17.9.07

Nouvelle Vague faz o público levantar das cadeiras em São Paulo

Foi preciso apenas meia-hora de apresentação para que o Nouvelle Vague fizesse o público paulista levantar dos assentos e dançar as suas versões para clássicos dos anos 80. O show quente e bastante animado que aconteceu na noite de ontem no teatro do SESC Pinheiros foi a primeira de três apresentações que a banda francesa faz no Brasil esta semana. O grupo passa hoje pelo Rio de Janeiro e no sábado participa do festival No Ar Coquetel Molotov, em Recife.
Formado por quatro músicos excelentes (com destaque especial para o baterista), a banda passeou pelos mais diversos estilos, transitando com naturalidade do blues aos ritmos latinos. Quase sempre mais pesadas ao vivo do que em disco, as suas leituras de “Killing Moon” (Echo and the Bunnymen), “Blue Monday” (New Order) e “Bela Lugosi’s Dead” (Bauhaus) foram do sombrio ao doce. O clima forte de cabaret ficou por conta de “Heart of Glass” (Blondie) e "Dancing With Myself" (Billy Idol).
A dupla de cantoras é um espetáculo à parte. Bastante performáticas, Mélanie Pain e Phoebe Killdeer se provocam e se completam, hipnotizando o público. A primeira, meiga e com voz pequena e sussurrada, enche as canções mais calmas de beleza, enquanto Phoebe, de olhar afiado, pernas desafiadoras e voz perigosa, toma conta das músicas mais arriscadas e serpenteia sua voz como quem lança um desafio. Em “Too Drunk to Fuck” (Dead Kennedys), ela se jogou no chão e correu pelo teatro incendiando os mil fãs presentes que esgotaram os ingressos em poucos dias.
O clima de festa durou cerca de uma hora e meia. Coros, palmas e danças explodiam a todo momento e a banda não conseguia deixar o palco. “Just Can’t Get Enough”, do Depeche Mode, só veio depois de muita insistência da platéia e encerrou a apresentação.
Ainda há ingressos para as apresentações que o Nouvelle Vague faz no Brasil hoje e amanhã.

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