos filhos, com a sequência natural de nossa história. Muitas vezes, nos conduz à indagações ou predições em relação ao nosso planeta. Daí, surgem perguntas:
— O que será de nossa Terra com a sucessão dos dias, anos e séculos? Ou ainda, será que os nossos sucessores terão nossas fotografias?
Ser fotógrafo, carreira que escolhi, remete-me à uma época não muito longínqua, uma vez que a história da fotografia nasceu a pouco tempo, em terras francesas. Sempre que viajo por lá, tento percorrer também uma linha cronológica, lembrando dos mestres da linguagem fotográfica que já se foram, os quais tanto contribuíram para que a fotografia fosse considerada uma expressão artística.
Atualmente, percebo que o homem apresenta maior consciência na preservação da própria história, embora temos muito que lutar...
A França, país que ostenta um dos maiores índices de educação do planeta, é a pátria de escritores como Balzac, Victor Hugo, Baudelaire, Simone de Beauvoir, entre outros. Berço de famosos, seja no campo da filosofia, da ciência ou das artes num geral – terra de inúmeros fotógrafos – mesmo aqueles que lá não nasceram, em sua grande maioria, de uma forma ou de outra acabaram fotografando, morando ou simplesmente se apaixonando pelo lugar.
À vista disso, os ensaios fotográficos aqui apresentados foram realizados nesse país. Na maior parte dos cliques, busquei me inspirar nos grandes fotógrafos, ora pelo lugar ou por alguma imagem que me surpreendia, ora pelo estilo ou linguagem de cada um, ora pelo nome de algumas de suas obras-primas. Contudo, lembrando-me da história da fotografia, especialmente na vida deles.
Neste trabalho, procuro proteger o já eternizado, aquilo que se conserva em nossa memória histórica, sem me esquecer da prole fotográfica. Sobretudo, desejo homenagear os que não estão mais entre nós, tantos artistas que me antecederam na vocação.
Finalizada a tarefa, notei outra curiosidade: como um presente de duas faces, foi-me possível "conviver", às vezes, até sentir os mestres do passado, todavia, sem me esquecer daqueles que virão, porque o rigor histórico não está condenado à prosa, sim à poesia: saber quem se "foi", pode nos lapidar em quem "seremos"...
Conheces Ruth Scobar????
Maria Ruth dos Santos Escobar (Porto, Portugal 1936). Atriz e produtora cultural. Uma das notáveis personalidades do teatro brasileiro, empreendedora de muitos projetos culturais especialmente comprometidos com a vanguarda artística.
Nasce em Portugal e vem para o Brasil em 1951. Anos depois, casa-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar e juntos, em 1958, partem para a França, onde faz cursos de interpretação. Ao retornar para o Brasil, monta companhia própria, a Novo Teatro, em parceria com o diretor Alberto D'Aversa. Protagoniza Antígone América, texto do marido, em 1962, após algumas experiências de palco, como Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht, em 1960, e Males da Juventude, de Ferdinand Bruckner, em 1961, ambas dirigidas por D'Aversa.
Em 1964, decide empreender um teatro popular e, para tanto, faz adaptar um ônibus que se transforma em palco, levando espetáculos à periferia de São Paulo, iniciativa intitulada de Teatro Popular Nacional. Ali Antônio Abujamra dirige A Pena e a Lei, de Ariano Suassuna; Silnei Siqueira encena As Desgraças de uma Criança, de Martins Pena, entre outros, encerrando suas atividades em 1965.
Em 1964 inaugura também sua própria casa de espetáculos, orientada para a vanguarda artística. Casa-se com o arquiteto Wladimir Pereira Cardoso, que se torna cenógrafo das produções da companhia. Entre outras, são ali encenadas a A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com direção de José Renato, 1964; O Casamento do Sr. Mississipi, de Dürrenmatt, dirigida por Jô Soares, 1965; As Fúrias, de Rafael Alberti, outra encenação de Abujamra, em 1966; O Versátil Mr. Sloane, de Joe Orton, tendo Antônio Ghigonetto como diretor, em 1967; e Lisístrata, de Aristófanes, encenação de Maurice Vaneau, em 1968.
Em 1966, produz, no Rio de Janeiro, Júlio Cesar, de William Shakespeare, uma tradução do então governador Carlos Lacerda, empreendimento que gera animosidade da classe artística. O fracasso retumbante da encenação, dirigida por Antunes Filho, agrava a tensão entre a empresária e alguns setores artísticos.
Uma iniciativa ousada segue-se, em 1968, com a vinda para o Brasil do franco-argentino Victor Garcia, convidado para a montagem de Cemitério de Automóveis, adaptação do próprio Garcia para a obra de Fernando Arrabal, encenada anteriormente em Dijon, 1966; e em Paris, 1968, ambos na França. Uma antiga garagem na Rua 13 de Maio é totalmente remodelada e a encenação, de uma beleza visceral e chocante, destaca Ruth como atriz e produtora de grande projeção.
Seu prestígio aumenta, em 1969, com a produção de O Balcão, de Jean Genet, deslumbrante encenação de Victor Garcia cenografada por Wladimir Pereira Cardoso. A produção arrebata todos os prêmios importantes do ano e Ruth é agraciada com o troféu Roquette Pinto para a personalidade do ano.
Novas polêmicas cercam-na com as produções de Missa Leiga, de Chico de Assis, com direção de Ademar Guerra, em 1972, proibida de utilizar a Igreja da Consolação como palco e montada numa fábrica; e A Viagem, adaptação cênica do poema Lusíadas, de Luís de Camões, por Carlos Queiroz Telles, cuja estréia conta com a presença do primeiro ministro de Portugal, Marcelo Caetano.
Nos anos subseqüentes, fica à frente do Centro Latino-Americano de Criatividade, projeto abortado por falta de recursos, bem como centraliza no seu teatro importantes manifestações contra o regime militar, inclusive a fundação do Comitê da Anistia Internacional.
Com o 1º Festival Internacional de Teatro em 1974, dá outro passo ambicioso: apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção cênica mundial. A cidade pode conhecer, entre outros, o trabalho de Bob Wilson (Time and Life of Joseph Stalin, que a Censura obriga a mudar para Time and Life of David Clark), a excepcional criação de Yerma, de Victor Garcia, com Nuria Espert; além dos encenadores Andrei Serban e Jerzy Grotowski.
Em 1974, centraliza a produção para circuito internacional de Autos Sacramentales, encenação de Victor Garcia baseada em Calderón de la Barca. Estreado em Shiraz, Pérsia, a realização triunfa na Bienal de Veneza, Itália, em Londres e em Portugal.
Em 1976, outro projeto de fôlego - a Feira Brasileira de Opinião - reúne textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas é interditado pela Censura, o que a obriga a arcar com os prejuízos da montagem em andamento.
No 2º Festival Internacional, de 1976, chegam ao país o grupo catalão Els Joglars, com Allias Serralonga; os City Players, do Irã, com uma inusitada montagem de Calígula, de Albert Camus; a companhia Hamada Zenya Gekijo, do Japão; o grupo G. Belli, da Itália, com Pranzo di Famiglia, dirigida por Tinto Brass, entre outros.
Em 1977, Ruth Escobar resolve voltar à cena. Para interpretar a exasperada Ilídia de A Torre de Babel, traz a São Paulo o autor Fernando Arrabal para dirigi-la. Produz A Revista do Henfil, de Henfil e Oswaldo Mendes, sob a direção de Ademar Guerra, em 1978; no ano seguinte, volta à cena em Caixa de Cimento, encenação do franco-uruguaio Juan Uviedo cheia de equívocos; ainda em 1979, produz Fábrica de Chocolate, texto de Mario Prata que aborda a tortura.
Entre as grandes atrações do 3º Festival Internacional, em 1981, estão o grupo norte-americano Mabu Mines; o belga Plan K; o La Cuadra, de Sevilla; além do uruguaio Galpón e do português A. Comuna.
Nos anos 80, afasta-se parcialmente do teatro; é eleita deputada estadual para duas legislaturas e dedica-se a projetos comunitários.
Em 1994, volta aos festivais internacionais, agora mais discretos, porém ampliando sua abrangência ao trazer grupos de teatro, de dança, de formas animadas ou que unem todas essas linguagens em uma manifestação híbrida, como o Aboriginal Islander Dance Theatre; o Bread and Puppet; o Cricot 2; os Dervixes Dançantes. A quinta edição, de 1995, acentua a forte tendência à diversificação ao trazer para o país a dança de Carlota Ikeda e o grupo japonês Dumb Type, o russo Levdodine com Gaudeamus, e Michell Picolli, entre outros. Em 1996, Phillipe Decoufflé; o grupo Dong Gong Xi Gong, de Taiwan; e Joseph Nadg são os destaques da 6ª edição.
O 7º Festival Internacional é dedicado à Ásia, em 1997, com grupos étnicos de diversos países, inclusive uma Ópera de Pequim; e a oitava edição, de 1999, centra-se na cultura cigana.
Em 1987, Ruth Escobar lança Maria Ruth - Uma Autobiografia, contando parte da sua trajetória, na qual a produção cultural se mescla, de modo indissolúvel, à sua atuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.
Em 1990, retorna aos palcos, numa encenação de Gabriel Villela, de Relações Perigosas, de Heiner Müller.
A crítica e ensaísta Ilka Marinho Zanotto, ao analisar sua importância na cena artística brasileira, observa: "Se quiséssemos traçar a evolução do teatro brasileiro no século XX (...) teríamos forçosamente de incluir entre os cumes de suas realizações a trajetória polêmica da atriz-empresária Ruth Escobar. Marcada pelo signo do inconformismo, pelo faro do verdadeiramente artístico e do anticonvencional e pela ousadia das avalanches que, uma vez traçado o rumo, chegam ao seu destino - o vale - a qualquer custo, Ruth Escobar marcou a cena brasileira com o carimbo indelével de sua personalidade. Talhada para as empresas aparentemente impossíveis... Promove debates em tempo de ditadura, leituras de peças proibidas com ameaças de bombas e de invasão à porta, passeatas de protesto. Invade gabinetes de ministros de Estado e de censores e, de peito aberto, vai várias vezes à praça pública clamar pelos direitos pisoteados do teatro. (...) Promotora incansável de tantas obras fascinantes, não se pode negar ao seu teatro o lugar privilegiado que soube conquistar nada tranqüilamente na história da arte brasileira".1
Notas
1. ZANOTTO, Ilka Marinho. Depoimento. In: FERNANDES, Rofran. Teatro Ruth Escobar: 20 anos de resistência. São Paulo: Global, 1985.
Nasce em Portugal e vem para o Brasil em 1951. Anos depois, casa-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar e juntos, em 1958, partem para a França, onde faz cursos de interpretação. Ao retornar para o Brasil, monta companhia própria, a Novo Teatro, em parceria com o diretor Alberto D'Aversa. Protagoniza Antígone América, texto do marido, em 1962, após algumas experiências de palco, como Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht, em 1960, e Males da Juventude, de Ferdinand Bruckner, em 1961, ambas dirigidas por D'Aversa.
Em 1964, decide empreender um teatro popular e, para tanto, faz adaptar um ônibus que se transforma em palco, levando espetáculos à periferia de São Paulo, iniciativa intitulada de Teatro Popular Nacional. Ali Antônio Abujamra dirige A Pena e a Lei, de Ariano Suassuna; Silnei Siqueira encena As Desgraças de uma Criança, de Martins Pena, entre outros, encerrando suas atividades em 1965.
Em 1964 inaugura também sua própria casa de espetáculos, orientada para a vanguarda artística. Casa-se com o arquiteto Wladimir Pereira Cardoso, que se torna cenógrafo das produções da companhia. Entre outras, são ali encenadas a A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com direção de José Renato, 1964; O Casamento do Sr. Mississipi, de Dürrenmatt, dirigida por Jô Soares, 1965; As Fúrias, de Rafael Alberti, outra encenação de Abujamra, em 1966; O Versátil Mr. Sloane, de Joe Orton, tendo Antônio Ghigonetto como diretor, em 1967; e Lisístrata, de Aristófanes, encenação de Maurice Vaneau, em 1968.
Em 1966, produz, no Rio de Janeiro, Júlio Cesar, de William Shakespeare, uma tradução do então governador Carlos Lacerda, empreendimento que gera animosidade da classe artística. O fracasso retumbante da encenação, dirigida por Antunes Filho, agrava a tensão entre a empresária e alguns setores artísticos.
Uma iniciativa ousada segue-se, em 1968, com a vinda para o Brasil do franco-argentino Victor Garcia, convidado para a montagem de Cemitério de Automóveis, adaptação do próprio Garcia para a obra de Fernando Arrabal, encenada anteriormente em Dijon, 1966; e em Paris, 1968, ambos na França. Uma antiga garagem na Rua 13 de Maio é totalmente remodelada e a encenação, de uma beleza visceral e chocante, destaca Ruth como atriz e produtora de grande projeção.
Seu prestígio aumenta, em 1969, com a produção de O Balcão, de Jean Genet, deslumbrante encenação de Victor Garcia cenografada por Wladimir Pereira Cardoso. A produção arrebata todos os prêmios importantes do ano e Ruth é agraciada com o troféu Roquette Pinto para a personalidade do ano.
Novas polêmicas cercam-na com as produções de Missa Leiga, de Chico de Assis, com direção de Ademar Guerra, em 1972, proibida de utilizar a Igreja da Consolação como palco e montada numa fábrica; e A Viagem, adaptação cênica do poema Lusíadas, de Luís de Camões, por Carlos Queiroz Telles, cuja estréia conta com a presença do primeiro ministro de Portugal, Marcelo Caetano.
Nos anos subseqüentes, fica à frente do Centro Latino-Americano de Criatividade, projeto abortado por falta de recursos, bem como centraliza no seu teatro importantes manifestações contra o regime militar, inclusive a fundação do Comitê da Anistia Internacional.
Com o 1º Festival Internacional de Teatro em 1974, dá outro passo ambicioso: apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção cênica mundial. A cidade pode conhecer, entre outros, o trabalho de Bob Wilson (Time and Life of Joseph Stalin, que a Censura obriga a mudar para Time and Life of David Clark), a excepcional criação de Yerma, de Victor Garcia, com Nuria Espert; além dos encenadores Andrei Serban e Jerzy Grotowski.
Em 1974, centraliza a produção para circuito internacional de Autos Sacramentales, encenação de Victor Garcia baseada em Calderón de la Barca. Estreado em Shiraz, Pérsia, a realização triunfa na Bienal de Veneza, Itália, em Londres e em Portugal.
Em 1976, outro projeto de fôlego - a Feira Brasileira de Opinião - reúne textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas é interditado pela Censura, o que a obriga a arcar com os prejuízos da montagem em andamento.
No 2º Festival Internacional, de 1976, chegam ao país o grupo catalão Els Joglars, com Allias Serralonga; os City Players, do Irã, com uma inusitada montagem de Calígula, de Albert Camus; a companhia Hamada Zenya Gekijo, do Japão; o grupo G. Belli, da Itália, com Pranzo di Famiglia, dirigida por Tinto Brass, entre outros.
Em 1977, Ruth Escobar resolve voltar à cena. Para interpretar a exasperada Ilídia de A Torre de Babel, traz a São Paulo o autor Fernando Arrabal para dirigi-la. Produz A Revista do Henfil, de Henfil e Oswaldo Mendes, sob a direção de Ademar Guerra, em 1978; no ano seguinte, volta à cena em Caixa de Cimento, encenação do franco-uruguaio Juan Uviedo cheia de equívocos; ainda em 1979, produz Fábrica de Chocolate, texto de Mario Prata que aborda a tortura.
Entre as grandes atrações do 3º Festival Internacional, em 1981, estão o grupo norte-americano Mabu Mines; o belga Plan K; o La Cuadra, de Sevilla; além do uruguaio Galpón e do português A. Comuna.
Nos anos 80, afasta-se parcialmente do teatro; é eleita deputada estadual para duas legislaturas e dedica-se a projetos comunitários.
Em 1994, volta aos festivais internacionais, agora mais discretos, porém ampliando sua abrangência ao trazer grupos de teatro, de dança, de formas animadas ou que unem todas essas linguagens em uma manifestação híbrida, como o Aboriginal Islander Dance Theatre; o Bread and Puppet; o Cricot 2; os Dervixes Dançantes. A quinta edição, de 1995, acentua a forte tendência à diversificação ao trazer para o país a dança de Carlota Ikeda e o grupo japonês Dumb Type, o russo Levdodine com Gaudeamus, e Michell Picolli, entre outros. Em 1996, Phillipe Decoufflé; o grupo Dong Gong Xi Gong, de Taiwan; e Joseph Nadg são os destaques da 6ª edição.
O 7º Festival Internacional é dedicado à Ásia, em 1997, com grupos étnicos de diversos países, inclusive uma Ópera de Pequim; e a oitava edição, de 1999, centra-se na cultura cigana.
Em 1987, Ruth Escobar lança Maria Ruth - Uma Autobiografia, contando parte da sua trajetória, na qual a produção cultural se mescla, de modo indissolúvel, à sua atuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.
Em 1990, retorna aos palcos, numa encenação de Gabriel Villela, de Relações Perigosas, de Heiner Müller.
A crítica e ensaísta Ilka Marinho Zanotto, ao analisar sua importância na cena artística brasileira, observa: "Se quiséssemos traçar a evolução do teatro brasileiro no século XX (...) teríamos forçosamente de incluir entre os cumes de suas realizações a trajetória polêmica da atriz-empresária Ruth Escobar. Marcada pelo signo do inconformismo, pelo faro do verdadeiramente artístico e do anticonvencional e pela ousadia das avalanches que, uma vez traçado o rumo, chegam ao seu destino - o vale - a qualquer custo, Ruth Escobar marcou a cena brasileira com o carimbo indelével de sua personalidade. Talhada para as empresas aparentemente impossíveis... Promove debates em tempo de ditadura, leituras de peças proibidas com ameaças de bombas e de invasão à porta, passeatas de protesto. Invade gabinetes de ministros de Estado e de censores e, de peito aberto, vai várias vezes à praça pública clamar pelos direitos pisoteados do teatro. (...) Promotora incansável de tantas obras fascinantes, não se pode negar ao seu teatro o lugar privilegiado que soube conquistar nada tranqüilamente na história da arte brasileira".1
Notas
1. ZANOTTO, Ilka Marinho. Depoimento. In: FERNANDES, Rofran. Teatro Ruth Escobar: 20 anos de resistência. São Paulo: Global, 1985.
Conheça o site do Teatro que leva o nome dessa grande artista
7.8.07
Lobão demoliendo hoteles
Com a bandeira estropiada do rock, ele apagou as cicatrizes da fome, renegando com sangue os tapetes sedentos do show business. Depois, no enterro de sua geração, optou pela lua, e demoliu em segredo mais de mil quartos de hotel. Hoje, tão jovem e tão velho, Lobão é um bicho sem nome. Sem lua. E sem fome. Hooooowl! – Like a rolling stone! Uma boa notícia: Lobão acaba de acordar. Outra boa notícia: Lobão não quebrou o quarto durante a madrugada. Uma terceira boa notícia: Lobão nos espera às dez... Da manhã? "Sou um cara que dorme muito pouco, aí. Vou dormir às duas e acordo às quatro! Quatro e meia eu já tô trabalhando!" Pois bem, uma última notícia: teremos apenas alguns minutos em sua companhia, pois, como fomos informados, a "estrela" anda muito ocupada em fazer brilhar o seu último álbum, o contraditório e ameaçador "Acústico MTV".Dá nada! Nove da matina, e já estamos no bar do hotel. Entre garrafas de cerveja e um cigarro infinito na boca, espero, junto com os poetas Marcelo Noah e Diego Petrarca, pelo gigante João Luís Woerdenbag Filho, que veio a Porto Alegre para uma série de intervenções midiáticas na imprensa fecal. Faz frio na província, e a ansiedade do encontro nos impele a uma acalorada discussão: o rock brasileiro, ao contrário do argentino, que "todavía sigue demoliendo hoteles", teria, de uma vez por todas, optado pela inocência e pelo bom comportamento?Abrem-se as portas do elevador. Dez em ponto. Surge uma descomunal e macilenta figura, espécie de "Dom Quixote anti-tropicalista", com cara de mau e coração caolho. Erguemos os copos, e brindamos à sua "mala salud"! Lobão logo toma acento entre os convivas, engole a primeira cerveja, sem fumar, e sorri desconfiado ante o nosso nonsense. Eu inicio a entrevista:– Lobão, ¿nice boys don't play rock and roll?– Cara, pra mim, garotos bons são feitos pra tocar pagode! O rock brasileiro é muito Teletubbie, aí! Olha os Los Hermanos, por exemplo: uma merda! A parada aqui no Brasil é muito suavizada, tá entendendo? A gente fala que a MPB é bunda-mole, e tal... Mas o rock é muito mais! Tanto que a rapaziada fala por aí que eu sou meio anárquico... Mas, porra! Eu faço apenas o que qualquer pessoa normal deveria fazer! Não faço fofoca, caralho! Só dou minhas opiniões! Mas é que no país da fofoca, ter opinião é tabu!Lobão está às gargalhadas. Afinal, como disse Fernando Pessoa, "ter uma opinião é estar vendido a si mesmo; não ter opiniões é viver; ter todas as opiniões é ser poeta". E Lobão, definitivamente, é um poeta. Acendo outro cigarro, e "me acuerdo" do roqueiro espanhol Joaquín Sabina: "O único compromisso do artista é trair o seu público". Lobão parece se iluminar:– Claro! No disco "A vida é doce" eu tenho uma frase que é assim: "Ser traidor do seu próprio reino, ser traidor do seu próprio sexo, ser traidor do seu próprio meio". Quer dizer, eu sempre traí, tá entendendo? E isso é o que me salva! Pô, a contradição é a mãe da inteligência, cumpádi! E eu tô cagando um balde pra tudo isso!– ¡Caralho, Lobão! ¡Tu fala mal do Caetano mas no fundo tu é tropicalista, cara!– Claro que não, porra! Nunca fui! Tá me achando com cara de hippie retardatário? Puta que pariu! Odeio mulher de sovaco cabeludo e beijo na boca de quem eu não conheço! O tropicalismo é um atraso, rapá! Olha os Doces Bárbaros, em 76: todo mundo com cabelo no sovaco, pô... E já tava rolando aquele punk... Sex Pistols! The Clash! E os caras achando que tavam na vanguarda... Aquilo era a retaguarda da retaguarda! Uma merda! Não consigo extrair praticamente nada do que eles falavam!Vejo que o cigarro morreu solitário entre os dedos, sem que eu desse uma só tragada. Mesmo assim, uma frase caetânica insiste em latejar na minha cabeça: "A verdadeira Bahia é o Rio Grande do Sul". Dou uma firme puxada no filtro, e percebo que Lobão, de fato, é o cara! Afinal de contas, ele representa tudo aquilo que Vitor Ramil sempre quis ser, mas não conseguiu, devido ao excesso de caracteres:– ¿O que tu acha da cultura do Rio Grande do Sul?– Cara, eu acho que o mais legal da cultura daqui é o rock and roll, pô! Bicho da Seda, Liverpool Sound, do caralho! E outra: se tem algo espetacular rolando atualmente é a Cachorro Grande! Pra mim, a Cachorro Grande faz parte do Panteon da música popular brasileira, tá entendendo? Chico Buarque, Caetano Veloso e Cachorro Grande! Eu, João Gilberto e Cachorro Grande! Caralho! Tá na hora da rapaziada promiscuir esses medalhões intocáveis! Temos que subverter essa merda de sacralização da MPB!– ¿E o que tu vê na Cachorro Grande como informação nova no rock?– A performance mortal! Acho que eles fazem a performance mais mortal que eu já vi no rock brasileiro, desde os Mutantes!Chegam mais cervejas. E em meio a tanta "mortalidade", acendo outro cigarro, enquanto observo Diego Petrarca evocar a figura de Julio Barroso. Lobão vibra ao ouvir o nome de seu maior parceiro, "suicidado" misteriosamente em 84.– Ah, grande Julião! Pô, no dia em que ele morreu, eu e o Cazuza cheiramos um puta carreirão em cima do túmulo dele, em pleno velório, lá no Cemitério do Caju! Eu cheguei pro Barrosão, o pai, e falei: "Libera aí que a gente tem uma pequena homenagem pro garoto". Então a galera caiu fora, e a gente estendeu ali mesmo, naquele vidrinho do caixão, bem em cima da narina do Julio!– ¿E qual a importância do Julio pra tua formação?– Porra! Ele é o meu mentor, cara! Todo esse papo de "ruptura com a MPB", e tal, tudo isso veio dele! Ele era um louco maravilhoso! Manjava muito de Marcel Duchamp, tá sabendo? E era todo desdentado! E o pior é que se orgulhava disso! Ele dizia: "Pô, quebrei chorando pelo Lennon..." Porra! Tava tomando cachaça! Não conseguiu segurar a cabeça e deu de cara no chão! O Julio era um cara muito louco, aí! Do caralho! Era o tipo de malandro que comia aeromoça no banheiro do avião, tá entendendo? Um gênio de verdade! E, pô, a perda desse cara foi a maior dor que eu tive na minha vida...Seguimos conversando sobre a morte. Lobão parece emocionado. Conta histórias e mais histórias sobre Julio Barroso, sobre as canções feitas em parceria, como a fantástica "Corações psicodélicos", sempre oscilando entre o choro e a gargalhada. Eu interrompo pra perguntar:– ¡E tu, Lobão! ¿Quantas vezes tu já morreu?Lobão sorri cinicamente:– Olha, cara, toda vez que eu fecho um ciclo eu morro. Minha sorte é que ainda consigo renascer! Mas, olha, me lembro de duas mortes especiais... A primeira foi por volta de 75, época em que eu tocava bateria no Vímana, minha primeira banda. Foi quando eu conheci o maluco do Patrick Moraz, que recém tinha saído do Yes. Ele passou um ano aqui no Brasil querendo entrar pro Vímana e fazer uma banda de rock progressivo pra concorrer com o Yes lá fora. E, pô, a gente tava envolvido nesse projeto... Até que um dia o cara chega da Inglaterra com uma sacolinha da Stuff Records, e fala assim: "Olha, rapaziada, pra mim encerrou", e joga em cima da gente os discos do Sex Pistols, The Clash, Elvis Costello, e mais uma porrada de bandas de ska! Caralho! Tudo aquilo tinha acabado de estourar na Inglaterra! Era a quebra do paradigma do rock progressivo, tá entendendo? O fim de toda aquela baboseira "paz e amor"... E, pô, aquilo tudo caiu como uma bomba na minha cabeça!– ¿E a segunda morte?– A segunda veio logo depois... Porque daí eu pensei: "Agora vou ter que me reinventar". Só que eu tava muito deprimido na época, porque eu tinha casado com a mulher do Patrick... E, pô, ela era muito possessiva, muito ciumenta, e não me deixava trabalhar, tá entendendo? Eu tava me sentindo em cárcere privado, e não sabia o que fazer pra cair fora. Aí um dia o Arnaldo Baptista foi lá em casa, e disse assim: "Vamos fazer uma banda". Ele já tava bem pirado na época! Então a gente montou um trio: ele no teclado, eu na bateria, e o Arnaldo Brandão, que era do Hanoi-Hanoi, no baixo. Aí logo rolou a idéia de sair pra tocar pelo Brasil, com a Combi do Arnaldo Baptista! Então chamei a minha mulher, contei a parada, mas ela não gostou muito... Ficou puta da cara! E, pô, eu tava muito dependente dela, aí... E fiquei muito louco com esse lance! Então a gente acabou quebrando o pau, tá entendendo? Fiquei puto, a gente brigou, e ela saiu pra trabalhar... Daí eu pensei: "Sabe duma coisa, vou me matar!" Engoli uns quinhentos comprimidos, enfiei um litro de uísque por cima, e telefonei pro Arnaldo Baptista: "Cara, vem pra cá! Vamos ensaiar!" Dez minutos depois, chega a Combi do Arnaldo. Eu já meio tonto... E quando a gente começou a tocar, caí duro, na hora! Fui acordar só trinta dias depois, rapá! Aí fiquei sabendo que o Arnaldo Baptista tinha me salvado, chamado a ambulância, porque o puto do Brandão tinha caído fora, todo cagado! E o mais louco é que algumas semanas depois, o Arnaldo Baptista entrou em crise psicótica, foi internado e também tentou se matar!Mais uma rodada de cervejas, e agora estamos sem crivo. Percebo que Lobão, de fato, aprecia o discurso sobre a morte. Mas, contraditoriamente, como diz Marcelo Noah, quando resolve escrever sobre a vida, acaba sempre compondo um clássico:- Lobão, "A vida é doce", "Vida bandida" e, principalmente, "Vida louca, vida"... ¿Como tu te sente sendo o cara que compôs a grande música do nosso maior poeta do rock, o Cazuza?– Pô, na real quem fez essa música foi o Bernardo Vilhena... Eu fiz apenas o refrão...– ¿Apenas?– Sim... E "Vida bandida" também foi ele que fez... Eu só dei uma mexida na letra... Pô, é que na época eu tinha muita preguiça mental, tá entendendo? E ainda tenho! Foi só a partir do meu disco "Nostalgia da modernidade" que eu me tornei um autor integral... Mas sobre o Cazuza, porra, eu nunca ouvia as músicas que a gente fazia em parceria, não! Eu me recusava a escutar, porque achava que ficavam muito ruins. As produções do Cazuza sempre foram uma merda! E, cara, acho que nunca ouvi um disco do Cazuza, tá sabendo? A real é que eu nunca ouvi nenhum disco brasileiro que não fosse o meu! Eu só ouvia no rádio, e dizia: "Uma merda! Uma merda!"– ¿E tu falava isso pro Cazuza?– Claro! Eu era mais velho, pô! Já queimei muita música do Cazuza só porque ele era um garotinho mimado! Eu falava: "Seu careca de merda, isso tá uma bosta!" E ele adorava! Porque, pô, eu era o único que não tinha piedade, tá entendendo?– ¿E na época, o que tu achou da saída dele do Barão?– Achei certo, pô! Isso é um lance natural... Eu mesmo tinha sido expulso d' Os Ronaldos... E por mau comportamento!– Falando em mau comportamento, ¿como foi aquela história que tu dormiu no tribunal?– Não dormi, cara, foi pior ainda... Eu fingi que tava dormindo! Foi assim: o meu advogado tinha subornado o juiz com umas caixas de uísque, e tal... E, porra! Eu era primário, e tinha sido preso com um galho de maconha! Pô, qualé? Era ridículo! Levei 132 processos por causa disso! Fui perseguido por quase dois anos! Tinha que andar sempre com advogado, hábeas corpus na mão, porque eu era preso toda hora, tá entendendo? Porra! Então fui lá pro julgamento, sabendo que eu tinha cometido apenas uma contravenção, e não um crime, e que a pena máxima pra isso é um ano, com direito a sursis... Quer dizer, um ano com liberdade total. Aí eu entro no tribunal, sento, e o juiz pergunta: "O senhor está arrependido?" E eu respondo: "Não, não tô arrependido! E não admito tutela do Estado, valeu?" Porra! Daí o cara já ficou puto! E sabe o que ele fez pra me provocar? Chamou o policial que tinha me conduzido do aeroporto até o tribunal, e disse assim, na frente de todo mundo: "Veja só, Fulaninho, eu tenho uma sobrinha que tá chegando de Amsterdam, e ela tá cheia de muamba... Ela tá vindo em tal e tal vôo, e eu quero que você vá até lá liberar essa muamba". Caralho! Quando eu ouvi isso, comecei a gargalhar de ódio! E gritei: "Ah, essa é ótima!" Então o juiz me olhou, e disse: "O que o senhor está falando?" E eu: "Perdão, Excelência, é que eu tava cochilando, e tive um sonho alucinante... O senhor me perdoe". Caralho! Aí ele ficou puto de vez! Olhou pro escrivão, e mandou assim: "O réu não somente tem má personalidade... O réu tem péssima personalidade". Puta que pariu! Daí eu falei: "Pô, além de ser um mau juiz, o cara é um péssimo psicólogo, aí!" E fudi com ele! Na mesma hora, entraram dois caras com as algemas, e me levaram direto pro presídio!Lobão agora está em pé, e gesticula aleatoriamente, como um verdadeiro "demônio da aurora"! Penso na crítica musical brasileira, e entendo por que nenhum desses imbecis tem a coragem de dizer, nas fuças do homem, que ele "se vendeu pro sistema".– ¿E como foi essa temporada em cana?– Pô, eu virei mascote do Comando Vermelho, aí! Tive até aula de tiro! Fiquei três meses por lá, fiz muitas amizades... Organizei o pessoal, tá entendendo? Descolei várias reformas pra parada! E, pô, no meio da marginália eu era maior autoridade, aí!– ¿E por que tu desistiu de influenciar politicamente a bandidagem?– Pô, é que no fundo aqueles caras são uns playboy, tá entendendo? Um monte de playboy, aí! Eles querem é ter carrão e comer criancinha! E eu não quero saber disso não! É muita maldade, cara! Tô fora! E falo isso porque conheci bem a parada... Cheguei até a dar tiro lá no Morro da Mangueira! Caralho, cumpádi! Foi muito louco! Rolou que eu tava lá, doido pra cacete, dezesseis dias sem dormir, e chega um helicóptero da polícia! Aí o bicho pegou! E, pô, eles tinham um puta arsenal lá no morro, tá sabendo? Tinha até bazuca, rapá! E os caras me diziam: "Lobão, vai pra baixo da mesa que tu vai ser o último a morrer!" E eu, cheiradaço pra caralho, respondia: "Que nada! Me dá um três-oitão aí que eu vou meter bala também!"Neste momento, somos interrompidos por uma sexy e graciosa voz feminina: "Pessoal, o Lobão tem que ir pro Jornal do Almoço", informa a produtora. Tudo bem, já estamos satisfeitos. Engulo o resto quente da última cerveja, e iniciamos as despedidas. Lobão está eufórico, ainda sob o efeito do Morro da Mangueira. Sinto o peso do trago, e a tontura me leva a pensar em Paulo Leminski: "O rock é um tipo de música feito por incompetentes para os inconformados". Retomo a consciência, e logo percebo que o cara já tá caindo fora: "Olha, rapaziada, eu já me diverti muito nessa vida!", ainda diz, antes de desaparecer pela porta giratória do hotel.Olho pro cinzeiro: atrolhado de baganas... De repente, volto a ser surpreendido pela voz grave do bandido: "Olha, rapá, voltei só pra te avisar! Não vai escrever nessa porra de revista que eu quebrei o quarto do hotel não, valeu? Mas, seguinte: se tivesse piscina aqui nessa parada, podicrê que eu teria me atirado pela janela, que nem o Charly García, aí!"
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