Aquecimento global já é realidade no Brasil |
Nosso país dá exemplo usando fontes energéticas renováveis, mas, quando desmata a Amazônia, libera carbono no ar e fica em quarto lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa.
O Brasil é vítima e vilão do aquecimento global. O mesmo país que dá um exemplo para o mundo usando fontes energéticas renováveis, como as hidrelétricas, o álcool e o biodiesel, ainda carece de investimentos na geração eólica e solar e, quando desmata e queima a Amazônia, libera tanto carbono na atmosfera que assume o constrangedor quarto lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa.
No último século, a temperatura do planeta já subiu 0,6º C e, nos próximos cem anos, o aumento pode chegar entre 1,4º C e 5,8º C, dependendo do que for feito para “descarbonizar” a atmosfera. Limites mais rígidos às emissões terão que ser negociados e cumpridos já no segundo período do Protocolo de Kyoto, após 2012.
O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país faz a sua parte investindo em energias renováveis. No entanto, a gravidade do problema impõe uma mudança de posição política interna e externa. Ao invés de incentivar tanto o avanço do agronegócio, que vem destruindo de forma assustadora a Amazônia, a conservação da maior floresta tropical do mundo precisa ser a grande prioridade nacional, pois a sua perda altera o clima no Brasil, no mundo e propicia um maior aquecimento global.
Para documentar os problemas que o aquecimento global já provoca no Brasil, o Greenpeace percorreu o país – de Norte à Sul – para documentar os impactos do do aumento de temperatura e as principais vulnerabilidades regionais. Dezenas de entrevistas foram realizadas com vítimas dos fenômenos climáticos extremos, cada vez mais intensos e freqüentes, e com cientistas que estudam as causas e conseqüências do aumento da temperatura na Terra. Esses depoimentos e uma extensa pesquisa e m artigos científicos publicados recentemente são a base do relatório e do documentário “Mudanças do clima, mudanças de vidas”, lançado no dia 23 de agosto. O objetivo da campanha é mobilizar a sociedade brasileira para reverter o principal problema ambiental do século 21 com ações imediatas e eficientes dentro e fora do território brasileiro.
Apesar de já conviver com os efeitos do aquecimento global, o Brasil ainda não tem um levantamento das vulnerabilidades regionais e setoriais, e nem planos de adaptação aos riscos e de mitigação das causas das mudanças climáticas.
No Brasil, o aquecimento global ainda é visto mais como uma oportunidade de negócios do que como um risco real e presente às comunidades pobres mais vulneráveis no campo, nas áreas urbanas, na Caatinga e no interior da Amazônia. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, instrumento previsto pelo Protocolo de Kyoto, é importante para incentivar projetos ambientais que retirem gases como o CO2 e o metano da atmosfera, mas é insuficiente, por si só, para reverter o problema.
Se as emissões fossem estabilizadas nos níveis de hoje, a temperatura continuaria subindo por dezenas de anos. Um esforço hercúleo terá que ser feito pelos países industrializados, os principais poluidores, mas também pelo Brasil, que precisa assumir a sua responsabilidade como quarto maior emissor de gases estufa do planeta e adotar medidas para se adaptar e reverter o aquecimento global. Precisamos atingir essas metas antes que o temível marco dos 2º C de aquecimento se transforme em realidade. Depois desse marco, os cientistas prevêem cenários catastróficos, com efeitos devastadores para várias regiões do globo, inclusive para a Amazônia e outros pontos do Brasil. Temos pouco tempo e muito a fazer. Apenas com a conscientização de todos, governos, indústrias, cidadãos, conseguiremos vencer o que já se caracteriza como o maior desafio de nossa era.
No último século, a temperatura do planeta já subiu 0,6º C e, nos próximos cem anos, o aumento pode chegar entre 1,4º C e 5,8º C, dependendo do que for feito para “descarbonizar” a atmosfera. Limites mais rígidos às emissões terão que ser negociados e cumpridos já no segundo período do Protocolo de Kyoto, após 2012.
O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país faz a sua parte investindo em energias renováveis. No entanto, a gravidade do problema impõe uma mudança de posição política interna e externa. Ao invés de incentivar tanto o avanço do agronegócio, que vem destruindo de forma assustadora a Amazônia, a conservação da maior floresta tropical do mundo precisa ser a grande prioridade nacional, pois a sua perda altera o clima no Brasil, no mundo e propicia um maior aquecimento global.
Para documentar os problemas que o aquecimento global já provoca no Brasil, o Greenpeace percorreu o país – de Norte à Sul – para documentar os impactos do do aumento de temperatura e as principais vulnerabilidades regionais. Dezenas de entrevistas foram realizadas com vítimas dos fenômenos climáticos extremos, cada vez mais intensos e freqüentes, e com cientistas que estudam as causas e conseqüências do aumento da temperatura na Terra. Esses depoimentos e uma extensa pesquisa e m artigos científicos publicados recentemente são a base do relatório e do documentário “Mudanças do clima, mudanças de vidas”, lançado no dia 23 de agosto. O objetivo da campanha é mobilizar a sociedade brasileira para reverter o principal problema ambiental do século 21 com ações imediatas e eficientes dentro e fora do território brasileiro.
Apesar de já conviver com os efeitos do aquecimento global, o Brasil ainda não tem um levantamento das vulnerabilidades regionais e setoriais, e nem planos de adaptação aos riscos e de mitigação das causas das mudanças climáticas.
No Brasil, o aquecimento global ainda é visto mais como uma oportunidade de negócios do que como um risco real e presente às comunidades pobres mais vulneráveis no campo, nas áreas urbanas, na Caatinga e no interior da Amazônia. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, instrumento previsto pelo Protocolo de Kyoto, é importante para incentivar projetos ambientais que retirem gases como o CO2 e o metano da atmosfera, mas é insuficiente, por si só, para reverter o problema.
Se as emissões fossem estabilizadas nos níveis de hoje, a temperatura continuaria subindo por dezenas de anos. Um esforço hercúleo terá que ser feito pelos países industrializados, os principais poluidores, mas também pelo Brasil, que precisa assumir a sua responsabilidade como quarto maior emissor de gases estufa do planeta e adotar medidas para se adaptar e reverter o aquecimento global. Precisamos atingir essas metas antes que o temível marco dos 2º C de aquecimento se transforme em realidade. Depois desse marco, os cientistas prevêem cenários catastróficos, com efeitos devastadores para várias regiões do globo, inclusive para a Amazônia e outros pontos do Brasil. Temos pouco tempo e muito a fazer. Apenas com a conscientização de todos, governos, indústrias, cidadãos, conseguiremos vencer o que já se caracteriza como o maior desafio de nossa era.
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