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Considerado por muito tempo infilmável, o best-seller 'Perfume', de Patrick Suskind, chega às telas nesta sexta-feira na forma de uma grande produção que se sai razoavelmente bem na difícil tarefa de mostrar o mundo dos odores e do olfato no cinema.
'Perfume -- História de um assassino', de Tom Tykwer, com orçamento estimado em mais de 60 milhões de dólares, traz a história movimentada de Jean-Baptiste Grenouille, um homem cujo olfato superaguçado faz com que ele se torne um assassino em série.
Grenouille, interpretado pelo novato Ben Whishaw, nasce num mercado de peixe em Paris em 1738. Sobrevive à tentativa de infanticídio por parte da mãe (que é executada por isso), às agressões dos colegas no orfanato e à infância marcada pelo trabalho infantil.
Seu único prazer é explorar Paris, principalmente com seu nariz, que tem uma capacidade singular de detectar nuances nos odores. Acaba chegando à casa de Baldini (Dustin Hoffman), um perfumista experiente que percebe a proeza do olfato do jovem e começa a cuidar dele, ensinando-lhe a arte de fazer óleos, essências e fragrâncias.
O rapaz começa a dar mostras de seu comportamento quando tenta destilar um gato. Antes, já havia matado uma moça sem querer, ao tentar mantê-la quieta, e descoberto os cheiros intoxicantes do corpo de uma mulher.
Ele vai para a cidade de Grasse, a capital mundial dos perfumes, e tem uma experiência mística, na qual percebe que seu corpo não tem um cheiro específico. O filme assume então o ritmo de um thriller, enquanto o protagonista tenta criar seu perfume final, uma junção de odores retirados das mulheres que ele persegue e mata.
O desfecho pode soar forçado, mas Tykwer só está seguindo a trama original do livro de 1985. A adaptação, num roteiro de Andrew Birkin e produzida por Bernd Eichinger, pode ser acusada de excesso de fidelidade. E certamente é longa demais, com quase duas horas e meia. Mas, apesar das falhas, o filme mantém a atenção, usando o poder das imagens para evocar os cheiros, seja de peixe estragado ou de rosas e campos de lavanda.
A narração de John Hurt é necessária nas primeiras cenas, mas se torna supérflua. O longa reproduz muito bem a atmosfera da França do século 18, e o elenco, na maioria inglês, tem boas atuações.
26.1.07
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