UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!
* Por Fred
* Por Fred
Você sabe o que é o Fórum Social Mundial? Não? Saiba que ele inaugurou de fato o século 21, ao alertar os tecnocratas da economia que existe vida além das regras expostas por eles e que outro mundo é possível.
A edição deste ano que aconteceu em janeiro, é de difícil compreensão para quem dele não tenha participado, pelo menos uma vez.
A imprensa, em sua maioria, sempre o tratou com desdém, imaginando ele ser um espaço, somente de partidos de esquerda, sindicatos e organizações não governamentais. Mas o Fórum é muito mais, é um processo que deve ser chamado de “Reinvenção do Futuro”.
Ao final do século 20, as utopias se encontravam estagnadas, na UTI da história. Imperava no mundo o pensamento único. O conceito de cidadania foi trocado pelo de consumidor e os mercados, sobretudo financeiros, foram alçados a uma suposta condição de panacéia universal para os males do Planeta.
A OMC (organização mundial de comércio) passou a ONU (Organização das Nações Unidas) para trás. Nesse clima de desconforto endêmico, algumas Ongs, como a Ação pela tributação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos (ATTAC), com presença forte na Europa e América Latina e a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), entre outras, tomaram a iniciativa de chamar um Fórum que reunisse correntes de pensamentos alternativos e controlado por essas organizações.
Como sedes para reunião de tal natureza escolheram a cidade de Porto Alegre-RS. A cidade era governada por uma administração popular e havia colocado em prática políticas sociais consideradas exemplares por organismos internacionais. Assim, em janeiro de 2001, simultaneamente ao Fórum de Davos (Suíça), ocorria a primeira edição do Fórum Social Mundial (FSM).
A maior parte da imprensa brasileira o ignorou solenemente. Mas a surpresa foi enorme. Esperavam-se cinco mil pessoas – compareceram 20 mil delegados, além de 700 jornalistas do mundo inteiro. O FSM foi a “Descoberta de que não estávamos sozinhos”.
Na segunda edição, apareceram mais de 60 mil pessoas. Realizou-se uma tensa discussão via satélite entre Davos e o Fórum de Porto Alegre.
O lema do FSM “Um Outro Mundo é Possível” ganhou visibilidade planetária.
A terceira edição do FSM, em janeiro de 2003, atraiu mais de 100 mil pessoas. Sua abertura teve uma marcha pela paz e sem se tornar um organismo partidário, se politizou mais e mais.
A quarta edição, em Mumbai, na Índia, novamente com mais de 100 mil pessoas, ganhou em expressividade popular e abriu novos espaços pelo mundo na área social.
Em janeiro de 2005, quando o Fórum retornou a Porto Alegre, 250 mil pessoas tomaram a cidade.
A sexta edição, em janeiro de 2006, teve três partes. A primeira em Bamako, no Mali (África). A segunda mais concorrida em Caracas, na Venezuela, e a terceira em Karashi, no Paquistão. Agora, a sétima edição vai para Nairóbi, onde os temas africanos, notadamente os da fome, das guerras locais e da permanência de traços colonialistas e imperialistas, subirão a primeiro plano.
Em todos esses fóruns não há uma assembléia deliberativa, mas há declarações de inúmeras organizações, de todos os campos de atuação, que passaram a definir grandes orientações e balizas para as lutas internacionais em favor de um outro mundo possível. O FSM reabriu o futuro para o diálogo.
Fred escritor/jornalista MTB 46.265
A edição deste ano que aconteceu em janeiro, é de difícil compreensão para quem dele não tenha participado, pelo menos uma vez.
A imprensa, em sua maioria, sempre o tratou com desdém, imaginando ele ser um espaço, somente de partidos de esquerda, sindicatos e organizações não governamentais. Mas o Fórum é muito mais, é um processo que deve ser chamado de “Reinvenção do Futuro”.
Ao final do século 20, as utopias se encontravam estagnadas, na UTI da história. Imperava no mundo o pensamento único. O conceito de cidadania foi trocado pelo de consumidor e os mercados, sobretudo financeiros, foram alçados a uma suposta condição de panacéia universal para os males do Planeta.
A OMC (organização mundial de comércio) passou a ONU (Organização das Nações Unidas) para trás. Nesse clima de desconforto endêmico, algumas Ongs, como a Ação pela tributação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos (ATTAC), com presença forte na Europa e América Latina e a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), entre outras, tomaram a iniciativa de chamar um Fórum que reunisse correntes de pensamentos alternativos e controlado por essas organizações.
Como sedes para reunião de tal natureza escolheram a cidade de Porto Alegre-RS. A cidade era governada por uma administração popular e havia colocado em prática políticas sociais consideradas exemplares por organismos internacionais. Assim, em janeiro de 2001, simultaneamente ao Fórum de Davos (Suíça), ocorria a primeira edição do Fórum Social Mundial (FSM).
A maior parte da imprensa brasileira o ignorou solenemente. Mas a surpresa foi enorme. Esperavam-se cinco mil pessoas – compareceram 20 mil delegados, além de 700 jornalistas do mundo inteiro. O FSM foi a “Descoberta de que não estávamos sozinhos”.
Na segunda edição, apareceram mais de 60 mil pessoas. Realizou-se uma tensa discussão via satélite entre Davos e o Fórum de Porto Alegre.
O lema do FSM “Um Outro Mundo é Possível” ganhou visibilidade planetária.
A terceira edição do FSM, em janeiro de 2003, atraiu mais de 100 mil pessoas. Sua abertura teve uma marcha pela paz e sem se tornar um organismo partidário, se politizou mais e mais.
A quarta edição, em Mumbai, na Índia, novamente com mais de 100 mil pessoas, ganhou em expressividade popular e abriu novos espaços pelo mundo na área social.
Em janeiro de 2005, quando o Fórum retornou a Porto Alegre, 250 mil pessoas tomaram a cidade.
A sexta edição, em janeiro de 2006, teve três partes. A primeira em Bamako, no Mali (África). A segunda mais concorrida em Caracas, na Venezuela, e a terceira em Karashi, no Paquistão. Agora, a sétima edição vai para Nairóbi, onde os temas africanos, notadamente os da fome, das guerras locais e da permanência de traços colonialistas e imperialistas, subirão a primeiro plano.
Em todos esses fóruns não há uma assembléia deliberativa, mas há declarações de inúmeras organizações, de todos os campos de atuação, que passaram a definir grandes orientações e balizas para as lutas internacionais em favor de um outro mundo possível. O FSM reabriu o futuro para o diálogo.
Fred escritor/jornalista MTB 46.265
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